Soulmates I - I will love you even in other lives

Chapter 1

YAKU MORISUKE

-YAKU JÁ DEU O HORÁRIO.

Suga grita comigo enquanto dá socos na porta do meu quarto, qualquer pessoa normal se assustaria mas aquele era meu despertador todas as manhãs e Sugawara faria o máximo de barulho para me levantar.

-Já acordei...obrigado - digo colocando a coberta sobre minha cabeça e respirando bem fundo, mais um dia de trabalho.

Saio do quarto me arrastando até o banheiro encontro Oikawa no corredor ele passa por mim e diz bom dia em um tom alegre, o almaldioço quem é que tem disposição as 07 da manhã. Por favor. Eu só funciono depois de uma boa xícara de café.

Saio do banheiro alguns minutos depois e troco de roupa indo até a cozinha, encontro Suga no fogão terminando de fazer alguns panquecas (reconheço pelo cheiro gostoso de massa fritando) enquanto Oikawa coloca os pratos e Akaashi divide o café para todos. 

Estou vivendo em uma casa compartilhada,vim para Tokyo a dois anos para estudar artes após ganhar uma bolsa bem generosa e conheci meus companheiros em um site. É bem divertido morar com eles e também confortante já que todos temos entre 22 e 23.

O que posso dizer sobre Suga ele é meio louco da cabeça adora uma baderna e pode ser bem caótico depois de beber vinho ( por mais que ele seja forte pra bebida), mas sempre que precisar de um ombro amigo ele vai ser o responsavél por te amar ( de um jeitinho agressivo mas ainda assim um jeitinho só dele).

Oikawa pode liderar boas conversas na maioria das vezes ele fala coisas sem sentidos sobre conspirações e aliens mas as vezes tem conversas bem profundas e sérias um dias atrás falamos sobre o sentido da vida quase tive uma crise existencial depois disso bebemos um pouco e tudo se resolveu depois de uma série e risadas com todos.

Akaashi na maioria do tempo não conversa muito ele tem uma mania de sempre mexer com as mãos quando está nervoso e que as vezes deixava marca de arranhões e por mais que falassemos e tentassemos ajudar só melhorou depois de ele começar a namorar Bokuto e ganhar um anel de compromisso, ele sempre mexe no anel agora. Ele é bem divertido e possui uma das risadas mais legais que já escutei ele é bem inteligente e por mais que não seja artista é bom de desenho e roteitros.

- O que vamos comer hoje a noite? - Akaashi disse comendo um pedaço de panqueca ( esqueci de avisar que ele também come muito).

- Que tal se fizermos um lasanha? - Oikawa disse assoprando o café ainda quente na xícara.

- É uma boa ideia,  de carne ou frango? -Suga disse se sentando na mesa.

-Carne é mais gostosa - disse ainda me espriguiçando.

Depois do café fiquei de lavar os pratos e ainda consegui sair de casa primeiro que eles, desci as ruas movimentadas e cheias de gente de Tokyo, por mais que nossa casa e faculdade fosse na parte mais calma da cidade parece que a mesma nunca dormia, apenas a noite ela parecia descansar um pouco.

Não demorou muito e ao chegar na faculdade reconheci o cabelo meio espatado e meio emo encostado na parade mexendo em seu celular (se ele escutassse o que disse sobre seu cabelo com certeza acabaria comigo).

-Bom dia Kuroo.

-Ah....Ohayo Yaku chegou cedo hoje.

-Suga conseguiu me acordar quase derrubando a porta mas o fez - ele riu com a sua gargalhada esquisita e também me fez rir.

-Kuroo sua risada é única - Observei kai se aproximar de nós segurando o riso também.

-Claro eu sou uma arte toltamente pura e bela - o moreno disse jogando o cabelo para trás.

- Tá bom....tenham um bom dia - me despedi deles, eu os conhecia desde criança e mesmo agora não fazendo os mesmos cursos ainda nos encontravámos.

Assim que cheguei a sala sorri, amava aquele ambiente com todas as minhas forças, cheiro de tinta e pinceis molhados toda a sala tinha desenhos pindurados em cordas ,quadros ainda não terminados prontos para interpretar um mundo completamente diferente e por diferentes visões de cada pintor.

Fui até minha cadeira e coloquei uma folha em branco e a observei pensando o que faria hoje estavámos na semana de tema livre e bem a única coisa que consegui pensar foi um parque para crianças.

Peguei minha paleta e misturei algumas cores até que tivesse o tom de cinza desejado e comecei a pincelar a folha e fazer as correntes que segurariam um balanço, eu sempre ouvi dizer que a arte está ligada ao sentimento do autor e a forma de mundo que ele deseja espressar. Naquele momento eu acho que estava com saudade de minha infância pois por mais que eu não me lembrasse muito do parque que havia em minha vizinhança sei que era aquilo que eu mais desejava no momento.

E por lembraça a Kuroo escrevi um T  no balanço pois foi isso que ele havia feito quando criança, ele escreveu um T de Tetsuro para dizer que o balanço o pertencia quando as crianças não me deixavam brincar. Ri ao me lembrar e larguei o pincel por alguns segundos com a pintura ainda não terminada. Foi quando a professora chamou a atenção da turma.

-Bom dia alunos e futuros famosos artitas - todos riram - bom em algumas semanas vamos fazer uma exposição dos melhores desenhos das turmas, explicando melhor um desenho será escolhido de cada turma. E eu espero muito de vocês, mas uma dificuldade com o tema- todos fizeram barulhos de desânimo e eu apenas ri no meu cantinho - o tema será amor.

Logo suspirei também, amor sério?

Que tema mais clichê não haveria outra coisa para se pintar, observei a folha ainda incabada em minha frente e esperei que secasse por mais um tempo, na hora de ir embora a coloquei em um envelope para folha A3 e segui para casa. 

Assim que abro a porta os outros três já estão na sala. Como nos outros dias nenhum de nós vai cozinhar.

-Querem pizza? - digo assim que entro e eles acenam que sim.

Eu vou estar gordo assim que fizer 25, nós sempre pedimos comida a noite por pura preguiça de ter que cozinhar e lavar pratos.

Assim que a pizza chegou comemos enquanto assistiamos um filme de comédia que havia estreado tem pouco tempo, depois de lavar os pratos e conversar com Oikawa enquanto ele os enxuga e guarda falando em como não aguenta mais Ushijima como seu companheiro de projeto subo até o meu quarto.

Abro a porta e suspiro a parte da minha cama é bem arrumada com meus livros e roupas no lugar mas o seu outro lado o meu lado artístico é uma bagunça. Coloquei uma lona branca no chão para que as tintas não sujassem o carpete e também há vários desenhos pindurados ainda incabados. Tiro com cuidado a folha do envelope e a penduro fazendo compainha as outras e observo alguns desenhos que fiz na parede branca sorrio para eles e me dirijo a cama.

Me escondo embaixo das cobertas e sinto o cheiro de amaciante finalmente estou de volta e aos poucos sinto meu corpo pesar.
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Abro os olhos e estranho por não ter acordado com Suga me chamando até perceber que não estou em meu quarto e muito menos sei onde estou.

E me surpreendo ao olhar ao redor e ver enorme paredes verdes com folhas e várias flores brancas são tantas que até parece alguns pedaços de neve em meio a tanto verde.....é bem belo um toque um tanto bem artístico, nunca estive ali mas o quanto mais ando parece que minha mente reconhece aquele lugar, vou dobrando as enormes paredes de grama e sentindo os cheiros das flores.

Até que..... paro em uma área circular não havia percebido até agora mas o chão era feito de pequenos paralelepípedos deformados que davam um charme enorme e no meio daquele lugar uma mesa e duas cadeiras de ferro brancas e ao lado um cavalete com um quadro em branco e mais nada.

O cenário parece tao ficitício mais ainda assim tão real dou alguns passos e vou até a mesa há chá posto a pouco tempo pois ainda parece quente.

-Será que estou mesmo sonhando?