[BL] A Scumbag Always Get What He Deserves (PT/BR)

22 - Amantes e amigos

22: Amantes e amigos

Dois servos estavam trocando a colcha e os lençóis da cama de Jian Qiao. O tecido ondulante perturbava finas partículas de fiapos que flutuavam no ar como efémeros à luz de velas.

Jian Qiao estava sentado em sua cadeira de balanço, olhando para as pequenas partículas de poeira enquanto balançava para frente e para trás.

"Meu senhor, você pode ir para a cama." Os dois criados curvaram-se.

"Vou dormir na cadeira." A voz de Jian Qiao estava cheia de exaustão.

Os dois servos ficaram surpresos por um momento, então eles habilmente colocaram um travesseiro atrás das costas de Jian Qiao e o cobriram com um cobertor pesado. Eles não persuadiram seu mestre a ir para a cama, porque isso havia se tornado seu hábito.

"Boa noite, meu senhor. Desejo-lhe bons sonhos." Os dois criados recuaram da sala.

Jian Qiao, no entanto, olhou para uma mancha de mofo no teto por um longo tempo, sem ousar fechar os olhos. Ter bons sonhos, tal coisa era inimaginável para ele. A razão pela qual ele escolheu dormir em uma cadeira de balanço foi porque quando ele foi estrangulado pelo pesadelo e lutou violentamente no sonho, ele teve convulsões em seu corpo na realidade.

E o estremecimento de seu corpo sacudiria a cadeira de balanço. Isso, por sua vez, o acordaria do sonho terrível.

Assim, durante toda a noite, ele sofreria um ciclo de adormecer e acordar e adormecer novamente. Mas pelo menos esse sono intermitente foi o suficiente para garantir que ele não desmaiasse de tontura no dia seguinte.

Não se atreveu mais a pedir a ninguém que lesse para ele ou a perambular a noite toda. Mesmo que fosse apenas uma transação em dinheiro, não havia garantia de que seria seguro. Ele pode ter mudado de corpo, mas a agonia de ser apunhalado no coração com uma lâmina afiada nunca iria desaparecer.

No silêncio da noite, Jian Qiao prefere abraçar uma cadeira de balanço do que um corpo quente de carne e osso.

Com a palma da mão, ele esfregou suavemente o braço da cadeira de balanço e brincou amargamente: "Quer saber, parceiro? Você é a maior invenção do século, salvou minha vida".

Durante toda a noite, a cadeira de balanço esporadicamente estalou e rangeu.

Três dias depois, como prometido, Rege ofereceu um grande banquete. Os mais poderosos senhores da Glória se reuniram na residência do duque, e luxuosas carruagens lotaram as ruas do lado de fora do palácio.

Alguns lordes pularam de suas carruagens e entraram no castelo com um ímpeto incrível, os olhos voltados para a frente; alguns lordes gentil e atenciosamente entregaram suas companheiras, depois caminharam de braços dados com elas em grande estilo; alguns senhores riram com vontade e acenaram para a multidão, e ordenaram que seus servos abrissem as caixas que trouxeram, derramando um grande número de moedas de cobre.

Quando encontravam tal senhor, os plebeus que vinham para ver a diversão gritavam de surpresa, depois levantavam as mãos e gritavam com gratidão: "Seu senhorio, que viva até os cem anos! Deus o abençoe! Deus o abençoe!"

Crianças imprudentes emergiram da multidão como pequenos ratos, lutando freneticamente pelas moedas no chão, correndo e agarrando-se em massa como um bando de hienas selvagens.

Alguns amaldiçoaram, alguns brincaram e alguns se ajoelharam orando sinceramente a Deus.

Vendo tal variedade de reações, os senhores que distribuíam dinheiro riram com maior deleite. Era exatamente o que eles queriam - alegria, tristeza, raiva, luta. Isso lhes deu a ilusão de que podiam dominar tudo ao seu redor.