SESSÃO 3

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A gente ficou até bem tarde ali, cantando juntos e tocando. Era uma pena, olhar pro céu e não ver as estrelas por lá.

Eu me virei e falei baixinho no pé do ouvido da Amy - mesmo não tendo estrelas no céu pra iluminar essa noite fria, o brilho no seu olhar já ilumina meu coração, e faz meu peito transbordar de alegria.

Ela sorriu, ajeitando a franja do cabelo, a colocando atrás da orelha.

- e fica mais linda ainda, quando fica sem jeito...

- e se você pensa que vai me conquistar falando assim... Saiba que sou muito difícil

- e eu sou muito paciente.

O Chris olhou a gente, levantou do lugar dele e veio ate nós dois. - então Amy, vamos né, tá tarde já e frio

- não se preocupa não, eu esquentou ela

- não precisa não Dylan, ela não ta com frio não, né Amy, vamos

A Amy se apoiou no Chris pra se levantar

Eu fui até o Rony - ôh cara, a gente já ta indo, vlw por chamar

- tranquilo parceiro... E ò, vê o esquema lá vlw

Piscou pra mim, e me deu um Agraço.

- pode deixar

Saimos, e começamos a caminhar pela estrada. Estava bem frio, coloquei as mãos nos bolsos da jaqueta, ajistei mais o gorro. A Amy assoprava pra cima pra ver a fumacinha que saia da boca dela.

E eu fiquei olhando pra ela, a cada segundo, admirando aqueles olhos lindos...

Eu caminhei ali, impaciente, querendo estar abraçado com ela. Eu abaixava minha cabeça e fechava firme os olhos, tentando entender esse sentimento repentino, e franzia a testa e fazia que não com a cabeça sempre lentamente, pra que eles não notassem que eu estava em um conflito interno.

E por fim, chegou a minha casa.

- então gente, vou entrar. Vlw pela companhia

- boa noite Dylan

- até mais entrgador

E ela sorriu pra mim, me dando tchau com os dedos

Nesse instante, meu coração parou, parou e voltou.

Eu dei as costas, e abri a porta, todas as luzes já estavam apagadas. Então, eu tirei o but, e coloquei no canto da porta, deixei a mochila no sofá, e caminhei quase que flutuando sobre o piso da sala até as escadas

- buuunito seu Dylan!!

- nossa senhora dos ataque cardíaco, assim eu não vivo muito tempo. Vou ter um ataque do coração nessa casa.

- sem gracinha! Isso não são horas pra você chegar em casa.

- por que? Podia chegar mais tarde?

Ela me olhou com raiva - não mãe, brincadeira. Desculpa, é que eu fiz uns amigos novos, e ai a gente fico conversando e tal...

- dessa vez passa, da próxima a gente vai conversar sério. Agora vai dormir.

Eu desci e cheguei perto dela, dei um abraço fortao nela - te amo pra caramba

Subi as escadas, cheguei no meu quarto, e me joguei na cama. Coloquei a cabeca em cima do meus braços e fiquei falando comigo sozinho na minha mente 'você não sai do meu pensamento... E eu me pergunto aqui se isso é normal...' - aaah !

E tirei a jaqueta e me virei... E peguei no sono.

Quando já era cedo, na hora da escola, eu acordei. O dia ainda estava frio. Eu fui pro banheiro tomar um banno. Eu desci pra tomar café da manhã, não vi minha mãe. E isso foi estranho.

O DIVERGENTE DYLAN STONEOnde histórias criam vida. Descubra agora