Love Project: How to Destroy a Marrige

Jacinto

Número de palavras: 5.258

Londres, 2016.

Algumas poucas horas depois, Remus descia em direção aos jardins do castelo com Sirius ao seu lado usando lentes escuras sobre os olhos na esperança de minimizar os efeitos da ressaca. O Black estava praticamente sendo empurrado por Remus que achava de bom tom eles comparecerem ao café da manhã depois da ausência no jantar de boas vindas.

O dia estava lindo, o sol amuado da manhã esbanjava seu calor sobre os mortais, nenhuma nuvem no céu parecia anunciar chuva pela tarde indicando que nada poderia atrapalhar o cronograma nupcial daquele sábado. Os jardins de Hogwarts pareciam utópicos de tão extraordinários, a grama verde cintilante, os arbustos muito bem podados e as flores coloridas ao redor davam uma atmosfera agradável e harmônica a decoração da mesa onde seria servida a primeira refeição do dia.

Era uma mesa retangular de madeira clara com irregularidades calculadas que conferiam um certo dinamismo ao móvel, sobre a mesa, um belo arranjo de flores brancas adornava o centro junto a diversos outros elementos refinados como copos de cristal e talheres de prata. O cenário era lindo, mas as circunstâncias não eram uma das mais agradáveis.

— Tenta comer alguma coisa, assim você ganha uma desculpa para se trancar no quarto o dia inteiro — Remus chantegeou se sentando no lugar indicado por uma pequena placa com o seu nome.

— Farei isso — Sirius resmungou puxando uma garrafinha metálica de vodka do bolso da sua calça.

— Bom dia, meninos — Tonks sorriu se aproximando dos dois amigos já sentados.

Remus sorriu inconscientemente encantado com a criatura que se aproximava, seus cabelos rosados estavam presos em uma trança embutida, seus olhos estavam marcados por olheiras atenuadas com uma maquiagem singela e um sorriso amigável iluminava o seu rosto. Usava um vestido florido amarelo cuja leveza do tecido dava a impressão que Tonks flutuava no horizonte.

— Bom dia — Remus cumprimentou.

— Você quer um pouco? — Sirius ofereceu a bebida que carregava e Tonks negou.

— Não, fica para mais tarde — garantiu —Remus, você é canhoto ou destro? — a rosada perguntou.

— Canhoto, por quê? — questionou confuso vendo a florista mexer no planejamento da mesa para que ela pudesse se sentar à esquerda do Lupin.

— Tive ótimas ideias enquanto tomava banho, vamos arruinar essa babaquice em grande estilo — sorriu empolgada retirando de dentro do seu decote uma caneta esferográfica — Você vai escrever o que você acha das minhas ideias — falou entregando a caneta para o Lupin.

— Onde? Os guardanapos são de tecido e eu não acho uma boa ideia deixar provas de que nós estamos sabotando esse casamento — sussurrou.

— Eu já pensei em tudo — sorriu confiante levantando gentilmente a saia do seu vestido de modo que deixasse somente a sua coxa direita exposta — Escreve aqui.

— Você ficou doida? Eu não vou escrever na sua coxa — protestou envergonhado com a ideia de tocar naquela região do corpo dela.

— É um lugar seguro, ninguém vai desconfiar e, convenhamos, é muito melhor pensarem que você está olhando para a minha perna do que pensarem que estamos planejando arruinar o casamento! — argumentou.