Falas com aspas é um dos personagens sinalizando em libras e mechendo a boca, ou falando ao mesmo tempo.Ex: "Claro querida "
Falas nesta fonte é um dos personagens falando apenas em libras.
Ex : papai quero dormir.
PVJ
Acordar na minha casa era algo que eu poderia dizer um tanto ... sossegado.
Afinal um cara de 28 anos como eu, e pai solteiro de uma filha surda é diga-se de passagem algo difícil.
Maya, minha querida filha de 5 anos de idade.
No inicio da gravidez de Betty, eu surtei. Surtei por não estar pronto para ter uma filha ou filho. Era algo fora do planejado para minha vida no momento, eu tinha um futuro grande e sonhava em ter meu próprio negócio, e ser um cara importante.
Betty foi empurrando tudo, engolindo tudo pra dentro de si, as brigas, os problemas, os enjoos e no fim, 2 anos depois de aguentar tudo, ela me deixou.
Dizendo não suportar uma filha problemática. Foi o que ela falou depois de Maya ser diagnosticada com perda de audição.
Em partes sua ida não me afetou por inteiro. Não quero que ela volte.
Maya e eu nós damos bem assim. Juntos e sozinhos. Porém, depois da ida de Betty, ela simplesmente pareceu parar.
Sua fala devagar foi sumindo, e o pouco que a gente tinha lutado -digo, eu e meus pais - levando ela praticamente todos os dias em uma Fonoaudióloga especialista para que ela avançasse. Foi se indo embora. E de 50 % de sua perda de audição, pulou como a velocidade da luz para 90%.
O desespero que eu fiquei ao perceber que quando eu falava com minha filha, ela não respondia. E foi aí que eu aprendi libras, juntamente com ela e toda minha família.
Descobri depois de consultas, que aquilo tinha sido trauma. Seu psicológico afetado pela ida de sua mãe
Depois de todos esses anos, eu deveria dizer: eu me dou bem sozinho.
" Papai presciso mesmo ir a escola? " sinalizou Maya correndo até mim com um bico enorme na cara.
" Já conversamos sobre isso querida. Você prescisa estudar para ficar inteligente " respondi me virando de frente pra ela.
" Você vai me buscar na escola hoje? " perguntou com os olhos brilhando e eu suspirei
" Eu prometo tentar querida " beijei sua testa e a coloquei no carro fechando o cinto.
Sempre foi um problema escolas para Maya. Era complicado escolas que atendessem as necessidades comunicativas da minha menina, ainda mais com outras crianças.
Porem, uma luz na minha vida surgiu assim que minha irmã Sina descobriu uma escola que atendia suas necessidades e foi aí que conhecemos Lamar e Heyoon. Os dois tinham uma filha, a Hina, que possuía perda de audição assim como Maya, e foi aí que tivemos uma grande amizade crescendo.
- Posso dividir meu bolo de chocolate com hina? - maya quicava freneticamente na sua cadeirinha enquanto eu estacionava.
" Claro. Agora venha, você tem que estudar para ser uma menina esperta " - ouvi sua risadinha sapeca quando a peguei no colo e puxei sua mochila de rodinhas rosa das Bratz.
" papai eu quero ir sozinha, já sou uma menina grande " - revirei os olhos.
Puff ela sempre seria meu bebê.
Gritos finos e altos
Dor de cabeça.
Beijei a bochecha de Maya a desejando uma boa aula e voltei ao carro indo para o hospital.
Paz, era isso que eu pensava entrando no corredor silencioso que me levava a minha sala.
- Bom dia Senhor beauchamp. - a voz de minha secretária soou
A aquela mulher andava me irritando constantemente. Eu me lembrava todos os dias dela e de suas malditas provocações quando eu chegava em casa.
Maldita Any.
-Bom dia any gabrielly.
Fazia questão de não manter contato visual com ela.
Ela era... uma moça bonita eu diria.
Any PDV
Havia algo diferente nele nesta manhã.
Ele não me parecia carrancudo desta vez e isso era estranho. Sempre com aquela cara azeda e brava e...
- Algum problema senhorita Soares? - quase desmaiei quando ele se virou de supetão para me olhar.
- Ãhn..uh?
Bela resposta any Gabrielly
- Sua cara de manga podre está me encarando a uns 2 minutos.
Ora seu.. quero pegar esse cara pelo pescoço.
- Imaginando mil maneiras de te esganar -falei baixinho
- Eu escutei isso Gabrielly!!!! -ouvi sua voz e logo em seguida uma porta batendo.
Ultimamente minha vida anda a bagunça.
Trabalho, casa, minha gata pedindo comida pra lá e pra cá, miando. E agora joalin e sabina, minha novas amigas baladeiras que me deixavam maluca.
O trabalho com Josh até que estava sendo bom. Meus planos para o futuro estavam mudando, e eu estava tentando focar mas coisas a minha volta.
- Buenos dias gabyzinha - ouvi a voz escandalosa de joalin e logo em seguida sabina
- Aff, bom dia só pra você né Joalin - sentou no banco a frente da minha mesa e eu ergui meu pescoço fechando meu computador.
- Ih o que foi em sabina?
- Levou um pé na bunda do ficante
- Joalin sibilou- Puff - reprimi a vontade de rir já joalin não
- Para de rir sua Vaca - choramingou mandando o dedo do meio para a loira.
- As duas pode parar de brigar? Estamos em um hospital, e não em um puteiro.
Tá, tudo bem. Eu não sou nenhuma moça educada.
Além de desastrada, eu não sabia me portar com elegância, me levando a pensar que talvez me jeito espalhafatoso e nada silêncioso não servisse para um trabalho em um hospital
Bem na hora que vi Eliza cruzar pelo corredor, ela trombou com uma loira alta de olhos verdes . Vi Eliza fazer uma cara enojada assim como a moça.
- Presciso ver o Josh urgente. - a mulher tentou passar e eu franzi o cenho
- Me desculpa Senhorita Beauchamp mas a senhora não pode entrar agora
Beauchamp? Ela era uma Beauchamp? Esposa do Josh?
- Irmã dele -joalin sussurrou ao pé do meu ouvido.
Essa Eliza é uma vaca mesmo.
Me alevantei da minha cadeira, mantendo minha postura caminhando até lá.
- Eu acho que a assistente do Josh sou eu Eliza. A senhorita pode sim entrar, a agente do Sr.Beauchamp está livre. - sorri sem os dentes e vi Eliza bufar
1/???
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Tempestade - Beauany
RomanceJosh Beauchamp é o típico cara trabalhador e pai de família. Dono de um dos maiores hospitais do mundo, e pai de uma menina surda. Após sua última secretaria pedir demissão pelo seu comportamento estressado, agora ele tem que correr atrás de uma no...