The one with the plan

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P.O.V Lily Evans

  Depois do acidente das drogas de um estranho, eu fiquei um pouco mais atenta ao que está acontecendo ao meu redor. Fazem apenas dois dias que nós demos a festa, mas as coisas já mudaram bastante. Bom, pelo menos algumas delas. Eu voltei a falar com o James normalmente, me senti culpada por drogar ele. Mas não o perdoei. A  Jenny continua andando com a gente ( infelizmente), mesmo já tendo terminado o namoro com a Dorcas, que consequentemente se afastou de nós novamente. Marlene nunca esteve tão chata, não se empolga com nada e é grossa com todos sem perceber. James continua sendo o mesmo, porém não consegue olhar para o Pedro sem o zoar falando que seu negócio é muito pequeno. Sirius e Remus também estão normais, tirando o fato de que não olham mais para a cara um do outro. Eu não faço a mínima ideia do que aconteceu, mas quando perguntei para Remus se eles haviam brigado, ele negou.
  Eu poderia suspeitar de todos por terem colocado as drogas em nome do  Sirius, mas eles são simplesmente bipolares naturalmente. Bom, na verdade a principal suspeita poderia ser o Remus já que ele usa drogas escondido ( e às vezes trafica), mas não falamos sobre isso. Ele jamais colocaria o nome do Sirius em algo assim. Poderia até colocar o dele mesmo, mas do Sirius não.
  Estou na Comunal escrevendo o nome de várias suspeitas ( que são realmente apenas suspeitas pois não tenho nada para usar contra elas), quando os meninos chegam e se sentam comigo.
  —Ainda investigando o lance da maconha?- James pergunta.
  —Sim, e não diga que é besteira, já te expliquei mil vezes que não é. Se alguém quis me drogar, alguém quer me deixar fora de mim para fazer algo importante. E eu não sei se isso pode me prejudicar ou não. E eu também não sei se isso vai parar nas drogas. Vai que quem fez isso decida tentar me envenenar!
  —Eu poderia ter te drogado, você sabe que eu já usei essas coisas. - Remus diz.
  —E ainda usa. - Pedro completa.
  —Exato, porém não falamos sobre isso.
  —Eu sei que você tem acesso a essas coisas Remus, mas sabemos que você usa com moderação e que não foi você. Você nunca faria isso comigo e muito menos usaria o nome do Sirius.
  —Pode ter sido o Ranhoso. - Sirius diz.
  —Improvável. - digo.
  —Mas você não está colocando nomes praticamente aleatórios?- Pedro pergunta. —Até o do Sirius está aí.
  —Às vezes Sirius estava drogado quando deixou as drogas nas minhas coisas e esqueceu, por isso acha que não foi ele. - é um bom argumento, que eu planejei agora, mas não importa.
  —É impossível, eu não uso drogas, mas quando uso eu faço uma encomenda com Remus.
  —Não falamos sobre isso. E fala baixo.
  —Foi mal. Enfim, eu sempre pego com aquela pessoa que vocês sabem quem é, e ultimamente eu não tenho encomendado nada com ela.
  —É, e eu não tenho maconha no momento, apenas cocaína. - Remus diz.
  —Ok, então um nome descartado.
  —Então, o que acha do Ranho... Do Snape? - James pergunta.
  —Não é ele. Ele pode não ser uma pessoa boa, mas com certeza ele não é esse tipo de pessoa.
  —Ela está certa, Snape não é do tipo de pessoas que conseguiria traficar. - Remus diz.
  —Você também não, mas olha só.
  —Não falamos sobre isso Pontas! E eu não sou traficante, eu só... Só tenho meus contatos e posso ajudar amigos.
  Eles continuaram discutindo, mas não presto atenção. Talvez não tenha sido um conhecido, o que acho difícil... Dorcas poderia ser suspeita considerando que ela de afastou, mas ela apesar de saber dar um gelo, não faria mal nem a uma mosca. Marlene faria isso, mas com James, não comigo.
  —Oi gente. - Marlene diz se sentando com a gente. Ela está lendo um livro "How to kill someone without being illegally". Lembro disso, ela escreveu no segundo ano fazendo teorias sobre isso. Não sei se ela vai conseguir algo com o livro, mas estou torcendo para que não.
  —Oi Lene, belo livro. - James diz.
  —É um livro porno.
  —De como matar sua companheira.
  —Estou lendo para alguém usar contra mim. 
  —O que aconteceu agora?- pergunto.
  —Jenny me mandou doces com uma carta. Aqui a carta.
  —Deixa eu ler. - Sirius arranca a carta da mão de Marlene. —Uau, isso é... Querida Marlene, me desculpa por ter estragado a sua amizade com a Dorcas, nenhuma das duas merecia isso. Tentei conversar com a Dorcas mas ela simplesmente me ignorou, acho que ficou realmente magoada.
  —Eu também ficaria se minha namorada beijasse minha ex, que inclusive é minha melhor amiga. - James diz.
  —Tá, tá, cala a boca. Eu sinto muito por ter sido um pouco impulsiva a ponto de te beijar, mas acho que por um lado foi até bom... Acabamos nos "livrando" da Dorcas ( eu amo ela, não quero parecer grosseira com essa colocação) e nada nos impede de começar tudo novamente. Sei que você pode parecer loucura, mas pense por um tempo antes de tomar uma decisão. Obrigada pela atenção, de sua amada Jenny.
  —Que filha da put*. - digo.
  —Vocês acham que ela já sabia que Dorcas era ex da Marlene e só por isso a pediu em namoro? Para usar Dorcas pra chegar até a Marlene. - Remus sugere.
  —Antes eu não achava, mas agora eu acho. - Marlene diz.
  —Eu e Lily estávamos desconfiando dela desde o início. - James diz.
  —Isso é verdade, provavelmente nós conseguiríamos descobrir a verdade na festa, mas fomos drogados por um estranho e... Put* merda, matamos!
  —Isso faz total sentido. - James diz.
  —Mas pra que ela ia se esforçar tanto pra chegar na Marlene? Tipo, ela literalmente drogou uma pessoa e acabou com a Dorcas. Não era só ela ter sei lá, ido falar com a Marlene?- Sirius pergunta.
  —Na verdade ela já tentou, mas quando ela tentava puxar assunto eu me afastava.
  —Agora entendo o motivo. - digo.
  —Ok, mas mesmo assim. Ela disse que conhecia o James, e se conhecia o James, ela me conhecia. Por que ela não nos usou pra chegar na Marlene?
  —Ela é lésbica. - Remus diz.
  —Exatamente. E ela também gosta de confusões, ou de magoar os outros. Eu tinha me esquecido disso. Foi por isso que nosso namoro não foi um dos melhores.
  —Então só precisamos contar isso para a Dorcas. - Pedro diz.
  —Não vai rolar. - Marlene diz.
  —Por que não?- questiono.
  —Olha para ela, ela é um demônio fantasiado de anjo. A Dorcas nunca iria acreditar na gente, ela sabe que somos ótimos em magoar pessoas. Ela vai achar que estamos inventando tudo só para prejudicar a Jenny.
  —Isso faz bastante sentido.
  —Jenny teria que assumir, e Dorcas teria que ouvir.
(...)

Marotos- a história que não foi contadaOnde histórias criam vida. Descubra agora