Grande Amor.

18. Grande Amor.

Bianca Andrade Da Silva.

Minha vida está sendo mudada, literalmente. Estou me mudando para Minas Gerais, pelos deuses, onde fica isso? Eu não queria sair do Rio de Janeiro. Mas a mamãe me falou que deveríamos vir, porque a vida no Rio não estava muito boa. Parece que surgiu uma boa oportunidade de trabalho, e ela nos trouxe para morar aqui.

Dizem que Minas é a cidade dos queijos, será mesmo?

Eu tenho uma irmã chamada Íris, ela tem três anos, ela é bem pequena e se parece muito comigo. Seu nariz é igual ao meu, seus olhos são um castanho chocolate, ela só é bem chata mesmo, o que eu obviamente não sou.

É bom ser criança, mas eu quero mesmo é ser adulta, parece ser bem legal você pôde fazer o que quiser, viajar pelo mundo, e ser até mesmo famosa.

Será que um dia eu vou realizar o sonho de ser famosa?

M: "Filha, nos ajude a tirar as coisas do caminhão."

Eu: "Mas são pesadas, mamãe."

M: "As coisas pequenas, pode ser apenas seus brinquedos."

Eu: "Tá bom, mamãe."

Me pendurei na ponta do caminhão, e estiquei meus braços, tentando pegar a caixa de brinquedos. Assim que consegui, sorri vitoriosa. Caminhei até o portão de casa, mas antes mesmo de entrar, senti um corpo esbarrar no meu, fazendo com que a caixa de brinquedo caísse não chão, os quebrando.

Eu: "Meus brinquedos." - Choraminguei.

R: "Meu Deus, perdão, me desculpa!"

Eu: "Você os quebrou." - Suspirei, e me virei para encontrar a voz infantil que não parava de me pedir desculpas.

Linda, esse foi meu primeiro pensamento assim que posei meus olhos na garota de pele branca, e cabelo castanho. Seus olhos verdes me hipnotizou.

R: "Desculpa, eu juro que não foi por querer, eu estava com pressa pra ir ao mercado e eu acabei esbarrando em você sem querer, me descul..."

Eu: "Calma, tenha calma, está tudo bem. Eu não ligo, são apenas brinquedos."

R: "Me desculpe mesmo, olha, eu moro bem ali." - Apontou para uma casa amarela. - "Quando quiser brincar, pode me chamar, eu tenho muitos brinquedos."

Eu: "Tá bom, obrigada."

R: "Por nada, garota dos olhos castanhos." - A vi correr em direção ao mercado que havia na esquina.