22. Grande Amor.

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Bianca Andrade Da Silva.

Nesse capítulo eu quero falar um pouco sobre mim, como foi minha infância, minha adolescência e até mesmo, minha vida adulta. Bom, desde pequena eu sempre fui uma garota que respeitava os pais, que sempre dava orgulho a eles. Nunca fui aquela criança, que responde, mas eu sempre aprontei. Era diversas travessuras, e mamãe ficava doida. Desde pequena eu sempre fui desapegada com tudo, brinquedos e roupas. Eu era uma criança com um coração bom, e uma imagem bem diferenciada do mundo.

Na minha adolescência, eu não vou mentir que dei muito trabalho para mamãe. Eu saía as escondidas, eu respondia ela às vezes. Mas mesmo assim, meus pensamentos e meu coração nunca mudou, meu jeitinho que encantava a mamãe sempre permaneceu.

Na minha vida adulta, agora atualmente. Eu posso falar que eu sou sim uma mulher guerreira e batalhadora. Eu consegui realizar meus sonhos, mesmo com a dificuldade toda. Porque eu penso que a dificuldade está no nosso dia a dia, e se não soubermos como concertar cada dificuldade, nunca iremos sair de onde estamos.

Menina sonhadora.
Menina batalhadora.
Menina guerreira.
Menina forte.
Mulher poderosa!

Com o tempo eu conquistei tudo.

[...]

Dois meses depois.

Eu me sinto melhor, ah como eu me sinto. Durante esses dois meses que se passou, a minha saúde vem melhorando. As visitas da Rafa se tornam cada vez mais especiais, a barriga dela já está enorme, e eu tenho certeza que a Vitória vai nascer com muita saúde. É sensacional a forma que ela se mexe quando eu falo algo, ou encosto na barriga da Rafaella, é como se ela já pudesse me conhecer, uma sensação de lar e bem estar.

A minha saúde está melhor, meu ânimo eu jamais o perdi independente de que seja o dia mais difícil, eu apenas agradeço por mais um dia e por estar ao lado das pessoas que eu amo, de pôde ter a Rafaella ao meu lado por completo, de compartilhar ótimos momentos ao lado de quem eu amo.

R: "Eu lhe trouxe algo que você vai amar." - Rafaella com sua alegria diária, entrou no quarto com seu sorriso belíssimo.

Eu: "Deixe-me ver o que você trouxe para mim?!"

R: "É uma lembrança, quero que guarde  com todo carinho." - Me entregou um envelope.

Eu: "Vamos ver..." - Abri o envelope branco, retirando de lá algumas fotos da ultrassom de Rafaella. - "É o melhor presente que eu poderia receber em toda a minha vida."

R: "Gostou mesmo?"

Eu: "Eu só não gostei, como eu amei." - Abri meus braços para que eu pudesse recebe-la. - "Obrigada Rafinha, eu te amo."

R: "Eu amo você."

Eu: "Obrigada, obrigada." - Lhe dei um selinho.

R: "Eu não vejo a hora de ter ela em meus abraços, e ver você sair daqui recuperada."

Eu: "Eu vou sair daqui logo, e esse neném vai ter que se preparar para receber muito carinho." - Passei a ponta de meus dedos, na pele de sua barriga.

R: "Muito carinho, e aliás, chegou algumas roupas de bebê com um cartão da Dn. Bianca Andrade." - Fez cara de brava.

Eu: "Eu não aguentei, me desculpa." - Ri. - "Eu estava na internet e eu vi aquelas fofuras, eu não resisti."

R: "São uma mais linda que a outra, obrigada Bi."

Eu: "Não precisa agradecer, eu faria de tudo por vocês!"

R: "E eu por você!" - Beijei seus lábios lentamente, sentindo o gosto salgado de suas lágrimas.

Eu: "Porque chora?"

R: "Tenho tanto medo disso." - Apontou para nós duas. - "Que seja apenas um momento para você."

Eu: "Meu amor, isso aqui não será apenas um momento, será apenas um dos momentos que eu irei ter com você daqui pra frente. Eu quero tudo com você, vamos fazer dar certo, lembra?"

R: "Juntas?"

Eu: "Sempre!"

[...]

I: "Então você acha que, a Rafaella não deixaria você cuidar da bebê junto com ela?"

Eu: "Não é assim que eu estou querendo dizer, às vezes ela não quer que a bebê tenha duas mães."

I: "Já perguntou isso para ela?"

Eu: "Não?"

I: "Pergunte, depois tira conclusão."

Eu: "Credo Íris, que grosseria."

I: "É meu charme."

Eu: "Em falar em charme, como vai os namoradinhos?"

I: "Eu não tenho um namorado, estou apenas me envolvendo."

Eu: "Ainda está nessa com a Larissa?"

I: "Ela é a primeira garota que eu tenho um envolvimento, é tudo muito novo para mim."

Eu: "Eu sei, já passei por isso, mas não desista desse amor se ele for verdadeiro."

I: "Acha que a mamãe vai gostar?"

Eu: "Que você namora a filha da mulher que me odiava? Não sei, talvez não?"

I: "A mãe dela te odiava, porque você ficava beijando as meninas no portão da casa dela."

Eu: "A rua é pública, ok? E a mãe da Larissa só pegava no meu pé."

I: "Eu acho a Silvana um amor, ela não tem nada contra mim."

Eu: "Mas contra mim, ela tem."

I: "Com motivos."

Eu: "Agora vai defender a sogra?" - Me fiz de indignada.

I: "Ela não é minha sogra, e você também defende a Genilda com unhas e dentes." 

Eu: "Óbvio, ela é a minha segunda mãe."

I: "A Genilda é um amor, mas em falar nela, quando vai pedir a Rafa em namoro?"

Eu: "Assim que ela dar sinais de que está pronta para ter algo comigo."

I: "Mais do que essa garota mostra? Ela só falta matar as enfermeiras quando elas ficam te admirando."

Eu: "Quero ir com calma, entende?"

I: "Sim, é o que eu estou tentanto com a Larissa, ir com calma."

Eu: "Às vezes é melhor ir com calma, e demorar um pouco. Do que ir rápido demais, e sair machucada."

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