Accommodating Harry [ TRADUÇÃO ]

Epílogo

"Algum de vocês, rapazes, está interessado em alguma sobremesa hoje?"

Harry e Severus ergueram os olhos para a garçonete, ambos atingidos por uma profunda sensação de déjà vu com suas palavras. Seus olhos se encontraram brevemente em compreensão compartilhada.

"Eu definitivamente poderia ir para algo doce agora, Helen," Harry disse atrevidamente. Ele alcançou o outro lado da mesa e roçou o polegar sobre uma junta pálida, sorrindo para Snape.

A mulher mais velha riu, sua voz rouca crescendo. "Eu aposto que você poderia, querido," ela piscou para Harry.

"Vagabundo insaciável," Severus murmurou, afastando a mão do Grifinório sem entusiasmo.

“Que tal uma torta de maçã?” Ela perguntou, já começando a caminhar em direção à cozinha.

Harry sorriu, "Obrigado, Helen, parece adorável."

Ele se virou para seu companheiro, os olhos suavizando quando ele pegou o homem estóico olhando para ele. Ele se inclinou na direção de Snape e sussurrou zombeteiramente, "Gosto muito de você, sabe."

"Um fato que nunca deixa de me surpreender," Severus bufou, "já que eu absolutamente detesto você." Ele cutucou o joelho contra a coxa de Harry, o afeto aberto em seu rosto contradizendo totalmente suas palavras.

Harry riu indulgentemente, aquecido pela brincadeira de flerte.

Fazia quase dois anos desde que eles se sentaram nesta mesma mesa no pequeno café, Harry ainda ansiando por seu severo ex-professor, e um ano desde que eles finalmente se encontraram. Ficou surpreso ao pensar no quanto havia mudado naquele tempo, mas também não havia mudado em nada. Draco e Ginny ficaram noivos no início do verão, cerca de um mês depois que Ron e Hermione anunciaram que estavam esperando seu primeiro filho. Harry ainda estava em Glasbury e Severus em Hogwarts, mas as crianças em ambos os lugares tinham se acostumado a ver os dois homens perambulando pelos corredores juntos. Mais de uma vez, eles foram submetidos a provocações lúdicas, mas respeitosas, de Michael quando foram pegos parados perto demais nas masmorras da Sonserina.

Harry não teria as coisas de outra maneira.

"É estranho", disse ele entre suas mordidas na torta, "que este seja o último grande grupo de alunos a ir para Hogwarts."

“Desde quando oito é considerado um 'grande grupo'?” Snape questionou.

“Uma vez que o maior grupo depois disso são os quatro de 9 anos de idade,” Harry sorriu. “Nós só temos uma criança nova este ano, e ela tem seis anos. Esta é a primeira vez que Glasbury não está em plena capacidade. ”

Severus inclinou a cabeça curiosamente, “Isso não é algo que vale a pena comemorar? Que a necessidade de um orfanato é menos pronunciada? ”

"Absolutamente", ele sorriu.

Eles se sentaram em um silêncio amigável, Snape esperando pacientemente que o homem mais jovem terminasse sua sobremesa. O café estava completamente vazio de clientes, exceto pelos dois, e os únicos sons que podiam ser ouvidos eram o arranhar suave do garfo de Harry e os ruídos distantes da cozinha.

Harry limpou a boca com um guardanapo antes de colocá-lo ao lado do prato vazio. Sabendo que ainda tinham várias tarefas para terminar no Beco Diagonal, ele se levantou da mesa.

"Então, por quanto tempo eu tenho você?" Harry perguntou ao seu companheiro.

"Contanto que você queira," Severus respondeu suavemente, o duplo significado claro em sua expressão.

-O FIM-