Sua Fragrância Me Faz Bem

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Após várias falhas tentativas de dormir, Elisa sai do quarto e sobe no teto do local, se sentando e observando atentamente as estrelas. A noite estava bem tranquila e o céu bem limpo. A garota estava tão focada olhando para o céu que nem havia percebido a ilustre presença do pisciano ao seu lado:

Albafica: Acordada a essa hora?

Elisa: Ahn? – a loira se assusta, mas ao ver o rapaz de cabelos azul claro, solta uma risada baixa – Nossa, você me deu susto.

Albafica: O que faz aqui? – ele se senta ao lado dela:

Elisa: Não conseguia dormir, então resolvi ler as estrelas.

Albafica: Entendo… 

Um silêncio permanece por um tempo entre os dois, mas a loira começa a se perguntar o porquê de Albafica estar ali, já que ela mesmo havia prometido não ficar perto dele em respeito ao que o rapaz pensar:

Elisa: Posso te perguntar uma coisa?

Albafica: Claro.

Elisa: Bom, por que está aqui? Quero dizer… Eu estava com medo de incomodar, sabe? Essa coisa do seu sangue ser venenoso e você não querer contato direto com as pessoas e tal… 

Albafica: Basta, Elisa – a menina se cala e observa o mais velho – Em primeiro lugar, ninguém está acordado então ninguém vai questionar. Em segundo lugar… Bom, eu gosto de ter você por perto. Algumas vezes, sua frase daquele dia me vem à cabeça e… Fico pensando… Não me considero tanto um monstro mais por sua causa, sabia?

Elisa: Uau… – a menina solta uma risada doce – Isso é muito bom de ouvir… E também, não… Não sabia que gostava da minha presença.

Albafica: É, eu gosto. 

O azulado começa a acariciar os cabelos da loira com delicadeza, fazendo com que ela acaricie as mãos dele. O rapaz estranhava um pouco porque Elisa cheirava sua mão enquanto o rapaz ainda acariciava suas madeixas:

Albafica: O que… Você tá…? 

Elisa: A-Ah! Desculpe… É que… Suas mãos cheiram bem… – a loira começa a se aproximar enquanto ainda cheirava o rapaz – Sua fragrância me faz bem.

Albafica: Quando eu acho que não pode ficar mais estranha, você só prova o contrário. Como uma pessoa tão bela consegue ter manias assim?

Elisa: Cada um com sua mania, né? Deixe eu… – ao tentar se aproximar mais, o rapaz a segura pelos ombros mantendo-a afastada:

Albafica: Perto demais, Elisa.

Elisa: Ce-Certo… Desculpe… 

Albafica: Você realmente tem que parar de pedir desculpas à toa, mocinha.

O rapaz leva ambas as mãos ao rosto dela e lhe dá um selar na testa da menina; a deixando com um sorriso meigo estampado no rosto. O moço de cabelos azuis claros sente seu rosto esquentar abruptamente e solta o rosto de Elisa sem nem pensar duas vezes. A loira fica sem entender:

Elisa: Ué, o que houve?

Albafica: Nada… 

Elisa: Alb- Espera… – ela olha para as estrelas preocupada – As constelações de Columba e Cetus sumiram… 

Albafica: Como assim?

Elisa: Será que… Ai meu deus… 

Ao olhar na direção que a mais nova olhava, Albafica se surpreende: o vilarejo estava em chamas. Ambos estavam muito surpresos, já que as chamas eram verdes ao invés de terem o tom alaranjado de sempre:

Albafica: Precisamos acordar todos! 

Elisa: Essas chamas… Esse cosmo… Albafica, teria muito problema de eu ir na frente?!

Albafica: É claro que teria! Está maluca?!

Elisa: Talvez… Eu conheço esse cosmos. Deixe-me ir na frente, por favor!  

Ela dizia com determinação, o que faz o mais velho refletir um pouco e assentir. Elisa, então, veste sua armadura e sai às pressas pela floresta. O azulado estava preocupado, mas sabia que a loira era capaz de sobreviver por si só.

A BATALHA LOGO IRÁ COMEÇAR!

The Lost Canvas: Primas Gêmeas [PT/BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora