10- Coração

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   Pov Josh

Trabalhar no Hospital era difícil, ainda mais sendo o diretor geral e tendo praticamente o dia todo com problemas pra resolver.

Ficava mais difícil ainda sendo pai solteiro e uma criança se 5 anos querendo muita atenção.

Queria que Maya entendesse que eu fazia tudo isso por ela, e pra ela ter um futuro brilhante.

Quando Betty se foi, alegando não querer ter uma filha problemática, que ela já nao aguentava mais, foi uma dor.

Uma dor não por amar ela, mas uma dor por medo de ser um péssimo pai pra Maya. E eu sabia que eu era.

Eu não era perfeito, mas por ela eu faria de tudo.

E jamais pensaria em algo a não ser ela.

Até esta fodida secretária, essa tentação que era Any Gabrielly.

Ela me irritava, de um jeito inexplicável. Mas era de um jeito que eu não conseguia ficar muito tempo sem seu jeito desastrado e "Any" de ser.

E agora eu estava aqui, chegando do trabalho, era 20:30 da noite, e ja tinha passado da hora Maya dormir. Massageio minhas têmporas.

Abro a porta de casa, tiro a gravata e desabotoo os primeiros botões da camisa branca que eu usava, arremangado as manhas até o antebraço.

Meus dias sempre são lotados de problemas, lãs definitivamente a sensação de estar em casa e encontrar minha garotinha é como tirar um peso enorme sobre minhas costas.

Em casa eu consigo relaxar. Esquecer os problemas.

Mas também é onde eu penso bastante. Na minha vida e no rumo que ela vem tomando.

Silêncio. Era isso que eu sentia ao entrar em casa.

- Any? - chamo percebendo que estava quieto demais para um primeiro dia de Any com Maya.

Subo devagar as escadas em direção ao quarto de Maya e encontro Any, sentada no chão ao lado de cama de sua segurando sua mãozinha.

Meu coração trava.

Aquela cena me faz respirar fundo e fechar os olhos

Você consegue mexer comigo até dormindo Gabrielly.

O que eu faço agora? Eu acordo ela?

- Ei Gabrielly, acorde esta tarde. - cutuco ela meio sem jeito.

Observo seu rosto angelical, sua pele morena enquanto dorme serenamente. Seus lábios entreabertos e no canto de sua boca uma pequena babinha.

Rio da situação.

Ela fecha a boca e vai abrir os olhos devagar logo após os arregalando.

- Oh meu deus Sr. Beauchamp. Me perdoe eu... eh... a pequena havia dormido e eu não percebi que...- ela dizia sem parar e eu sinalizei pra que ela parasse.

- Ta tudo bem Gabrielly - falei e ela assentiu sorrindo sem jeito e passando a mão no seu rosto.

Fico observando seu rosto ate ver ele atingir tons de vermelho por estarmos nos encarando demais.

Tempestade - BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora