"They smile when they see you, So why the long face?" (⁴)

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    Amei esse capitulo, nota 0. eu estive meio sumido esses dias, tava com um puto bloqueio criativo, e depois de anos eu consegui escrever mas ai eu fui passar pra aqui, mas eu sou sonso e perdi o capitulo... boa leitura.

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  "30 de abril de 2021,


  Querido amigo


  Os dias tem se tornado cada vez mais curtos e as noites mais longas, uma insônia profunda juntamente aos pesadelos não me deixam dormir de forma alguma. Não sinto fome muito menos qualquer outra coisa além de cansaço. As lembranças de coisas antigas e não tão antigas vem se tornado quase que parte fixa de meus pensamentos. Duas pessoas diferentes, duas atitudes diferentes e dois sentimentos diferentes...


  Não me lembro de conta-lo sobre os acontecimentos com Haword, eu tinha medo pela forma na qual você reagiria, mas você não está aqui para me julgar. Eu e Haword tivemos um caso não muito duradouro, mas tivemos, pouco antes de cair daquele trem... ele me atraia, eu me sentia alucinado ao sentir seus toques, mas com Sam é totalmente diferente não é apenas a mesma luxuria de antes, é algo a mais, como se ele me completasse, como se devolvesse uma parte que em mim faltava. Pena que ele já tenha alguém...


  Não sei lidar com todos esses conflitos internos, tudo que eu faço é fugir e me esconder dele, como falar que eu quero estar com ele sentir sua mão em minha cintura novamente, mas ele também não veio conversar como se estivesse me ignorando, e mesmo que viesse eu não saberia o que fazer... o que dizer... continuar"


  James não tinha sua cabeça no lugar, seus pensamentos voavam sem nenhuma coordenação se misturando deixando cada vez mais confuso, em meio aos pensamentos a que mais lhe rondava era aquele maldito beijo, sempre que o beijo que Sam lhe deu vinha a mente seus lábios formigavam, sua mente parava de trabalhar tanto e se focava no calor das lembranças. James inclinou sua cabeça para traz levando seus dedos até seus lábios tocando-os levemente.


  Sua atenção era voltada apenas aos pensamentos que nem notou as inúmeras batidas em sua porta. E do outro lado havia Sam, tinha medo de que podia ter acontecido com seu amigo... logo por impulso Sam abriu a porta vendo Bucky do outro lado do quarto, sua respiração falha com o olhar virado ao teto, como se seus pensamentos lhe dominassem.


  -James, tá tudo bem...? -finalmente Bucky foi tirado de seus pensamentos fazendo o mesmo olhando para o mais novo. - Sarah disse que não tem aparecido na hora de comer, e tem estado super distraído...


  -Eu estou bem, não precisa se preocupar, fala para a Sarah que não se preocupe... ela já tem coisas de mais para se preocupar.


  -Que merda Bucky, essa sua misantropia, essa sua autopiedade está me irritando. Eu estou preocupado com você, tem se isolado, não come direito, para falar a verdade você nem tem comido nos últimos dias. – Sua voz continha tanta irritação e angustia que Bucky apenas deixou seus pensamentos momentâneos fluírem por sua garganta se tornado uma forma de liberação do seu passado.


  -Eu nunca tive o costume de comer com muita frequência, durante meu tempo como soldado invernal eu não comia nada e todos os nutrientes que eu precisava vinham junto ao soro pra me manter hidratado, por isso também não tenho o costume de tomar água... -ele já não olhava mais para Sam, seu olhos agora tinha o olhar perdido, mas mirava ao seu computador que antes falava com seu amigo, mesmo de forma unilateral. -Quando éramos mais novos eu e o Steve comprávamos cachorros quentes mesmo não tendo nem o dinheiro da passagem direito, também teve as vezes em que eu gastava o dinheiro comprando livros, a beca adorava... -fechou o computador e deitou seu rosto em cima soltando um longo suspiro logo fechando os olhos. Desculpa, não queria te encher com minha autopiedade.

  -Está tudo bem, depois dessa declaração de sua história eu até me senti um pouco mal por ter vindo de forma tão agressiva. -Disse se aproximando do mais velho. -E eu que devia te pedir desculpas, eu me aproveitei de um de seus momentos mais frágeis para algum impulso meu. -Repousou uma de suas mãos no ombro do mais velho, sentindo que o mesmo havia recuado minimamente, mas logo o mesmo se deixou levar pela sensação. -Vem, eu vou te dar a honra de experimentar minha comida. -Uma risada nasal carregada de ironia foi escutada vindo de James.


  -Nesses últimos dias você tem me ignorado, mas quando sua irmã apertam um pouquinho você veio correndo até aqui... -Ele passa as mãos frias tentando arrumar os fios curtos.


  -Desculpa... eu não soube como agir... -disse baixo e desconcertado.


  -Como se eu tivesse todas as palavras do mundo para descrever meus sentimentos, eu estou tão confuso quanto você... ou até mais.

  -Vamos deixar isso de lado, eu estou namorando e eu te deixei confuso com a sua sexualidade... é melhor nos esquecermos de tudo aquilo. -Disse indo ate a porta e antes que de sair a voz de fundo do cômodo.


  -Eu não tenho mais dúvidas sobre minha sexualidade, desde muito antes, só nunca soube o termo correto. -Sua voz era suave, firme, calma e mesmo com toda a irritação presente em seu corpo manteve vou voz baixa e firme par que não perdesse a razão de suas ações.


  E tudo que Sam pode fazer foi sair do quarto de James, ele não tinha como continuar aquela conversa seus receios de que pudessem perder o resto de respeito que tinham um pelo outro e que sobrasse apenas a raiva e anseio um pelo outro.


  Já para James seus pensamentos eram de fugir para bem longe e gritar, descontar toda essa raiva e ansiedade, socar o mais forte que podia, gritar o mais alto que podia, quebrar tudo ao seu redor, mas se conteve e nem ousou tocar em seu saco de pancada, pois sabia que em um soco mais forte poderia acabar rasgando aquele saco tão frágil. 

It's All For You/ Sambucky Onde histórias criam vida. Descubra agora