José Contas corria por sua vida com os tiros passando de raspão. O detetive sentia o calor dos projéteis que passam perto de si. Cinco projéteis já deveriam tê-lo atingido, não fosse pelo seu escudo mágico. Infelizmente sua mão brilhava enquanto mantinha a proteção ativa, o que fazia ser impossível despistar os 3 meliantes que o perseguiam.
Fugir de bandidos armados era comum para Zé, porém dessa vez isso não estava nos planos. O combinado era esperar a escuta de Ptesco captar algo comprometedor para aí sim invadir a taverna, estavam ali para recuperar uma taverna, o dono foi expulso por essa gangue nova que invadia a cidade e foi até Ruas pedir ajuda, mas um policial não vai ser tão bom em se esconder quanto um ladino. Foi abordado enquanto procurava um lugar para ficar de tocaia no quarteirão e agora estava sendo alvejado, correndo na direção da mesma taverna que era alvo da tocaia. Tinha caído no inferno, decidiu abraçar o Diabo.
Via a entrada do estabelecimento se aproximar conforme corria. Deu um mergulho para sua esquerda, caindo atrás de alguns caixotes posicionados em frente à taverna que ficava do outro lado da rua. Assim que entrou em cobertura o ex-policial começou a disparar, os traçantes roxos fazem os perseguidores dispersarem. Conseguiu atingir dois, que foram ao chão, José não conseguiu mirar no terceiro a tempo de impedir seu disparo, então se abaixou, o tiro passou por cima de sua cabeça, o segundo tiro atravessou a madeira do caixote, jogando madeira estilhaçada no seu rosto, ele se afasta do buraco de bala no caixote, a fim de evitar ser atingido quando saísse da cobertura. Antes que se erguesse para atirar, a porta da taverna se abre com um solavanco e de lá saem mais gangsters armados, gritando, xingando, um deles perguntando "Que porra ta acontecendo aqui."
O detetive não os deixou ter chance de entender que porra tava acontecendo ali , tirou um cristal violeta do sobretudo e lançou-a na direção da porta que eles saíram. Zé ativou a explosão do cristal quando ele estava a 1 metro dos alvos, a explosão arcana lança os 3 de volta para dentro da taverna e quebra toda a fachada do lugar, deixando um grande buraco onde deveria ser a entrada. José lembrou que aquela loja tinha sido tomada por aqueles fora-da-lei e então se sentiu mal pelo proprietário que receberia de volta sua posse com inúmeros danos. Olhou para os destroços, ainda havia fumaça no local da explosão, avançou contra a nuvem cinza, intensificando o escudo em volta de seu corpo antes de sair do fumacê. Dentro do pub o detetive conta duas atiradoras confusas no fundo a direita, perto da escada, que logo sobem a mira para atirar no homem de terno saindo armado da fumaça. Tratou de disparar contra elas enquanto corria na direção do balcão a esquerda da entrada, não queria dar tempo ao azar, errou todos os tiros, mas fez ambas tentarem desviar ao invés de atirar, o que foi bom, não sabia se sua proteção aguentaria a força cinética causada por calibres daquela potência. Quando elas disparam, ele já estava saltando para trás do balcão, sua bolha de proteção não consegue repelir um dos tiros, que passa por cima da cabeça de Zé e quebra uma garrafa da prateleira, pelo rótulo se via que era um bom uísque, uma pena.
Decidiu desfazer a proteção já que ela não conseguiria repelir os tiros daqueles rifles, gastando mana atoa e José tinha planos melhores para sua mana. O detetive puxa seu rifle pela bandoleira, destrava a arma e leva a mão esquerda para acima do balcão, emitindo uma forte luz branca de sua palma, sem perder tempo o homem se ergue mirando em seus agressores. Seu rifle, assim como sua Sauer-38h, era uma arma arcana, um Lee Enfield, com modificação no cartucho que agora era um cristal mágico lilás que gerava energia arcana para os disparos.
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As Ruas da Vida
ActionJosé Contas é um Detetive Particular de meia idade. Não conseguiu ficar longe da ação policial após se aposentar da Guarda Real de Ventobravo, capital da Aliança. O mundo vive em paz, mas Zé sabe que naquela metrópole "Paz" só existia para nobres e...