8• Loki

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- Uma semana. - Aquele idiota ordenou, achando que consegue mandar em um Deus.

- Não devo nada a você, Fury, vou ter o tempo que preciso e não me apresse.

- Olhe como fala comigo, rapaz. Você está vivo por minha causa. Eu quero a garota em uma semana, caso ao contrário alguém vai retornar para as masmorras de Asgard. - Agora ele gritava, e seu tom era mais irritado.

- Não tem como, o prazo é muito curto, venha você mesmo capturá-la, quero ver se é capaz. - Eu já estava perdendo a paciência, jamais conseguiria entregar Raven em uma semana, ela nem sequer confiava em mim.

- Sem mais. Você vai me trazer a garota em uma semana, se não fizer isto, eu mesmo irei até sua localização e fazer do meu jeito.

Ele desligou.

Depositei um soco na parede, esse verme estava me pressionando e queria Raven em poucos dias. Vinha tentando conquistar sua confiança e despertar algum sentimento na mesma, mas é mais forte do que eu pensava, ontem quando tentei beija-la, recuou.

Sonho com a liberdade desde que fui preso por Odin, não vou consegui-la sem antes entregar Raven a Fury.

Hoje de manhã quando sai da casa para dar espaço a Raven, recebi um sinal através de uma das espiãs da S.H.I.E.L.D, ela me entregou uma caixa mágica que mortais usam, e me pediu para colocar no ouvido. Confesso, fiquei meio desconfiado, poderia ser uma bomba ou algum truque, mas no final era apenas aquele verme.

Quando volto para casa, encontro Raven enxugando suas lagrimas.

Me aproximo e sento do outro lado da cama, de costas para ela.

- Está tudo bem? - Pergunto, é uma ótima oportunidade para mostrar a ela que pode confiar em mim.

- Não é da sua conta.

Ou talvez não.

- Ah, ok. Tem alguma ideia? Digo, para fazermos assim que sairmos daqui.

- Não. - Ela responde, seca.

- Sua perna está melhor?

- Se fosse da sua conta, você saberia, pode ter certeza. - Raven retruca.

Decido não responder.

Raven se levanta, segue em direção a porta e sai, certamente para agradecer seu amigo, Liam, pelo lugar para passar a noite. Saio logo atrás e fico esperando. Olho ao redor, e percebo como o mundo mortal é entediante.

Ela vem em minha direção, e faz um sinal para que eu a siga.

- Não vai me dizer para onde vamos?

- Não. - Raven responde, seca.

Bufo. Ela pensa que pode ter algum tipo de autoridade sobre mim, mas não passa de uma mortal fraca.

Observo atentamente seus passos, a forma como seu cabelo se movimenta quando ela anda. Sua perna ainda está machucada, mas se recusa a aceitar minha ajuda.

A odeio. A odeio por ser melhor do que eu, a odeio por saber de coisas que eu não sei, ter aprendido magia sozinha e ser boa o suficiente para me passar. E a cima de tudo, a odeio por pensar nela, por ter dificuldade em conseguir trai-la, por não conseguir mata-la.

Preciso fazê-la se apaixonar por mim.

Estamos andando por ruas movimentadas. Isso me irrita, Asgard é superior a tudo isso aqui, e os mortais agem como se eles mesmos tivessem construído tudo, construído o mundo.

Mortais são insignificantes.

Não sei para onde Raven me leva, mas sigo seus passos. Ela não fala nada em momento algum, inclusive para onde vamos. Desconfio que nem ela saiba.

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