Fim de noite | YM

Capítulo 4

[ Maitê Albuquerque ]

11 horas da manhã e o sol do Rio de Janeiro estourando, do jeito que eu queria e precisava. Eu estava desde que cheguei implorando por praia, mas tudo foi contra meu favor e ontem choveu o dia inteiro.

Minha mãe se estivesse aqui mandaria eu nem colocar o pé na água, porém, corpo tava implorando por um mergulho e um só não mata né?

Acordei cedinho, aproveitei a boa vontade do Kaio e ainda arrastei Lorena. A ideia era passar o dia por aqui, mas meu irmão inventou um churrasco la em casa e eu tinha que ir pra não virar bagunça. Pelo bem dos meus pais, que voltavam pro Rio essa semana e tudo tinha que estar inteiro.

— Aí vamos?? — Kaio falou assim que nos aproximamos dele – Jaja da meio-dia e pelo visto o único que sabe assar carne sou eu.

— Ja estão por la? – Ele assentiu jogando a camisa no ombro – Que milagre.

— Fome ou cachaça falam mais alto. – Lore falou rindo, jogando as coisas dentro da bolsa – Por mim ja podemos ir.

— Por mim a gente passava o dia aqui! – Falei olhando ao redor – Próxima semana a gente vem de novo.

— Eu to é com sono. – Se levantou colocando o óculos de sol – Bora simbora que se eu não beber, eu durmo.

— Alcoólatra!! – Brinquei empurrando ele de leve – Kaio a cada dia que passa, perde um pouquinho do fígado.

— Nem de brincadeira! Sou quem menos bebe e ainda escuto uma porra dessas. – Respondeu nos guiando até o carro – Os outros que bebem até cair, ninguém fala né.

— Quem? Meu namorado e o Pedro mal bebem. – Lore defendeu entrelaçando o braço no meu – Na real, até Gabriel eu nunca nem vi super bêbado.

— Eu ja, várias vezes, te falar que presta não. – Riu abrindo a porta do carro – Por isso ele se controla, fica pior que eu e Arthur juntos.

— Sério?? Fiquei curiosa agora!

— Bom, que não seja hoje que ele vá ficar bêbado então! – Falei entrando no banco de trás do carro – Nenhum de vocês, na real! Depois sobra pra mim arrumar.

— Isso me motivou a ficar bebado, loirinha. – Semicerrei as sobrancelhas encarando ele pelo retrovisor – Em comemoração a sua volta.

— Testa! Que eu te chuto de la ou afogo na piscina.

— Duvido!

— Vai começar vocês dois, parecem crianças.

[...]

Assim que Kaio estacionou na casa dele, ja dava pra escutar o som la de casa estourando um pagode e isso que nem éramos vizinhos de porta.

— Lucas tem medo de uma multa não né? Condomínio mole da porra.

— Tu faz pior Kaio, tanto que nenhum vizinho gosta de tu. – Lore falou descendo do carro – Sujo falando de mal lavado.

— Vamo logo que se deixar vocês passam o dia nessa. – Peguei minha bolsa e arrumei o short no corpo – Espero que pelo menos Lucas tenha limpado a piscina.