Entre Relâmpagos e Trovões - Fanfic Loki

°• Cubo Brilhante •°

- Irei checar alguns livros nos aposentos de Odin, e ver se encontro alguma coisa. - disse Loki, saindo rapidamente do quarto de onde estava.
  Freye não sabia o que sentir em relação ao deus, mas não podia negar a imensa confiança que tinha por ele, e desejava que não fosse traída.

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  A madrugada seguia dolorosamente lenta aos olhos da fada, que aguardava ansiosa pela visita de Loki. Sua mente lhe trazia diversos pensamentos, desde a desistência dele até uma possível complicação. Era realmente torturante.
  Por um momento, ela pensou em desistir e voltar para Alfea. Oque era para ser resolvido em apenas algumas horas, se tornaram dias, e ela sabia que um dia à mais naquele palácio era perigoso. Além disso, começou a sentir saudades de casa e do seu melhor amigo. Se não fosse pela persistência de Loki para ficar ao seu lado, não tinha dúvidas que já teria fugido faz tempo, ou sigo pega. Não seria fácil ficar sozinha em um lugar na qual nunca havia pisado, mesmo sendo direito dela.
  Horas mais tarde, Freye estava brincando com as luzes de seu quarto enquanto permanecia deitada na cama, para tentar se distrair. Quando a luz apagou e acendeu, a figura alta de Loki apareceu, assustando-a.
  - Para de aparecer assim! - disse ela, botando a mão no peito acelerado.
  Loki riu da cena e tirou seu elmo dourado, o colocando na escrivaninha da garota. Ao sentar, Freye notou que o deus não possuía nada em suas mãos, o que a desanimou.
  - Eu não achei nada sobre o seu...catalisador. - disse ele - Mas eu lembrei de uma coisa - se sentou na cama - Nós temos um quarto subterrâneo com os nossos objetos mais importantes. Eu imagino que o que você procura esteja lá.
  A fada voltou a se animar.
  - O que estamos esperando?! - se levantou, indo em direção à porta.
  - Ei. - disse ele, agarrando o pulso dela - Eu não tenho permissão para entrar.
  - Ue, é só você usar seus feitiços asgardianos - disse ela, fazendo movimentos com as mãos que irritaram Loki.
  - Não são feitiços asgardianos - disse ele - E apenas as pessoas que possuem o mesmo sangue de Odin podem entrar. Acredite, eu tentei.
  Foi então que Freye entendeu o recado .
  - Não funciona se você ficar perto ou em contato comigo?
  Loki negou com a cabeça, e o coração da garota se apertou. Seria a primeira vez em muito tempo que precisaria fazer algo por conta própria, e havia se acostumado com a presença do deus.
  "Você é independente, não precisa de ninguém para te ajudar". - houviu a voz dele em sua cabeça, o que a fez olhá-lo na hora. Realmente não esperava por aquilo.
Loki não tinha coragem de dizer isso em voz alta, e sabia que a garota estava precisando de um estímulo, e funcionou. A fada estufou o seu peito, como um soldado com a cabeça erguida, demonstrando pura confiança de si mesma.
  - Freye, eu queria um favor seu. - disse ele - Tem uma coisa naquele quarto que é de minha posse, e eu gostaria que você o pegasse para mim.
  A fada ficou um pouco pensativa com o pedido repentino, mas acenou positivamente,  arrancando um sorriso de Loki.

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  Ambos caminhavam invisíveis pelo corredor estreito, a fada vestindo seu famoso capuz escuro e o deus seu elmo de chifres. Se encontravam em um local que Freye ainda não havia pisado antes, distante de seus aposentos.
  Após andarem mais um pouco, Loki segurou o ombro esquerdo da garota, parando à quase um metro de distância de onde deveriam ir.
  - Você deve seguir sozinha agora. - disse ele - Eu vou estar esperando aqui.
  - Eu só preciso passar? Não vai acontecer nada? - perguntou ela, duvidosa.
  - Aqui não é um supermercado com sensor - zombou ele
  Freye revirou os olhos e seguiu corredor a dentro, sendo acompanhada até onde dava pelos olhos esverdeados de Loki. De certa forma, continuou se sentindo protegida por ele.
  A medida que a garota chegava cada vez mais perto do portão oval,  com dois guardas postos à frente, seu coração acelerava.
  Fique tranquila, não irão te ver. Você não pode se descontrolar agora...
  Fechou os olhos e suspirou, andando da forma mais confiante que podia. Ao estar de frente para seu destino, parou de frente para os soldados.
  Não estão te vendo.
  A garota sorriu e adentrou o portão, sendo recebida por um forte cheiro de magia. Agora, se antes duvidava ser realmente filha de Odin, estava enganada. Ela realmente passou pela tranca.
  O local era de um tom dourado mais escuro, quase velho. Por toda a extensão do cômodo- que não era pequeno - tinham diversos itens separados, cada um mais peculiar que o outro.
  Logo de primeira, pôde ver uma espada avermelhada, que jorrava fogo controlado à sua volta. Logo atrás, uma vasilha preta, também com chamas, se encontrava controlada. Os objetos eram mais estranhos que outros,indo até uma mão de esqueleto com garras.
  Freye foi caminhando devagar pelo local, procurando sentir o mínimo de conexão com algum dos objetos ali. Nada além de estranheza, nada de especial.
  A fada grunhiu em frustração, por aquela ser mais uma tentativa arriscada e falhada de achar o que tanto queria, e conteu suas lágrimas raivosas. Estava exausta.
  Foi quando uma luz azul cintilou do fundo da grande sala, chamando sua atenção para um cubo azul, e começou a lembrar das palavras de Loki.
  " Você vai encontrar o tesseract, é um cubo azul brilhante. Apenas pegue ele e saia."
  Freye se dirigiu até o objeto curioso, e hesitou um pouco, começando à se questionar do porque do deus querer aquilo.
  Será que era para algum plano? E se eu estiver fazendo besteira em dar isso à ele? E se eu estiver sendo egoisfa em estar duvidando dele? E se...
  O tanto de dúvidas martelavam a cabeça da garota, que estava indecisa sobre oque realmente fazer.
  A fada suspirou e fechou novamente seus olhos, a fim de pensar de um jeito mais racional, em vez de emocional. Ela era inteligente, e não manipulável. Sabia qual decisão tomar. Pegou o tesseract em suas mãos.

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