The one with Christmas

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P.O.V Sirius Black

  É véspera de Natal e nós acabamos de chegar na casa da tia da Lily, e puta merda. Esse lugar é estranho. Tipo, bem estranho.
  Pra Lily talvez não seja estranho, mas eu nunca entrei em uma casa de trouxas ricos. É bem legal.
  Tem uma piscina aquecida e coberta ( inclusive James já pulou nela), tem cadeiras de tomar sol ( o que vai ser inútil já que está frio pra caralho), dentro da casa tem uma cozinha gigante, na sala tem uma televisão enorme e... É, tem muita coisa.
  —Ok, vamos ver o quarto de cada um. - Lily diz e vamos para o segundo andar ( James continua na piscina).
  —Esse é o quarto dos meninos, James fica naquela cama, Peter naquela e Remus e Sirius dividem essa. - ela explica.
  —Por que eu não posso dividir cama com o James?- Pedro pergunta. Ficamos em silêncio por alguns segundos para ele falar "brincadeira", mas não rolou.
  —Enfim... Aquele é o quarto das meninas e tem uma cama pra cada. - Lily continua. —Podem deixar suas coisas aqui, agora só falta eu falar as regras.
  —A gente não precisa de regras, não vamos destruir a casa. - Dorcas diz.
  —Você pode acreditar, não é com você que estou preocupada. - ela olha para mim, pro Pedro, pro Remus e pra Marlene.
  Vamos lá fora para o James também poder ouvir as regras.
  —Você não vai entrar na piscina ruivinha?- ele grita.
  —Cala a boca e escuta. Ok, primeira regra: não quebre nada. Se você quebrar você pega a moto do Sirius e vai lá na cidade comprar o que quebrou. Porém de preferência não quebre nada. Ouviu Sirius?
  —Ouvi... 
  —Que bom. Por favor, não deixem roupas espalhas pelo quarto, é nojento. Ah, outra regra, Remus e Sirius, por favor, não façam nada a noite quando todo mundo estiver tentando dormir.
  —Lily!- Remus exclama.
  —Fica tranquila garota ruiva, toda lugar é lugar e toda hora é hora. A noite a gente vai apenas dormir. - digo.
  —Ok, eu não precisava saber disso. Enfim, não quero ver brigas, porém se forem partir para a violência, não usem magia. Também não quero ninguém roubando as coisas um do outro. Acho que por enquanto é isso. E por favor, sem pegadinhas.
  —Pode deixar garota ruiva. - minto. —Eu e Remus vamos pra cidade comprar... Bom, qualquer coisa que os trouxas comprem.
  —Cuidado Sirius. - Lily diz séria. —É uma cidade pequena, mas pode ser perigosa.
  —Affs tá bom. - digo.
  O clima está bem merda para entrar na piscina, mas como ela é aquecida eu acho que vou me arriscar ser um gostoso molhado. O único problema é que eu não curto muito água, minha parte favorita normalmente é... Ficar bronzeado. E ficar bastante tempo no Sol faz bem pro meu cabelo. Mas não está Sol affs.
  Eu chamo Remus e ele sobe na minha moto.
  —É a primeira vez que eu faço isso. - ele diz.
  —Tobias vai gostar de você, fica tranquilo. - ajudo ele a subir na moto.
  —Tinha me esquecido que o nome da moto era Tobias.
  —Você não me deixou colocar o nome de Remus.
  —É, verdade.
  —Remus seria um ótimo nome.
  —Remus seria um péssimo nome Sirius.
  —Remus seria um nome quase tão bom quanto Tobias.
  —Tobias é melhor.
  —Concordo.
  Nós vamos para à cidade, e paramos quando achamos algumas lojas de trouxas.
  —Olha, isso são acessórios?- Remus pergunta e entramos na loja.
  —Olha que lindos os anéis. - digo. —Vou comprar.
  —Você não usa muitos anéis?
  —Sempre é bom ter mais. Olha esse aqui Moony.
  —Que lindo, mas eu não posso, é feito de prata.
  —Ah verdade, desculpa.
  Eu quero usar um anel com o Remus. Tipo, não um anel besta qualquer, tem que ter algum significado. Mas eu não vou comprar agora. Ou eu compro?
  —Não tem problema.
  —Eu tive uma ideia. - digo do nada.
  —O quê?
  —E se a gente fizesse alguma tatuagem?
  —Não sei não Sirius.
  —É sério, seria legal! Eu sempre quis ter uma tatuagem.
  —Você tem uma tatuagem.
  —Mas eu queria que as pessoas pudessem ver minha tatuagem, nem todos tem acesso ao meu cu.
  —Tudo bem.
  —Eeeee!- eu abraço ele, e subimos na moto. Passamos uns dez minutos perguntando pra pessoas na rua se havia algum lugar pra fazer tatuagem, até que achamos um cara. 
  —Eu quero fazer a constelação de Sirius. - digo.
  —Eu não sei como é. - o cara diz.
  —Então vai se foder.
  —Em que parte você quer fazer?
  —No seu cu.
  —Desenha pra mim essa constelação. - o homem pede e eu desenho.
  —Não sabia que você sabia desenhar. Isso ficou muito bom. - Remus comenta.
  —Eu tenho muitos talentos que você não conhece lobinho. - eu sou tão lacrador.
  —Eu consigo fazer. - o homem diz. —Em que parte do corpo.
  —Aqui. - mostro o meu braço. —Vai realçar o meu músculo.
  —Não tem muita coisa pra realçar. - o cara diz. Odeio ele. —E você, o que você vai querer fazer?
  —O ciclo lunar na cintura.
  —Você vai fazer o ciclo lunar?
  —É, ia ser algo significativo.
  —Você devia tatuar suas drogas. - digo.
  —É uma ótima tatuagem, combina com você. - o cara diz. —E essas suas cicatrizes, como conseguiu? Parece que foi atacado por um lobo, são muito legais.
  —Não importa. - digo.
  —Não seja grosso Sirius. É, eu meio que consegui elas por causa de um lobo. - Remus responde.
  —Isso é incrível. Não que deve ter sido legal ser atacado por um lobo, mas essas cicatrizes te deixam bonito.
  E é aí que eu percebo que ele é gay. Ou bi. Ou pan. Não importa, mas ele está dando em cima do meu namorado.
  —Valeu.
  —Você quer começar? Você, o de cabelo seboso.
  —Não fala assim do cabelo dele!- digo.
  —Eu estava falando de você voz de gralha. — eu odeio ele. Tipo, muito.
  —Vai logo com isso. - digo e me sento. Doeu pra cacete, e eu não fingi que tava tudo certo. Moony segurou minha mão e eu quase quebrei a mão dele.
  —E... Pronto.
  —Dava pra doer mais?- pergunto e me levanto. Olho em um espelho, e é, ele até que fez um bom trabalho.
  —Ficou muito boa, você tem talento. - Remus diz pro cara.
  —Bom, agora é sua vez. Senta aqui.
  O cara colocou o banco pra mais perto dele. Merda, eu não posso fazer nada senão o Remus vai achar que eu sou tóxico.
  Faço questão de dar a mão pro Remus enquanto ele faz a tatuagem. O carinha realmente caprichou muito na dele, ficou muito boa.
  —Ficou perfeita Moony. - digo e dou um selinho.
  —Valeu Pads.
  —Então é isso, vinte euros para o cabelo seboso e dois euros para você Moony.
  —Você não pode chamar ele de Moony!- grito.
  —Ah, me desculpa, como posso te chamar então?
  —Lupin. Bom, Remus Lupin.
  —Remus Lupin... 
  —Na verdade você nem precisa falar com ele. E a gente vai fazer outra tatuagem.
  —A gente vai?
  —Sim. E vai ser nos lábios. Aqui. - mostro pra ele a parte interior do meu lábio inferior. —Eu vou escrever Moony e o Remus Padfoot.
  —Você vai mesmo me obrigar a fazer isso?
  —Pra você isso seria uma obrigação?! E a consideração pelos nossos anos de amizade, quando éramos apaixonados porém tínhamos o plano de nunca contar um pro outro, nossos passeios para Hogsmead, minhas visitas quando você estava se recuperando, nosso beijo na festa, minha declaração, você esqueceu dessas coisas só porque um tatuador que basicamente me copia com esse cabelo pintado de rosa, esses piercings, essas tatuagens e jaqueta de couro deu em cima de você? Você realmente vai jogar tudo isso no lixo por causa de um drogado mais drogado que você?- o meu lacre foi grande. Acho que fui dramático, mas foi necessário.
  —Você está certo, precisamos fazer isso juntos. E não é uma obrigação, é uma vontade.
  —Vocês são estranhos. - o homem diz e depois faz as tatuagens.
(...)

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⏰ Última atualização: Jun 26, 2021 ⏰

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Marotos- a história que não foi contadaOnde histórias criam vida. Descubra agora