Acordei bocejando lentamente, a preguiça me dominava. Meu corpo estava tampado por apenas uma cueca azul, a noite sempre faz calor e não tenho ar-condicionado em casa. Olhei as horas no relógio de parede e eram exatamente 5:00 horas. Vida de homem da roça é assim mesmo gente… acordar junto com os galos cantando. Vesti uma blusa qualquer e pus uma calça jeans, completei pondo uma sandália de couro nos meus pés e desci para a varanda.
Escovei meus dentes na torneira cuja fonte da água é natural e fiz algumas abdominais para expulsar a preguiça que me cercava.
Após, fui à cozinha, avistei Josefa preparando o café com leite, mas não vi José.
– Cadê seu marido, mulher? – perguntei tomando posse de uma cadeira. – Ele sempre acorda primeiro do que eu.
– Ele já acordou. – ela sorriu delicadamente colocando os bules em cima da mesa forrada com um tecido novo detalhado com pinturas de frutas. Os pratos e xícaras com os talheres foram colocados lado a lado. – Tá cortando algumas pencas de bananas maduras, depois trazemos umas pro ocê.
– Não precisa. Chega de bananas. – sorri. – Podem ficar com elas e fazerem bom uso, já enjoei.
Começamos a comer o que minha cozinheira havia preparado e também conversamos sobre vários assuntos. Logo em seguida o capataz apareceu todo cansado subindo pelos degraus.
– Bom dia patrão. – resmungou e sentou-se conosco. – Cadê a Julinha uai? – perguntou à sua mulher.
– Ela está dormindo né! Tava muito mal ontem, mas logo vou ver se ela acordou.
José começou a comer e ficamos em silêncio por algum momento. Quando terminei de dar o último gole no café pelante disse ao capataz:
– Tome as chaves. Já estou indo. Pela tarde estarei de volta.
– Boa viagem, Marcus. – disse e pegou as chaves. – Se os homens das rações vierem por aqui…
– Mande-os pra porra e diga que não tenho dinheiro! – interrompi e me coloquei de pé.
– Mas não posso falar isso uai! – revoltei o capataz, pela cara que ele fez eu não resisti e tive que rir.
– Você não vai falar isso, ora! Diga que o vencimento é na semana que vem, e pronto. Terça que vem eu pago. Agora vou indo nessa.
– Você vai de quê? – a mulher me perguntou.
– Vou na picape do nosso vizinho distante Gonzaga, Josefa. E vou trazer um presentinho pra Julinha, viu.
– Não precisa sinhô…
– Que não o que mulher, eu mesmo faço questão. Até mais.
Despedi-me deles e fui ao curral onde montei sobre o lombo de Barroso. A estrada que separava minha fazenda da do Gonzaga era cerca de uma hora galopando a cavalo. E assim cavalguei até chegar por lá. Um grande casarão cercado por muitas árvores e muitos gados.
– Bom dia meu rei! – disse o ruivo magrelo surrado pela idade que guardava a porteira de acesso à fazenda com um fiasco de mato preso entre os dentes amarelados, com certeza ele era baiano. – O que você quer?
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Marcus - Degustação 10 caps
RomansaPrimeiro volume da trilogia Irmãos. 18+ Marcus, o Cowboy. Um homem do campo cujo desejo por sexo não tem limites, e além do mais, sua rotina sexual se limita em transar apenas uma única vez por mulher. Mas será que continuará a pensar assim após con...