SESSÃO 6

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O policial me virou e me algemou. colocou no carro. E seguimos pra delegacia.

- eu até fico tentando entender oque leva uma pessoa a destruir a sua juventude assim.

- o senhor está me acusando policial?

- cala a boca molek! Não sou seu coleguinha!

Eu suspirei profundamente. Senti uma fincada em meu peito. Nos meus ombros tive a sensação de que todo o peso do universo estivesse sobre ele. Não conseguia parar de pensar na minha mae. Ela devia estar arrasada comigo. O pior de tudo é que ninguém vai acreditar em mim.

Me senti impotente, naquele banco algemado outra vez. A ultima coisa que eu precisava era ficar em um reformatório de novo, ou quem sabe pagar uma pena mesmo.

Pensei em quem poderia ter feito isso, mas, eu não via nada que pudesse me dar uma pista. Ela não fazia mal a ninguém, era querida. E por que eu iria matar ela? Qual motivo? Como provar a minha Inocência.

Muitas perguntas, muitas questões sem resposta.

Quando cheguei na delegacia, me colocaram em uma sela individual. Fiquei ali sentado. Sem saber mais no que pensar.

O tempo parecia que não passava mais.

 

De repente veio um policial com uma chave e abriu a sela.

- levanta garoto, o delegado que te ver.

Eu caminhei naquele corredor mal iluminado com um guarda atrás de mim. Era um corredor longo, lampadas caindo, e as paredes pretas com a topinta descascando. Caminhei todo o corredor pensando na minha vida daqui pra frente.  Quando saímos do corredor eu vi a porta da sala do delegado e uns bancos de espera. Quando vi a minha mae em pé em frente a os bancos e o Ed sentado. Eu não me senti mais sozinho.

- filho!

Minha mae caminhou de pressa na minha direção e me abraçou e pôs a mão no meu cabelo.

Nunca me senti tao bem nos braços de alguem antes.

Mesmo que por anos eu tenha crescido, vivido sem ela na minha vida. Me senti mais querido do que nunca.

- eu to bem mãe.

Ela beijo meu rosto.

- você não vai ficar aqui, só vai responder as perguntas e já vamos embora meu amor. Seu pai mandou o advogado dele vir pra cá,  ele vai resolver tudo pra gente.

- mãe...

- não não, eu sei que você não fez isso. Fica tranquilo.

Pelo menos minha mãe acreditava em mim.

Esperei ate que o policial me chamou, nesse momento o meu advogado chegou

- não toque em nenhum fio do meu cliente. Boa tarde senhor Stone, vim para garantir que nada lhe acontecera.

- obrigado

- por favor nos acompanhe ate o delegado.

- sentem-se por favor. Doutor advogado, jovem ...

- obrigado

- obrigado

- então, podemos começar com o seu depoimento para a investigação?

- sim

- o senhor foi à festa na casa da jovem Cléo, na noite passada?

- sim

- manteve algum tipo de relação afetiva com ela?

- não

- temos depoimentos de jovem que disseram que o senhor levou a jovem para o quarto.

- é verdade, eu levei ela pro quarto dela sim, ela estava bêbada. Deixei ela lá e sai.

- mas ninguém o viu saindo.

- eu sai pela janela.

- e por que?

- bom... Porque...

- por que?

- porque eu não queria que pensassem que eu não fiquei com ela. Porque era isso oque ela queria.

- essa não é uma resposta convincente.

- mas é a verdade.  Olha, foi um trato que eu fiz com um amigo, eu ficava com ela pra ele poder ficar com uma outra menina.

- qual o nome desse jovem?

- Rony, pode perguntar a ele.

O delegado olhou outros papéis. Balançou a cabeça e me olhou sem mover um músculo do rosto.

- esse jovem depôs contra o senhor.

- como assim? Não é possível. É verdade.

- se acalme.

Eu comecei a ficar impaciente naquela cadeira. Parecia que tudo estava indo contra.

- podemos continuar?

- ta

- temos grava ações das câmeras de segurança que viram o senhor saindo da casa da jovem pouco depois da sua morte.

- OK, mas não fui eu, eu só voltei lá pra buscar o carro.

- senhor delegado, o senhor já aborreceu demais o meu cliente sem necessidade, o deteve em cela, sendo ele menor de idade sem flagrante. Isso será mencionado no processo. Vamos Stone!

Eu levantei daquela cadeira e olhei para o delegado, o olhar dele contra mim só me deixou mais apreensivo. Tudo ia contra mim.

- senhor Stone, preciso que me conte toda a verdade, pra que eu possa defende-lo da melhor maneira possível

- mas essa é a verdade, tudo aquilo que contei lá, é a verdade.

- tudo bem, então, vou investigar mais sobre esse caso. Manterem os contato.

- ok, obrigafo,.

Quando virei, vi a minha mae sentantada.

- oi meu filho, como foi?

- parece que eles cham que eu realmente matei a Cléo. Isso é absurdo, que motivos eu teria, eu não sou assim.

- mais que inferno.

- calma mãe vai ficar tudo bem.

Eu abracei a minha mãe. Quando abri os olhos eu vi a Amy entrando e passando pelo corredor. Ela me viu e andou ate a minha direção.

- oi Dylan

- oi Amy, veio depôr?

- não, eu não tava na festa.

- veio fazer oque então?

- vim falar com meu pai.

- como assim?

O delegado saiu da sala, e caminhou por trás de mim ate a Amy.

- EEI filha, oque veio fazer aqui?

O DIVERGENTE DYLAN STONEOnde histórias criam vida. Descubra agora