Entre Relâmpagos e Trovões - Fanfic Loki

°• Meu professor •°

Autora
Antes de tudo, eu queria agradecer aos 1k de visualizações na minha fanfic! E as curtidas também! Muito obrigada mesmooooo❤

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  As bochechas de Freye ficaram avermelhadas na hora, assemelhando-se à um tomate.
  - De-desculpa...
  A garota não podia terminar, pois os lábios de Loki já estavam sobre os dela.

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  Freye, de início, não soube como reagir. Por mais que tivesse quase mil e quinhentos anos de vida, nunca havia encontrado um par romântico, fazendo daquele seu primeiro beijo. Não sabia se Loki estava brincando novamente com a situação, mas não negou: foi uma das melhores experiências que já teve.
  O mundo envolta do casal pareceu sumir, dando foco apenas para os corpos conectados. A língua de Loki explorava cada canto da boca da fada, ao passo que as mãos desta alisavam o cabelo do deus. Era de tirar o fôlego.
  Loki havia feito isso realmente para zombar da garota, ou até assustá-la, mas não conseguia parar o beijo. A boca dela era como um ímã para ele.
  O beijo se aprofundava cada vez mais, deixando o deus em seu limite racional. Quando suas mãos deslizaram para a cintura da garota, esta logo se assustou e algumas descargas inofensivas despontaram de seus dedos. Mesmo sendo mínimas, foram o suficiente para assustar Loki e separar o casal ao se levantar.
  O peito de ambos subia e descia com a excitação do momento, e o deus a olhou espantado.
  - Você ia me eletrocutar?!
  - F-foi sem querer. - disse Freye, sentando-se envergonhada
  - Como você quer ter asas se nem sabe controlar seus próprios poderes?
  A fada o encarou com a cara emburrada, e se levantou para ficar de frente com ele.
  - Eu sei me controlar muito bem! Se eu não soubesse, você com certeza teria morrido dias atrás!
  - Que medo! - zombou o deus, dando uma risada sarcástica.
  Freye não estava acreditando com a tamanha grosseria. Alguns minutos atrás, não tão distantes, estavam em puro romance, e agora estavam trocando alfinetadas agressivas.
  - Como pode agir assim depois disso?!
  - Aquilo não foi nada- disse, ríspido- meros beijos não têm o mínimo de significado.
  As palavras do Deus atingiram o coração da fada como facadas, e se sentiu burra em ter gasto seu primeiro momento com aquele homem. Aborrecida, se virou de costas e saiu andando com passos pesados.
  Loki, apesar de parecer não ter se importado com o momento, ainda sentia a euforia de estar beijando aquele rosto que achava lindo, mas não iria admitir que o ocorrido havia mexido com ele.
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  - VOCÊ O QUE?! - quase gritou Alex, espantado com tudo oque Freye estava dizendo - EU VOU MATER ESSE MULEQUE!
  A fada sempre achava graça do tom protetor do melhor amigo, e sabia que suas palavras eram realmente verdadeiras.
  - Eu sei me proteger, fica tranquilo. - disse ela - Apesar disso, ele está me ajudando um pouco.
  - Ainda sim, inútil. - resmungou Alex, e a garota não pode conter um sorriso.
  - Está com ciúmes?
  - Estou com raiva - respondeu ele, e logo em seguida devolveu o sorriso - Se alguém tocar em você, morre.
  Freye riu de seu tom ameaçador.
  - Como está tudo em Alfea?
  - O de sempre. - respondeu Alex - Farah pergunta de você quase todos os dias, é melhor você voltar logo.
  O sorriso da garota se desfez um pouco. Mesmo que ficar seja perigoso, Freye se encantou com o reino, e queria realmente ficar. Queria fortalecer seus laços com seu irmão, e poder ter uma família. Mas sabia que esse sonho era muito distante.
  - E estou com saudades. - completou seu amigo, ao perceber o desânimo da garota - Você sempre vai poder me contar o que quiser.
  - Eu sei. - respondeu Freye, agradecida.
  Quando se despediram, a fada guardou seu objeto comunicante e se deitou na cama. Havia tomado seu primeiro banho sozinha e trocou de roupa, usando um simples vestido laranja. Infelizmente, seus tênis estavam encharcados com o mergulho recente, mas mesmo assim andaria descalça. Sem saltos.
  A mente da fada foi direto para o momento alucinante de seu primeiro beijo. Seu orgulho não deixaria que ela admitisse para Loki que havia gostado do momento, mas sabia que tinha sido bom para ela. Muito bom, inclusive. A única coisa que tornou o momento ruim era o dono dos lábios que haviam se apossado dos dela.
  Batidas em sua porta à afastaram de seus pensamentos, e se sentou na pequena cama.
  - Pode entrar.
  Frandal apareceu por detrás da porta escura, e lançou um sorriso para a fada.
  - Boa tarde, Lady Angel. - se curvou - Vim levá-la para suas aulas com a rainha Frigga.
  Freye havia se esquecido completamente de sua mentira sobre suas supostas aulas de magia. Ainda não havia planejado nada, mas sabia improvisar.
  A fada se levantou da cama e aceitou o braço do homem loiro, e ambos seguiram pelo grande corredor.
  - Desculpa se tratei a senhorita de algum modo desconfortável- disse ele- eu cortejo todas as mulheres, mas sem nada em troca. - pos a mão em seu peito- Garanto.
  - Está tudo bem. - respondeu ela - Você é uma pessoa legal.
  Frandal acenou com a cabeça em agradecimento.
  - Eu já estive em Alfea, as fadas são realmente extraordinárias. - disse depois de um tempo
  - Eu não lembro de ter visto você. - disse Freye, surpresa.
  - Falei apenas com os guerreiros, temos uma boa comunicação por lá. -
  - Conhece um chamado Alex Roman? - perguntou a garota, curiosa.
  - Sim, ele luta muito bem. - comentou o loiro, deixando Freye extremamente feliz, sabendo que seu amigo vai adorar ouvir isso.
  O resto do caminho foi preenchido por conversas sobre Alfea e um pouco sobre a vida de Frandal. Apesar de existir apenas um amigo na vida de Freye, este permanecendo para sempre, a garota se sentiu confortável com a presença do loiro.
  Após mais alguns passos, ambos pararam em frente à uma grande porta dupla dourada, em formato côncavo.
  - Estarei aqui para buscar a senhorita assim que terminar.
  Freye sorriu e deu um abraço em Frandal, o que o deixou desprevenido.
  - Você não precisa me chamar de senhorita. - disse ao se afastar - Obrigada pela companhia.
  O guerreiro sorriu sem jeito e se afastou da garota, deixando-a sozinha novamente no dia. O coração da fada estava à mil, temia aparentar qualquer falha e esta resultar em sua morte instantânea. Não era difícil fingir ser uma aluna, pois ela sempre foi, mas sua relação seria com a mulher cuja traição foi praticada com a sua mãe. Era conturbado, apesar da rainha aparentar uma extrema tranquilidade e carisma.
  Freye engoliu em seco e depositou batidas leves na grande porta, que logo se abriram ao toque delicado. Uma sala vasta foi revelada, com mais livros postos em estantes e mesas redondas de pedra, semelhantes às de Alfea.
  A rainha Frigga se encontrava em uma delas, com pequenos sacos da cor marrom e uma tigela média- também de pedra - dispostos à sua frente. A mulher acenou para que a fada se aproximasse, indicando a cadeira ao seu lado.
  Freye seguiu pela sala, notando diferentes aromas de pura magia e encantamento, pensando no quanto realmente poderia aprender sobre as habilidades as asgardianas.
  - Boa tarde, rainha Frigga. - disse Freye, logo depois de se curvar.
  - Boa tarde, querida. - disse a mulher mais velha - Eu estava pensando sobre o que exatamente ensinar à você - disse ao ver a garota se sentar -, já que você sabe controlar os seus poderes de uma forma impecável. Então pensei em lhe ensinar um pouco sobre nossos... " encantos" .
  Freye ficou animada com a notícia, sempre ficava assim ao aprender habilidades diferentes das que havia nascido com ela. A rainha logo notou, e sorriu.
  - Podemos começar com a projeção de ilusão. - disse Frigga, pegando um dos sacos.
  - Eu acho essa criação de duplicatas realmente interessante. - comentou a fada, arrancando um risinho da mulher.
  - São coisas completamente diferentes. - disse Loki atrás da fada, fazendo-a saltar de sua cadeira.
  Quando ele vai parar de aparecer assim?!
  - Boa tarde, filho. - disse Frigga, e se virou para a fada. - De fato, são diferentes.
  - Eu não vejo nada de diferente entre esses poderes...
  Loki bufa, e então se dirige para a frente da fada, na outra ponta da mesa.
  - A projeção de ilusão envolve esculpir uma imagem detalhada de outra pessoa que seja perceptível ao mundo exterior- ensinou ele - Enquanto a criação de duplicata envolve recrirar uma cópia exata do corpo de alguém na atual circunstância, que funciona como um verdadeiro espelho holográfico de sua estrutura molecular.
  Freye ficou de queixo caído com a explicação do deus da travessura, deixando o mesmo orgulhoso de seu conhecimento superior.
  - Querido, você deveria ensina-la no meu lugar. - comentou a rainha, arrancando olhares de espanto do casal
  - M-mas...
  - Por que?
  Frigga riu com a sintonia dos dois e então se levantou.
  - Você se tornou um homem muito experiente no uso dessas habilidades, mais que eu até. - disse ela, se dirigindo até a porta - Eu sei que vai dar tudo certo!
  Antes que Loki pudesse protestar, a grande porta já havia se fechado, deixando ambos sozinhos. Freye ainda estava profundamente ressentida com seu último encontro com o Deus, e só conseguia ficar de cabeça baixa.
  - Eu odeio ensinar para burros - murmurou baixo, mas foi o suficiente para a garota escutar e o olhar com raiva.
  - Você fala como se fosse o ser superior, mas eu sou igualmente forte a você!
  O deus riu com a afronta da garota, e o seu sorriso fez borboleta surgirem no estômago da garota.
  Controle-se, Freye!
  A fada engoliu em seco e se encostou na cadeira.
  - Não precisa me ensinar, eu falo que você ajudou e pronto.
  Antes que ela pudesse levantar, o deus já estava ao seu lado, com a mão em seu ombro e a impedindo de se levantar.
  - Embora seja estúpido, eu vou acatar ao pedido de Frigga. - disse Loki - Embora eu sabia que isso me aborreça.
  Freye levantou uma sobrancelha para o homem ao seu lado, e este retribuiu o gesto.

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