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Jaeminni... Querido Nana... você não devia me perguntar se eu quero dormir com você.

Porque, por todos os deuses que nós ignoramos, eu quero.

Eu quero como um homem faminto, como se nunca tivesse sido permitido a benção do alívio antes. Como se os pecados que eu tão desesperadamente já tentei fazer desaparecer voltassem para me assombrar, dizendo que prazer era uma recompensa boa demais para um mero pagão.

Veja bem, eu sei que sou diferente. Depravado. Engolido por desejo e algo tão sujo que nem toda a água do mundo jamais seria capaz de me fazer limpo de novo. Eu tenho ganância por sua atenção, e ela é alimentada por cada um dos seus incentivos, querendo mais em cada um dos seus sorrisos, ficando mais forte cada vez que você me pede.

E que vai criando vontade própria cada vez que você me manda.

"Só... me abraça!" - você reclama com um biquinho lindo. E eu me deito junto de ti nas cobertas e envolvo seu corpo com meus braços.

"Tá bom assim?" - pergunto baixinho. Quero ter certeza que te agrado. Preciso saber se você está satisfeito.

E o seu suspiro sobe minha cabeça. Porque pensar que posso ser aquele a te ver vulnerável e necessitado me encanta. Porque pensar que posso ser aquele que vai cumprir todas as exigências do seu lindo corpo, mente e coração me enche de um orgulho indescritível. Porque pensar que poso ser aquele que vai te dar tudo o que você quer... é meu maior objetivo.

"Tá ótimo. Só... só fica aqui. Eu gosto de abraços" - você sussurra ao se acomodar de frente para mim, me usando como se fosse um travesseiro posto ali só pelo capricho de se acomodar melhor.

E eu saboreio cada instante. 

"Você tá cansado?" - te pergunto quando sinto seus ombros tensos, passando uma mão ali e dando um apertão. Eu sempre te faço massagens, desde antes de você se machucar e precisar ficar tempo longe. E depois da sua recuperação, te faço mais massagens ainda, fazendo questão de pedir ao seu fisioterapeuta que me ensine como.

"Você também tá" - é a sua resposta evasiva. Como se você não quisesse pedir nada de mim.

Mas eu quero, Jaemin. Quero que você diga absolutamente todos os seus desejos, todas as suas necessidades e até todos os seus caprichos.

Faço questão de me afastar o suficiente para trazer seus olhos aos meus. Faço questão de não sorrir demais, para que eles não sumam em meio à minha alegria. Porque quero te mostrar, Jaemin, que você é minha alegria. Que te servir é minha alegria.

"Eu não me importo de te ajudar, Nana. Eu nunca me importo."  - sussurro. E você quase fecha os olhos.

Noto o modo que você estranha a proximidade de nossas bocas. Mas noto também a total falta de esforço em afastá-las. 

E, ah... Jaemin... você não sabe o que eu estaria disposto a fazer com minha boca por você. Faria tudo com prazer. Contaria as mais nefastas mentiras, cantaria até a garganta doer, faria discursos só para te exaltar, a usaria para fazer seus olhos revirarem. 

"Tem certeza?" - é você que força o contato visual dessa vez, apertando minha mão. E, como que em transe, em aceno a cabeça. - "Palavras. Eu preciso que você fale." - manda baixinho. E eu me arrepio inteiro em uma satisfação errada demais.

"Eu faço qualquer coisa por você, Jaemin." - te confidencio. 

E é fácil. 

Porque não é a primeira vez.

Te disse isso quando os staffs começaram a sugerir que um de nós devia aprender acrobacias que chamassem mais atenção dos fãs. Te disse quando vi a sua expressão com a menção de fazer piruetas e treinos e mais treinos em colchonetes. Te disse quando pensaram em apontar você para ser o escolhido. E depois que te disse, me voluntariei para te livrar desse peso.

Te disse isso quando contrabandeei pílulas de cafeína para dentro do set de filmagens, quando os managers decidiram que queriam tirar café de vez da sua dieta. Te disse isso quando você falou que eu podia receber um sermão por aquilo. E depois que te disse, te assisti melhorar da dor de cabeça.

Te disse isso quando você queria (mais) uma pelúcia gigante, mas tinha deixado a carteira em casa sem querer. Te disse isso no meio da loja, quando você parecia que estava prestes a chorar. Te disse isso quando seu sorriso pareceu iluminar a cidade inteira. E depois que te disse, ri com como você apontou para um na prateleira e escolheu um urso cor de rosa.

Por isso acho que não foi difícil para você acreditar, já que eu já te disso isso várias vezes antes. 

Entretanto, alguma coisa devia estar diferente, porque você me beija.

Nada mais que um selinho lento. Nada mais que uma sensação de sonho, mal mal encostando nossos lábios de tão suave o toque. Nada mais é preciso para mim.

Eu sorrio até meus olhos sumirem e minhas bochechas doerem.

E nesse dia você tira a blusa, e eu massageio suas costas. Te pergunto se você também quer que eu cuide dos seus pés, e você tira as meias.

E nesse mesmo dia você me deixa tirar sua calça, e me vejo de joelhos entre suas pernas, devotado em te adorar. Minha pele parecia queimar de vontade, meus lábios coçando para correr beijos por todo o seu corpo até que você esteja completamente satisfeito.

Eu só quero te satisfazer. 

Quando finalmente tomo seu membro dentro da minha boca, é como se o destino tivesse me guiado a vida inteira só para esse momento, onde eu sou o encarregado de te deixar louco. O momento que você se controla para não estocar o quadril para cima e simplesmente ter mais. Exigir mais de mim.

Ah, Jaemin... você é adorável. Não acabei de falar que é tudo seu para usar como quiser?

O que eu sei é que, desde esse dia, algumas vezes ainda te tenho tão fundo em minha garganta  que fico com receio de me engasgar em você até a morte, e nem mesmo esse pensamento é capaz de me fazer querer me afastar para tomar ar. Não quando você grunhe e geme tão deliciosamente.

Tão satisfeito com o trabalho que só eu tenho a honra de fazer.

MAD DOGOnde histórias criam vida. Descubra agora