A pausa para o café foi interrompida de súbito quando você foi informada que havia chegado um novo corpo. Recusou de primeira, afinal era sua pausa, mas após a insistência do seu supervisor que não poderia trabalhar no recém falecido, acabou cedendo e jogando o copo de plástico diretamente no lixo.
Seguiu praguejando mentalmente, sendo acompanhada por um colega que havia trazido o novo corpo.
ㅡ O que temos aqui? ㅡ Perguntou, quando cruzaram a dupla porta que dava acesso a sala de autópsia.
ㅡ Homem. Aparentemente na casa dos 24 anos, branco, moreno. Mais ou menos um metro e oitenta. ㅡ Respondeu ele, você colocando as luvas.
ㅡ Nossa, tão novo. ㅡ Quando você puxou o carro metálico, aproximando os materiais necessários para fazer o corte das roupas, notou que o braço do homem estava enrolado com um material de cor branca. ㅡ Qual o nome dele? ㅡ Encontrou-se temerosa. Afinal as descrições e esse braço com ataduras pertenciam a uma só pessoa.
ㅡ Osamu Dazai ㅡ Respondeu no mesmo instante em que você puxou o tecido azul, revelando o corpo frio do detetive.
Não esboçou reação na frente de seu colega, sempre garantindo passar o visual de fria perante o trabalho, não seria agora que derrubaria isto. Porém conhecia o homem a sua frente há alguns anos, a empatia e compaixão lhe atingiram com força, mas com elas vieram a irritação.
Como assim esse idiota enfim teve o que queria? E do nada?!
ㅡ Qual foi a causa da morte? ㅡ Você fechou os olhos, apertando os dentes quando sentiu uma veia saltar de sua testa.
ㅡ A princípio julgo ser um caso de envenenamento por acidente ㅡ Explicou o loiro ao seu lado, logo apontando para um musgo verde dentro de um plástico transparente, em cima de uma mesa de aço.
Acidente? Puff.
ㅡ Sério Dazai? Envenenamento de novo? ㅡ Debochou pela falta de criatividade. ㅡ Eu podia te ressuscitar só pra te matar de novo! ㅡ Grunhiu baixo, recebendo um olhar confuso de seu colega. Logo você suspirou. ㅡ Pode ligar para a agência de detetives armados? É uma agência não governamental e funciona sobre a direção de Yukichi Fukuzawa. Ele... Ele era de lá... Pode avisá-los?
O loiro assentiu um pouco confuso, mas logo saiu.
ㅡ Você conseguiu não? ㅡ Perguntou. A idéia de conversar com um corpo falecido era de certa forma bizarra, mas você só fazia isso dado a sua habilidade sobrenatural, palavras que carregavam um forte peso dado o sentimento que transpassavam. Quando ativada, palavras como "Está tudo bem", "pode ir tranquilo", "nunca desistiram de te encontrar", podiam chegar a quem eram direcionadas com uma enorme quantidade de paz, felicidade ou tranquilidade. E até palavras como "Seu desgraçado" podiam ter um peso tão grande que poderia influenciar uma pessoa a findar sua passagem na terra, por isso usava com cuidado mesmo que esta habilidade só se ativasse por vontade própria. Você podia no resumo, reconfortar até os mais amagros e tristes corações, isso ajudava a suavizar expressões e rigidez de membros mesmo depois de morto, como? Não me pergunte, apenas acontece.
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Imagines (вυngo ѕтray dogѕ)
Randomㅡ Dedicado exclusivamente ao anime. Imagines dos mais variados tipos cuja(o) principal personagem é você, meu senhor, minha senhora que está estressada(o) com a vida. Venha, Yosano irá lhe fazer um cházinho. - Desde 2018 - trazendo alegria aos lare...