Walkings

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Tom passava seu verão inteiro enfornado em seu pequeno quarto, no orfanato

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Tom passava seu verão inteiro enfornado em seu pequeno quarto, no orfanato. Suas tardes eram tediosas, suas manhãs solitárias e suas noites singelas.

Ele adorava ler, era um de seus únicos passatempos cotidianos. Também gostava muito de organização. A vista de todos, parecia ser um garoto exemplar, porém as aparências enganam.

O garoto mantia segredos obscuros guardados em sua alma, uma que mais tarde ele vira a separar.

Mas vamos começar pelo começo...

Em uma bela tarde de verão, ele estava trancafiado em seu quarto. A pequena criança comia livros como um delicioso pedaço de chocolate, até escutar uma movimentação do outro lado da rua. O que não era normal. Geralmente suas tardes eram silenciosas, exceto quando o relógio batia 16:00 horas, um aviso para indicar o café da tarde, pela qual muitos de seus colegas órfãos adoravam.

Ele se levanta de sua apertada cama e observa a janela, ou melhor, o que tem por trás dela.

E la estava ela, uma bela garota junto de sua família. Eles carregavam malas, caixas e algumas bolsas. Certamente estavam de mudança. Na hora ele não viu nada de interessante na mesma, ela estava com um belo sorriso em seu rosto e despejando suas malas no que pareceu ser seu novo quarto, então voltou a se deitar em sua cama.

Mas conforme os dias foram passando, a garota começou a ficar interessante para Tom. O jeito como decorou seu novo quarto o deixou um tanto satisfeito, ele adorava observa-la pintar ou sorrir com os pais que corriam atrás de seu corpo enquanto um pincel de tinta verde estava ameaçando-a sujar seu macaquinho azul de tinta. Uma familia, era tudo o que o pequeno e jovem garotinho gostaria de obter.

Agora seu passatempo favorito era observar a garota ler. Ela fazia as mais variadas expressões que o garoto se quer conhecia. Era engraçado e divertido. Nos primeiros meses observando-a, ja sentia-se como um amigo ou irmão próximo dela.

Então logo cinco anos se passaram. A esta altura ele já cursava seu quinto ano em Hogwarts. O sonserino também já sabia o que queria de sua vida. Agora estava focado no plano de conhecer sua família. A família pela qual o abandonou sem ao menos conhece-lo.

Mesmo com tudo e todos parecendo inferior a ele, a garota não se comparava a todos. Com o passar dos seis anos em que Serena se mudou para a casa a frente do orfanato, o jovem Tom desenvolveu um certo tipo de sentimento por ela. E se odiava por ser igual a sua mãe. Odiava a garota por conquistar seu coração. Como ela poderia ser a única trouxa que ele ama?

É como um castigo. Mesmo sendo a favor da supremacia de sangue puro, ele também era apaixonado por uma trouxa. Como futuramente ele poderia explicar isso para os seus " colegas dedicados?" 

Certo dia o sonserino passava a tarde de um verão sentado em um balanço, no pátio do orfanato, escrevendo em seu diário. Ele já havia escrito milhares de coisas sobre a morena pela qual ja passou horas de seu dia observando. Ela era como arte, uma inspiração para escrever. Tom nao passava um dia sem escrever sobre ela no caderno.

Ele percebe a porta da casa a sua frente ser aberta, era a garota.

Ela vestia algo azul com uma meia calça branca e uma sapatilha, também na cor azul. O que também caracterizava a mesma, eram as fitinhas em seu cabelo. Dependendo da cor de sua roupa, uma diferente. Por exemplo: Se ela estivesse usando um vestido vermelho, usaria uma fita vermelha. Se vestisse algo amarelo, uma fitinha amarela, e por ai vai... Então a morena mantia uma bela fita azul em seu cabelo preso em um rabo de cavalo. Ela carregava consigo um livro e uma pequena cesta de palha.

Ele escolheu segui-la. O sonserino queria conhecer a morena e chegar a ficar hà menos de cem metros de distância dela.

A garota parou em um campo, aonde se sentou abaixo de uma árvore, abriu seu livro e se concentrou no mesmo, enquanto Riddle a observava por trás.

-- Olá... - Saudou-se ele, chegando ao lado dela enquanto ela procurava o portador da voz..

-- Olá! - Respondeu sua doce voz com animação, após visualizar a bela silhueta de Tom.

O sonserino não sabia o que dizer, seria a primeira pessoa com quem quis conversar em toda a sua vida.

-- Bem, me chamo Tom Riddle... - Levantou a mão para a morena que ficou de pé.

-- Boa tarde, Tom Riddle. Eu sou Serena Walkings! - Apertou formalmente a mão do moreno.

-- É um prazer conhece-la, senhorita Walkings... - Ele sentiu o aperto da mão dela se afrouxar, então se afastou.

-- O prazer é todo meu, senhor Riddle... - Sorriu para ele de forma gentil, o que lhe foi retribuído.

Ambos ficaram em silêncio depois disso. O que Tom poderia dizer? O que ela iria dizer? Será que Serena o acharia estranho? Talvez. Ele se apresentou do nada. 

Mas agora tudo é diferente. Ele sabe seu nome. O nome da garota que roubou seu coração.

-- Desculpe assusta-la... - Murmurou de forma insegura, tentando fazer com que ela fizesse contato visual, o que era evitado por ela. 

-- Ah... Está tudo bem. Você quer? - Ofereceu um biscoito para o sonserino que balançou a cabeça negativamente, recusando sua oferta.

-- Estou a procura de socialização. Você me parece uma pessoa muito legal para começar. - Um sorriso estampou o rosto da garota.

-- Quem bom que lhe pareço isso. Creio que posso ajuda-lo. Sente-se, se quiser. - Apontou com os olhos para sua frente, observando o moreno se sentar sem hesitar.

Ele não perderia uma chance dessas, perderia?

-- Você... Qual a sua idade? - Riddle puxou assunto sentindo-se menos imseguro.

-- Eu tenho quinze anos, e você? - Respondeu docemente, observando-o de forma amigável.

Ele poderia escutar sua voz por horas sem se cansar.
Sua conversa tomou um rumo diferente e empolgante, que mais tarde ele refletiu deitado em sua cama.

-- Serena... Serena... - Repetiu seu nome duas vezes sentindo-se contente por ter feito amizade com ela, enquanto sorria adoravelmente. 

Tom quase nunca sorria. 

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Janela para o coração - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora