A cúpula.

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 Fazia anos que Zé não pisava em Altaforja. Não lembrava o que tinha feito da última vez que estivera ali. Mas memórias de um dos seus primeiros casos solucionados invadiam a mente. Um prestigiado Anão cervejeiro estava adulterando a bebida para que rendesse mais e isso acabou custando 3 vidas. Zé divagaria sobre aquilo por mais tempo, porém acorda para a realidade quando um anão com uma grande caixa em mãos trombou com ele, que vai embora xingando.

Depois de recuperar o equilíbrio ele ergue o olhar, encarando a Caverna Esquecida, sabia que aquele lugar era importante para a história Enânica. Mas nunca tinha procurado saber por quê. José adentra a caverna, encarando de volta os olhos que o seguiam, das portas e janelas das casas. Até achar a entrada que estava procurando. Entrada de bar comum, com apenas um gnomo no piso antes do segundo lance de escadas que dava para a porta da casa. Seu trabalho era vigiar e alertar os de dentro em caso de emergências. Era o que parecia, pelo menos.

 O detetive caminha na direção da escada, dando de cara com o gnomo escorado depois do primeiro lance de degraus

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O detetive caminha na direção da escada, dando de cara com o gnomo escorado depois do primeiro lance de degraus.

"Qual a senha?" Pergunta o Gnomo, deixando a sua mão casualmente perto do que provavelmente era uma arma de fogo escondida.

"Eu vim ver Ptesco." 

"Eu perguntei: Qual é a senha?"

José saca com a mão direita a espingarda de cano duplo serrado que trazia presa dentro do sobretudo. O gnomo, sagaz, percebeu o movimento rapidamente, também sacando a sua arma. Zé esperava aquela reação e com sua mão esquerda canalizou um feitiço de impacto arcano que empurrou o adversário contra a parede.

"Eu vou te soltar e tu vai na porta chamar o Ptesco. Entendido?"

O investigador recolhe a mão e a leva para o apoio de mão no cano da arma, mantendo o feitiço.

O Gnomo assente com a cabeça. Zé desfaz o feitiço. Por um instante o pequeno parecia querer tentar atacar o humano novamente, mas os dois buracos da espingarda e o olhar estranho do seu agressor o fizeram seguir para a porta da casa e bater na madeira de forma ritmada.

A porta abre, ele entra e a porta se fecha. Se escuta um burburinho lá dentro por um tempo para então todas as janelas que dão para a rua se abrirem dando lugar a 4 homens armados de rifles, todos com a mira no detetive. Ele já estava com os braços relaxados, arma apontando para o chão.

"LARGA A ARMA!" Alguém grita da janela enquanto um homem loiro de aspecto cansado sai da casa, vestia a mesma roupa que vestia quando se encontraram, horas atrás, porém agora sem o colete, sua camisa estava para fora da calça e sua gravata tinha sido alargada. Ele encara Zé, que não tinha soltado a arma, deixando os atiradores tensos.

"Solta a arma, Zé" Ptesco fala com calma, descendo os degraus lentamente.

O detetive obedece, soltando a arma que bate no chão quicando pelo primeiro lance de escadas até o chão.

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