DESEJO | JIKOOK •REPOSTANDO•

Capítulo 04

Boa  leitura!

Desejo.

Todos temos o desejo de fazer algo mesmo que muitos desses desejos nos prejudiquem.

Eu desde pequeno fui um garoto que almejava muitas coisas, conquistá-las nem sempre foi possível. Uma delas foi o Taekwondo, lembro da felicidade do meu pai ao me ver interessado em algum esporte, ele dizia que o fundamental era me trazer disciplina e músculos depois.

Meu desejo se tornou realidade, como o de treinar boxe entre outros tipos de treino de auto defesa. Eu gostava, nunca me meti em brigas para poder mostrar o que eu sabia, na verdade, ninguém sabia que eu fazia algo. Eu só era visto como o filho "afeminado" do coronel, o erro, sabe? No início era incômodo essa taxação, pois, o porque era errado não ser como meu pai?

Depois com o tempo e com a idade, eu vi que não tinha nada de errado; nem na taxação e, nem em mim. Eu não precisava exibir meus músculos a todos para provar o quão másculo e homem eu era, porque não tinha disso, nada daquilo me definia. Eu sempre vou ser o Jeon Jungkook, filho único e que almeja ser feliz ao lado de quem ama. Isso nunca mudou e nem vai mudar.

Meu pai sabe quem sou, no início foi difícil, mas ele nunca me maltratou e nem minha mãe, eles entenderam, e o amor contínuo, pois, afinal, eu não deixei de ser JeonJungkook, o filho deles. Eu sentado naquela sala de espera vendo o meu confronto de horas atrás do lado oposto de onde estava, cheguei a profunda certeza de que não me arrependi de meu ato, eu não sou de ferro e também não sou uma aberração para ser tratada como uma, tenho meu direito de me defender.

Jordan estava com alguns curativos pelo rosto e eu só tinha o, no canto de minha boca o qual foi Taehyung-Hyung que colocou.

Antes que eu pudesse analisar qualquer coisa à minha volta o reitor passou a nossa frente em duros passos e com um semblante nada agradável.

— Vocês dois, me acompanhem, agora!
O mesmo entrou em sua sala deixando a porta aberta e eu segui logo atrás junto de Jordan. Taehyung-Hyung me prometeu que iria aparecer, mas até agora nada dele.

Ao entrar na sala fiquei em pé em um canto e Jordan no canto oposto.

— Eu poderia pedir para que me explicassem o que aconteceu, mas eu vi o vídeo das câmeras e bom, é claro o que ocorreu. Então Jeon, me diga o porquê da sua atitude agressiva para com Jordan? Você sabe que cometeu um crime, e que se Jordan quiser ele pode fazer uma queixa contra você?

— Creio que só com um vídeo o senhor não pode chegar a tais conclusões. É que ninguém agride outra sem uma motivação.

— Oh! Senhor Jeon, quer me explicar isso? Tudo bem, qual sua motivação para agredir Jordan?

— Seu filho cometeu crime e eu me defendi.

— Aqui ele não é meu filho é mais um universitário como você.

— Sério? Não é o que aparenta suas atitudes. Nem saber o crime que ele cometeu você quis.

— Olha a forma como fala comigo, sou o reitor dessa Universidade e posso te expulsar e manchar sua reputação se eu quiser.

— Não irá!

A porta foi aberta e a visão de meu pai surgindo foi bem assustadora e, ao mesmo tempo, um alívio. Logo atrás Taehyung-Hyung vinha com a mesma vestimenta de mais cedo, meu pai estava com seu terno preto e a seriedade a tona. Todos diziam que éramos parecidos e com a minha maioridade isso ficou completamente evidente, e eu deveria concordar, chegava a ser assustadora nossa semelhança.

— Como eu dizia, não irá. O senhor como um dos que cuidam dessa instituição, deveria ser neutro e totalmente sem envolvimento de sentimentos com os acontecimentos que envolvem seu filho, melhor, parar de acobertar as atrocidades que o mesmo comete.