Capítulo 3.2

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⚠️aviso de atos violentos; físicos e verbais⚠️

Boa leitura!

Eu estava no intervalo de uma das aulas, a prova foi tranquila e eu até fui bem, gostaria de um dez, mas me contento com um nove vírgula quatro.
Eu estava no corredor sozinho, pois, Taehyung tinha ido se arrumar para sua apresentação a qual eu assistiria fazendo parte do auditório, foi muita sorte conseguir uma vaga de última hora.

Sentia-me apreensivo, não sabia dizer o porque, o peso das minhas costas não coincidiam com minha situação atual, eu estava sem materiais e só com meu celular no bolso, não deveria existir um peso sobre mim.

Enquanto eu pensava e me questionava, um assobio preencheu o local seguido de uma risada.

— Então quer dizer que o filhinho do coronel é ‘gay’ e está com o tenente também ‘gay’, meu deus, eu imaginava isso de você, mas do grande Park Jimin, não… não. Quem diria não é mesmo?
Jordan estava sozinho encostado ao lado dos bebedouros, fiquei sabendo que o mesmo havia sido suspenso dos treinos por aparecer bêbado, então explicava sua presença naquele horário.

Eu só pude suspirar e revirar os olhos, eu não tinha medo, não dele, pois, um a um é diferente de seis contra um.
Odeio agressões, mas a cara dele parecia igualzinha com uns dos sacos de treino que tenho em casa.

— Jordan porque não cuida da sua vida? Ou ela é tão insignificante ao ponto de ter que cuidar da minha?

— Nossa, pensei que seu cãozinho guarda costa falasse por você — fez uma cara de falsa indignação enquanto se aproximava de mim — então você sabe se defender? Isso, coloque as manguinhas de fora, mostre que além de bicha' é um oferecido que dá para os dois irmãos. Hum! Tão bem na fita-
Eu não aguentei e com um soco o calei. Eu só sei sentir repulsa, nojo, ânsia, ódio… não tem palavras para o que estou sentindo.

Sua cabeça estava para o lado era possível ver o sangue escorrendo pelos seus dedos enquanto tapava o nariz.

— Cala a merda da boca, seu playboyzinho de merda! E você? Gosta de bancar o machão quando está com os amigos, mas sozinho não aguenta. Se queria me tirar do sério, conseguiu. Sou ‘gay’ sim, e você não tem nada a haver com isso. Nada. Ser ‘gay’ não me faz incapaz de te quebrar na porrada se eu quiser, Jordan! Nem seu pai que vive acobertando suas merdas.
Eu sentia minha respiração cada vez mais acelerada, minha voz parecia cada vez mais alta e tudo era embaçado ao meu redor, só tinha ele e minha vontade de “retribuir” tudo que sofri nas mãos deles, nos últimos anos.

— A é? Vamos ver se sabe bater mesmo…

Tudo que senti foi o soco em meus estômago e meu corpo indo para trás enquanto o de Jordan vinha para cima. Me distanciei e puxei o ar com toda força que tinha endireitando meu corpo, eu estava tomado por puro ódio e rancor.

— Só isso…

Quando estamos em nosso ápice do ódio, raiva, viramos outra pessoa e nem eu me reconhecia naquele momento.

Jordan veio para cima novamente nos derrubando ao chão tendo vantagem sobre mim, começando a socar meu rosto ao qual defendi com meus braços.

Com um impulso de meu quadril o empurrei ficando na posição de vantagem distribuindo socos simultâneos, eu estava cego pelo ódio.

Meu corpo foi lançado para longe de si por suas pernas, e logo o sinal tocou e eu não me importei se o corredor estaria cheio em segundos.

Levantei e Jordan cambaleando também e sem esperar ele avançou e revidei, o tinha agarrado pela camisa dando um soco de esquerda em seu rosto aproveitando da posição para empurrá-lo contra a parede.

Os burburinhos aumentaram e os gritos de briga também, parecia uma escola primária.

Me distanciei de Jordan limpando o canto de minha boca a qual escorria sangue. Jordan me olhava furioso e eu não estava diferente.

Nossos corpos se chocaram novamente em uma “dança” desengonçada de pés e socos, eu o acertava mais do que o mesmo conseguiu me atingir nos levando ao chão.

Quando tomei uma posição de vantagem tudo que aprendi a vida toda veio a tona, nada me pararia naquele momento, nada.

— Ei!

Senti os braços rodearem minha cintura e meu corpo ser içado de cima de Jordan, eu lutava para me soltar até ouvir a voz de Taehyung-Hyung.

— Calma Jungkook! Meu Deus! Segure ele ai, porra! — Taehyung-Hyung solto um dos braços de mim, apontando para Jordan que era erguido pelos amigos e que parecia, mesmo bem machucado, disposto a vir para cima novamente — Segura! Mas que merda…

Meu corpo foi afastado da confusão e eu me encontrava em um estado catastrófico, não em aparência, eu sabia que tinha me saído melhor nesse quesito, mas tudo parecia girar e a culpa me atingia como um soco. O que meu pai iria achar daquilo? O Jimin? Todos que me conhecem?

— Ei, Jungkook? Jungkook olha para mim! — Taehyung-Hyung segurava meu rosto ao qual senti levemente dolorido em minha bochecha — Eu preciso que respire fundo e me conte tudo o que ocorreu!

Eu senti meus lábios tremerem e meus olhos inundarem.

— Hyung… desculpa! — eu me sentia culpado por ter agido tão brutalmente.

— Shiu… antes de pedir desculpas fale para o Hyung o que aconteceu — ele sorriu minimamente limpando as lágrimas do meu rosto.

— Ele me encontrou no corredor e me atacou com palavras horríveis hyung e perdi a cabeça e o soquei no rosto…
Contei tudo, tudo que lembrava, parecia que um breu havia tomado conta da minha mente. Tudo havia sumido.

Taehyung me deu água e só naquele momento percebi sua roupa; um terno creme de alta costura e bem alinhado em seu corpo. O local era reconhecido por mim como o jardim da faculdade, era a parte calma.

— Certo! Tudo começou em defesa de um ato homofobico, você só se defendeu Jungkook. Pelos fatos, a todo momento Jordan veio a tomar iniciativa dos atos, sabendo da consequência dos mesmos. Esse é o nosso posicionamento, não diga nada e fique comigo, quando o reitor chamar iremos juntos, pois, sabemos que esse acontecimento não se inicia aqui e nem hoje. Você não é ruim, okay? Todos temos os nossos momentos de paciência esgotada. Ninguém é de ferro.

O mesmo me acalmava mesmo que um resquício do choro me tomasse.

— Tudo bem hyung…

Eu tentava pôr na minha cabeça que tudo foi uma consequência de atos consecutivos, mas ainda era fresco e novo para mim a situação.
Segui Taehyung-Hyung até o auditório onde ocorreria a encenação, os burburinhos e olhos eram direcionados a mim e eu me sentia acuado.

Fiquei quietinho o tempo todo de encenação, Taehyung-Hyung “ganhou” o caso e fiquei minimamente feliz pelo mesmo.

Ao sair daquele local fomos parados pela postura ereta da senhorita Boon.

— Jeon Jungkook, o reitor está convocando a sua sala referente ao ato e acontecimento de mais cedo, peço que me acompanhe e leve juntamente seu material.

continua...

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⚠️Fanfic repostada com a autorização da autora original@Jkbhello⚠️

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