13 • cindy miller

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Virava de um lado para o outro pois não conseguia dormir, a insônia me torturava. Me levando para ir a cozinha beber água, tento não fazer muito barulho, pois todos já dormiam, então saio dali fechando a porta cuidadosamente.

Com a lanterna do celular, fui iluminando o caminho até a cozinha. Encho o copo de água e bebo, observando a movimentação do lado de fora. Levo um susto ao escutar a porta abrir, coloco o copo na pia e pego a primeira coisa que vejo na frente.

— Que droga, Cindy. — Corbyn responde
assustado — Você quase me mata do coração.

— Ah, é você. — digo sem humor

— Você preferiria que fosse quem? — ele responde indignado

— Qualquer um.

— Você ia me atacar com uma espátula? — ele ri e eu reviro os olhos

— Não tô com paciência, sério. — falo colocando a colher de volta aonde estava

— O que ta fazendo acordada essas horas?

— Isso é da sua conta? — pergunto — Não né.

— Grossa.

— Você também não se ajuda, Besson.

— Quer dar uma volta? Ainda quero trocar uma ideia com você. — ele diz colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha

— Tá, pode ser.

Corbyn vai na frente, e eu o sigo até o seu carro, entrando no mesmo. Ele começou a dirigir, e nos não trocamos nenhuma palavra. Eu poderia não ter aceitado, mas gostaria de ouvir o que ele tinha pra me dizer e quais seriam as desculpas.

— Para onde vamos? — pergunto a ele, que não me responde? — Corbyn? — o chamo novamente- Tem como você me responder?

— Relaxa. — ele ri — Quando chegarmos você vai ver.

Reviro meus olhos e volto meu foco para a pista. Corbyn andava um pouco rápido, pois quase não haviam carros naquele horário. Não demorou muito para chegar no local, e assim que ele estacionou pude ouvir o barulho do mar.

Saio do carro, e espero Corbyn para irmos para algum lugar. Caminhamos um pouco, e nos ficamos no mesmo lugar da primeira vez que ele me trouxe aqui. Nos sentamos um ao lado do outro em completo silêncio e assim ficamos. Prestava atenção no mar, que ficava ainda mais lindo com a lua o iluminando.

— Me desculpa, Cindy. — ele diz cabisbaixo

— Pelo o que? — respondo sem tirar meu foco

— Pelo lance com a Christina.

— Mas nos não temos nada, certo? — pergunto o encarando

Sinto um pouco de frio por conta do vento gélido. Corbyn percebe e me oferece o casaco que ele tinha, de primeira nego, mas acabado cedendo pois eu estava totalmente arrepiada.

— Eu gosto de ficar com você. — ele volta a falar

— Eu também, Corbyn. — falo sincera — O que eu não gosto é de passar por idiota.

— Não é minha intenção. — ele vira para mim

— Você disse que eu era diferente das outras, e depois apareceu com ela. E eu acreditei, quando você disse que ela não era mais nada sua. Só que aí ela te liga, posta stories, e você leva ela pra sua casa depois de dizer que iria para conversar comigo. Como não é a intenção? Como você iria se sentir? — digo e ele engole seco

— Ia me sentir um idiota.

— É assim mesmo que eu me sinto. — sorri sem humor

Ficamos novamente em silêncio, o barulho era apenas do mar e de alguns carros que ali passavam.

— Não vai rolar mais, Corbyn. — foi minha vez de cortar o silêncio

— Você não quer mais? — ele pergunta e eu nego com a cabeça — Mas por que?

— Por que se eu continuar, você vai bagunçar tudo.

— Uma bagunça é bom as vezes. -ele sorri sem mostrar os dentes

— Só não quero me magoar. — sorrio de volta. Corbyn pega minha mão, depositando um beijo no topo — Amigos?

— Amigos. — ele responde

Deito minha cabeça em seu ombro e ficamos ali por bastante tempo, o sol estava nascendo, iluminando toda beleza de LA.

Decidimos ir embora pois poderiam acordar e sentir nossa falta. O caminho foi tranquilo, me permiti tirar um cochilo durante o percurso, sendo acordada por Corbyn. Entramos na casa em silêncio, subindo as escadas para os devidos quartos.

— A blusa eu não irei devolver. — digo e ele ri sarcástico

— Vai sim. É minha blusa preferida, Cindy.

— Boa noite, Corbyn. — falei entrando no quarto e fechando a porta

Me deito no colchão e me cubro. Minhas vistas estavam extremamente pesadas, e não demorou muito para que eu finalmente pegasse no sono.

𝘿𝙀𝙎𝙏𝙄𝙉𝙔 • ᴄᴏʀʙʏɴ ʙᴇssᴏɴ Onde histórias criam vida. Descubra agora