Consegui escapar daqueles idiotas.
Agora aqui estou eu, toda machucada e com aquele vestido imbecil que usava na Hydra, preciso me livrar disso logo, mas primeiramente preciso de um lugar pra ficar.
Não tenho outra escolha a não ser correr, estou correndo desde que consegui fugir, mas mesmo assim consigo sentir alguém me observando de longe, apenas esperando o momento certo para chamar reforços e me capturar.
É estranho poder andar livremente sem algum idiota te dando ordens, senti falta disso.
Mas agora tenho um problema, vários problemas. Não tenho um lugar para ficar, roupas para usar, e não como nada desde que fugi ontem pela manhã.
Estou em um beco encardido, procurando inultimente em caixas deixadas no chão, na esperança de encontrar algo.
Nada.
É melhor continuar andando, quero achar alguma loja (Não que eu tenha dinheiro para comprar algo) E procurar por roupas, talvez por comida também.
Depois de um tempo andando, que na verdade pareceu horas, encontrei um pequeno estabelecimento deserto, sem ninguém por perto, a não ser pela moça na recepção. Perfeito.
Avanço em direção da loja, que consegui decifrar o nome com muito esforço, "New York Clothes". Parece uma loja do tipo que as pessoas construem em lugares que ninguém aparece, a não ser sem-tetos implorando por roupas, e fugitivos, assim como eu.
Passo pela porta, e a moça parece não notar, pois nem mesmo tira os olhos da revista que está lendo. Aproveito a distração e caminho em direção das roupas femininas, pego uma camiseta preta, um moletom da mesma cor e uma calsa larga, para não atrapalhar caso tenha que entrar em uma luta.
Quando passo andando rápido em direção a porta, a Atendente nota a tentativa de roubo.
- Com licença moça, mas você tem que pagar por essas peças. - A mulher diz me examinando de cima a baixo.
Droga.
- Ah é claro, me desculpe. - Não tenho escolha, então me aproximo do balcão e coloco as roupas em cima.
- O total é de 30,50 dólares, vai pagar em cartão ou dinheiro?.
Eu não tinha um centavo no bolso, quem dirá cartão?
- Dinheiro. - Respondo dando um sorrisinho.
Tenho tempo suficiente para projetar a ilusão de dinheiro, a mulher parece nem perceber, e assim coloco o dinheiro em cima do balcão.
A Atendente me lança um olhar desconfiado, certamente pensou,"Como uma menina imunda arranjou 30,50 dólares do nada?"
- Obrigada, e volte sempre. - Ela fala enquanto pega o dinheiro em cima do balcão.
- Não precisa de sacola. Tem banheiro aqui? - Pergunto interrompendo a moça de pegar uma sacola e colocar minhas roupas dentro.
- Tem sim, logo ali - A mulher responde apontando com o dedo pro final do corredor.
Saio andando em direção ao lugar mostrado pela atendente, e entro na porta. Me visto rapidamente e dou uma olhada no espelho. Caramba, como meu cabelo tá um lixo.
Dou um jeito nele usando mágica, passo minha mão pelo cabelo e o mesmo fica totalmente diferente, limpo e desembaraçado, como se eu tivesse acabado de sair de um banho relaxante.
Quando sai, a mulher percebeu a mudança no cabelo e me lançou novamente um olhar desconfiado, ignoro e passo reto, indo direto para saída da loja.
Antes de realmente sair, fecho os olhos e me concentro, quando os abro novamente, todas as barrinhas de cereais que estavam no balcão da moça, estavam caídas no chão, como se tivesse passado um vento forte por lá, mas na verdade, fui eu.
Aproveito e pego cinco barrinhas que estavam caídas no meu pé e saio correndo, enfiando elas no bolso do meu moletom enquanto corro.
Fala sério, quem iria chamar a polícia por roubo de cinco barrinhas de cereais? Pois é, ela chamou.
Quando virei a esquina, escutei o barulho das sirenes, não tinha tempo pra olhar para trás, então apenas corri e corri, até ter certeza que despistei eles.
Qualquer sinal que envolva roubos e uma menina mal vestida perambulando as ruas de Nova York, os agentes da Hydra vão saber imediatamente que sou eu, por isso preciso ir o mais longe possível.
Depois de um tempo, encontrei um barracão abandonado, entrei na esperança de achar armas, ou algo pontudo que possa usar para me defender.
Conforme fui explorando, achei uma Adaga, roupas velhas e comida estragada. Ainda não cheguei ao ponto de comer restos de comida, por isso passei reto e peguei somente a adaga.
Continuei andando, precisava ir mais longe, precisava de um prédio ou um esconderijo abandonado, sei que é só uma questão de tempo até aqueles idiotas me acharem.
Não sou burra, sei claramente que os imbecis de uniforme estão me procurando também, o que faz de mim uma assassina procurada por Nova York inteira.
•••
Continuei andando com um capuz na cabeça e com a adaga na mão, também com os olhos bem atentos. Estava de noite e ainda não consegui encontrar nenhum lugar seguro para arriscar descansar os olhos.
Estava quase decidindo dormir na rua em alguma caixa por aí, mas encontrei um prédio abandonado, numa rua deserta, sem nada nem ninguém ao redor.
Arrisquei entrar, estava realmente vazio, literalmente, não tinha nada.
O prédio era pequeno, e bem distante de tudo, acho bem difícil alguém conseguir me encontrar aqui.
Sentei num pedaço de sofá que ainda restava e deitei. Estava tão cansada, todos os músculos ardendo, minhas pernas estavam doloridas, não conseguia pensar em mais nada.
Sim, eu não conseguia pensar em mais nada, tanto que nem pensei na possibilidade de estar sendo observada por algo ou alguém.
Droga.

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AMOR E TRAPAÇA | LOKI
Любовные романы[ "Quem.. quem fez isso com você?" "Por que se importa tanto, principezinho?" ] Para pagar pelos seus crimes, Loki estava condenado a viver pelo resto de seus dias nas masmorras de Asgard. Em uma ironia do destino, os vingadores precisam de sua aju...