Publicado em 22 de julho de 2020 por Luiz Falcão (Diretor de Redação do Jornal A Verdade e membro do Comitê Central do Partido Comunista Revolucionário) no site https://averdade.org.br/2020/07/a-traicao-partido-comunista-china/
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Apesar de triste e vergonhoso, fatos são fatos: os dirigentes do PC Chinês se venderam à burguesia e à oligarquia financeira que domina a economia mundial. Corrompidos, desprezaram a classe operária e os camponeses e tornaram-se servos do grande capital. Apesar de lamentáveis, tais acontecimentos ensinam aos verdadeiros comunistas e revolucionários que a luta entre as classes continua se desenvolvendo de forma dura, mesmo após a conquista do poder pelo proletariado. Como disse Dostoievsky, o diabo não dorme.
Assim, detalhadamente explicaram Karl Marx e Friedrich Engels no Manifesto do Partido Comunista: "A história de toda a sociedade até hoje é a história de lutas de classes. (...) A nossa época, a época da burguesia, distingue-se, contudo, por ter simplificado os antagonismos de classe. Toda a sociedade está a cindir-se, cada vez mais, em dois grandes campos hostis, em duas grandes classes em confronto direto: a burguesia e o proletariado".
Para não haver dúvidas, no prefácio da edição inglesa do Manifesto, de 1888, Engels fez questão de esclarecer porque essas duas classes estão em campos hostis: "Por burguesia entende-se a classe dos capitalistas modernos, proprietários dos meios de produção e empregadores do trabalho assalariado. Por proletariado, a classe dos trabalhadores assalariados modernos, os quais, não tendo os meios de produção, estão reduzidos a vender sua força de trabalho para poderem viver".
Ademais, como assinalou Lênin, a burguesia, após ser derrotada, decuplica sua resistência e conta com o apoio do capital internacional: "A ditadura do proletariado é a guerra mais severa e implacável da nova classe contra um inimigo mais poderoso, a burguesia, e cuja potência consiste não só na força do capital internacional, na força e na solidez das relações internacionais da burguesia, como também na força do costume, na força da pequena produção... e ela cria capitalismo e burguesia constantemente, todo dia, a toda hora, através de um processo espontâneo e em massa. Por tudo isso, a ditadura do proletariado é necessária e a vitória sobre a burguesia torna-se impossível sem uma guerra prolongada, tenaz, desesperada, mortal; uma guerra que exige serenidade, disciplina, firmeza, inflexibilidade e uma vontade única". (V.I. Lênin. O Esquerdismo, doença infantil do comunismo, Editora Escriba)
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