Vinte e quatro.

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12/05/2039

Quinta-feira.



~Pov Raj Carrington

-Certo, eu ainda não entendi porque você está abrindo mão de tudo isso! – falo ao me jogar no sofá da lancha, virando minha garrafa de cerveja

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-Certo, eu ainda não entendi porque você está abrindo mão de tudo isso! – falo ao me jogar no sofá da lancha, virando minha garrafa de cerveja.

Aquilles apenas ri, se concentrando em dirigir.

Estamos dando uma volta pelo mar da Grécia.

-É sério, cara! – falo cético.

-Você não entenderia, Raj – diz levantando os óculos escuros.

Com toda certeza do mundo não.

Quem em sã consciência larga uma vida perfeita por mulher? Ainda mais por uma como Rachel Carrington!

-Minha irmã está te ameaçando, não é? – questiono, o encarando – Ela sequestrou alguém da sua família? Eu posso ajudar! – ele ri.

Não me admiraria se Rachel fizesse isso, é a sua cara jogar sujo.

Quando era adolescente e comecei a sair para curtir a noite com meus amigos, ela sempre me pedia para leva-la, e é claro que eu dizia não. Até que a pirralha sequestrou o meu cachorro.

Ela só o devolveu depois que eu a levei para a balada, por fodidas três noites seguidas. Claro que meus pais acabaram descobrindo as nossas farras noturnas, e o castigo foi alto.

-Sabe Raj, temos muitas fases na vida... quando criança eu via tudo isso e invejava, ansiava crescer para poder fazer parte... ser um homem temido, respeitado – sorri nostálgico – Então eu cresci, passei longos anos em treinamento e finalmente pude entrar em ação... a adrenalina era o que me motivava, eu queria matar cada vez um número maior... missões cada vez mais perigosas – ri – Mas então chega uma fase em que nada parece mais fazer sentido, as coisas parecem não ter mais a mesma emoção... Você quer coisas diferentes, coisas que nunca teve.

-Está fazendo mesmo isso por Rachel? É sério, eu te garanto, ela não vale o esforço! – falo, ele ri.

Amo muito a minha irmã, mas ela consegue ser insuportável.

Principalmente quando atira facas contra mim, ou quando está de TPM, aí sim ela vira o demônio.

Quando morrer Rachel não terá para onde ir. No céu ela não irá entrar, entretanto no inferno também não vão quere-la.

-Estou fazendo por mim.

Aquilles para a lancha no meio do oceano, abre o frigobar e pega uma bebida, se sentando ao meu lado.

-Chega uma hora que cansa, você fica saturado e tudo que quer é tranquilidade, um lugar estável para chamar de lar... uma família.

-Entendi, você quer segurança – reviro os olhos – Mesmo que isso signifique ter uma vida chata! – rimos.

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