Mesmo em um mundo sem esperança, você apareceu e me deu uma nova perspectiva sobre a vida. Eu lutaria até o fim por você, porque o amor cria coisas que são impossíveis de esquecer. Você é a razão do meu viver, e eu nunca vou abandoná-la.
Esta fanfic...
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-O que faz aqui fora Hange? – A questiono, voltando o olhar para o céu.
- A Sasha berrou seu nome, e percebi que havia se retirado com pressa. – Ela me informa olhando para o alto. – Você está bem?
Assinto com a cabeça, eu não queria incomodar ela, porém também não queria ver aquela cena.
- Você não precisava ter vindo atrás de mim. – Retruco em um tom de voz baixo. – Eu só queria vir ver as estrelas, elas me acalmam.
Ela inclina a cabeça em minha direção. – Você foi muito bem hoje no treinamento, usando a estratégia a seu favor. – Seus olhos brilhavam, e seu sorriso era visível. – Só não sei o porquê de você ter escolhido aquele tipo de prêmio.
- Sinceramente, nem eu sei o porquê. – Respondo olhando em seus olhos. – E agora me conta, como foi o beijo? – Ao dizer isso, senti meu coração apertar, como alguém sendo enforcado.
- Não rolou... Ninguém se beijou.
- QUE? – Digo em um tom de voz um pouco mais alto que de costume. – Por que não? – Neste momento, senti meu coração ser salvo por palavras.
- Porque eu me preocupei com você... – Seus olhos guardavam segredos que não poderiam ser desvendados. – Mas me conta, você escolheu esse jogo para beijar alguém em específico?
Assinto negativamente. – Acho que só estive com vontade de joga-lo. – Comento escondendo minha vergonha.
O lugar ficou por alguns segundos em total silêncio, porém logo foi interrompido por Hange gemer de frio. Tiro meu casaco e a cubro com o mesmo.
- Não precisa, eu estou bem. Sério... – Ela me informa, porém eu insisti e ela acabou aceitando. – Você ficará bem só de camisa curta?
- Ficarei sim. – Comento assentindo positivamente. – Hange, você já sentiu uma dor no coração, por somente observar certas coisas?
- Senti sim, muitas vezes, ao ver meus companheiros morrerem. – Arregalo os olhos, e olho em sua direção. – Mas nós aprendemos a superar estes momentos.
- Já vi, e já matei muitos de meus companheiros, porém nunca senti isso ao ver a morte deles... – Paro e penso um pouco, voltando meu olhar para as estrelas.
- Como assim? – Sua feição facial era de preocupação.
- Desde criança, fui treinada para matar. Passei minha infância matando quem eu nem conhecia. Assim como também fui treinada para ser escrava. Por isso, não sinto apego com as pessoas, nem empatia. Por esse motivo, nunca senti nada por ninguém, mas hoje não sei o que deu em mim, mas eu senti uma dor no peito nunca sentida antes. - Fiquei alguns segundos em silêncio. - Não tenho mais motivos para esconder isso de você... – Passei aqueles minutos adiante contando mais detalhes sobre meu passado, eu sentia que era a hora de desabafar, e eu sentia que Hange era a pessoa certa para escutar aquilo.
