Capítulo 38

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Sentindo a cabeça doer, o mundo ao redor rodar, Ethiena não conseguiu segurar

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Sentindo a cabeça doer, o mundo ao redor rodar, Ethiena não conseguiu segurar. Inflou as bochechas antes de vomitar.

Os efeitos de usar magia sem um conduíte, apesar de dizerem que ela era a única que podia, era devastador. Passara um ou dois dias desde que, acordou no fundo de uma cela no profundo dos calabouços do palácio, ainda passava muito mal.

O lugar era meio escuro, sem qualquer privacidade. Os prisioneiros ficavam dispostos em gaiolas como hamster, com um lugarzinho em um buraco que fedia para suas necessidades. As luzes não alcançavam os lugares mais sombrios, de modo que os piores prisioneiros ficavam encobertos pela escuridão mais densa.

Limpando a boca com as costas da mão, Ethiena escutou um som que a despertou de sua letárgica fadiga. Olhou rapidamente para o fim do corredor, notando a presença de pessoas se aproximando.

A claridade a partir das pedras ametistas, enxameando em um roxo bruxuleante, iluminou o rosto de Linin e seus capangas. Ethiena havia torcido muito para ter sido morta soterrada, mas sua sorte nunca foi a das melhores naquele mundo.

— Ethiena Ayodele Sá — Linin se aproximou da cela, parando de frente a porta, olhando para ela como se aquilo fosse muito engraçado. — Como atreve-se a causar um atentado terrorista do qual morreu o Imperador, e intentar roubar o trono?

Seu sorriso era tão debochado, que Ethiena fez o possível para não se mostrar irritada mais por ele do que pela falsa acusação.

— Astutamente, tu mataste a teu marido para governar o Império como quiseras — Linin bufou. — Pelo menos, isso é a acusação oficial escrita nos diários oficiais, que irão para história.

Ethiena apertou o lábio.

— Ainda machucando muitas pessoas com seu truque mágico — riu com deleite. — Muitos dos parlamentares que a apoiaste, agora hão de estar ao meu lado.

As imagens de pessoas fugindo, gritando de pânico enquanto a abóbada do salão do trono caía, ainda perturbava a memória de Ethiena.

— Bem — Linin esperou uma reação melhor do que a expressão dura da moça. — Eu, Linin dom Vladinova, me declarei nova governante.

Ethiena finalmente se surpreendeu, mas sabia que algo daquele jeito iria acontecer.

— Não Imperatriz, há de ser muito pretensioso de minha parte — Linin riu. — A partir de hoje, o Império de Portuália e Cispania mudará seu nome para Federação Ibera. Tornando-se uma república semipresidencialista federal, cujo há em trazer um Presidente como chefe de Estado e o Primeiro-ministro como chefe de governo.

Engolindo em seco, não havia outra surpresa. Linin era uma revolucionária sangrenta.

— Nosso novo Estado, há em ter como força motora os operários das cidades e os camponeses — ela riu. — Então, a revolução há em estar completa.

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