Connor Harris

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- eu te levo até sua sala...- sorri para a mesma que desesperadamente tentava se distanciar de mim.
- eu não acho que seja necessário.- seu olhar me fuzilava em silêncio.
- não é um pedido. É uma ordem.- segurei seu braço.- é tão ruim ser vista comigo?
- quer sinceridade ou educação?
- o que quiser princesa.- sorri passando meu braço sobre seu ombro.- acredite em mim quando digo que isso...- ele me puxa contra seu corpo.- é ótimo para que tenha caras aos seus pés... por que eles sabem que será difícil.- pisquei para a mesma.
- sendo assim.- ela sorri e se vira para mim, seus lábios encontram os meus em um selinho rápido mas que foi o suficiente para me deixar duro.- então isso fará os caras rastejarem por mim...
- eles eu não sei, mas eu estou a um passo de te levar daqui e te foder em uma sala qualquer daqui.- disse com seu rosto próximo ao meu.
- controle-se Connor, não são nem oito da manhã ainda.- Heather alterna seu olhar dos meus olhos a suas mãos que estavam em meu peito o afastando lentamente.
- então comporte-se Srta.Griffin. Assim evitamos medidas extremas...- seguro suas mãos, encarando a mesma fixadamente.- boa aula.
- obrigada, igualmente.- ela sorri e desvencilha nossas mãos e se vira seguindo em direção a sua sala.
Estava para seguir até a minha sala porém sinto uma mão pesar sobre meus ombros, me viro confuso e encaro o dono da mão. Um rapaz loiro, um pouco mais baixo que eu de olhos escuros.
- posso ajudar?- pergunto de braços cruzados.
- é... tudo bem? queria te perguntar se... bem... se você e ela...- essa situação estava me divertindo mais do que eu esperava, então apenas abri um breve sorriso e esperei que ele terminasse.- estão juntos?
- eu e a Heather?
- isso.- ele desliza os dedos sobre o cabelo o afastando dos olhos.
- vai por mim cara, mas ela não é para você... e o que me faz ter certeza dessa afirmação é o fato de ter chegado em mim primeiro. Se quisesse mesmo aquela mulher já teria ido falar com ela e não perder tempo comigo só por estar abraçado com ela.- disse com um sorriso de canto.- mas respondendo a sua pergunta, não! mas para o seu bem não quero que chegue nela. Perdeu a oportunidade.
- quem é você para falar isso? ela quem decide. Está com medo de perder para mim?- ele me fita de cima a baixo. Não aguentei e comecei a gargalhar.
- é brincadeira né?- disse sem conter a risada e após longos segundos cessei o riso.- não? poxa, vai desejar não chegar perto dela. E eu só aviso educadamente uma vez. Adeus.- disse e sai andando pelo corredor.
- você quem acha.- ele grita. Ergui minha mão e entendi meu dedo médio em sua direção, sem me virar diretamente para o mesmo.

\\quebra de tempo//

    As aulas passaram se arrastando, e a cada cinco minutos encarava o relógio que parecia não se mover. Enfim o alarme do intervalo tocou, juntei minhas coisas e caminhei rapidamente em direção ao pátio.
- que pressa é essa gato?- Jenny pergunta segurando meu peito.
- tesão o nome.- ri e passei meu braço sobre seu ombro.- viu a Heather por aí?
- não.
    Suspirei e continuei caminhando pelo pátio vasculhando com o olhar a Heather, quando a encontrei não contive minha raiva. Respirei fundo e me virei para a Jenny.
- vai indo que eu já te encontro na mesa, tenho que resolver uma coisa.- disse e me virei na direção contrária.
- não faça merda Connor.- Jenny segura minha mão, revirei os olhos e me afastei dela.
- pensei que tivesse sido bem claro hoje mais cedo? até para um merda como você...
- que porra é essa Connor?- Heather me encara perplexa com meu comportamento e para em minha frente.
- Eu deixei bem claro para esse babaca que não queria vê-lo perto de você, mas me parece que além de babaca é burro...- disse e depositei um soco em seu rosto o fazendo cair da mesa, onde ele estava sentado.
- Connor que merda pensa que está fazendo?- Heather me empurra.
- está com medo de ela perceber que sou melhor que você?- o babaca diz com um sorriso cínico no rosto.
- melhor... o que?- Heather encara o garoto caído no chão, enquanto todos encaravam a cena.- acham que eu sou a porra de um troféu?- ela empurra novamente ele que tentava levantar.
- Heather...- tento me aproximar.
- sai da minha frente Connor.- sou empurrado, Heather passa por mim rápido adentrando o prédio.
    Bufei e corri em sua direção, porém a mesma adentra o banheiro feminino. Na situação em que me encontrava se ela não saísse de lá eu entraria.
- Heather, dá para sair e me ouvir?- gritei e bati na porta.
- Vai se fuder Connor.- ela grita de volta.
- se você não sair eu vou entrar.
- você não é louco.- ela rebate o que só aumenta a minha vontade de arrebentar essa porta.
- não sabe do que sou capaz querida, agora vamos. Saia desse banheiro, não estou brincando quando digo que vou entrar.- bufei.
- vai se fuder.- é o que ela grita.
    Sorri e mordi levemente meus lábios. Se ela quer assim, ótimo. Apoiei minha mão na maçaneta e adentrei o banheiro, Heather estava encostada na bancada e quando me viu arregalou os olhos e bufou.
- que droga Connor.- ela vem em minha direção e me empurra para fora, saindo junto a mim.
- podemos conversar agora?- pergunto de braços cruzados.
- eu te odeio.- ela revira os olhos e segura minha mão me puxando até a sala vazia do zelador.- bom, já que não me dá meu espaço me explica que merda foi aquela?
- ele não é para você...- disse apoiado na porta
- posso te perguntar como pode ter certeza disso?- ela franzi o cenho e cruza os braços.
- acredite em mim, quando vejo um cara merda e sem atitude. Você é demais para ele.- encarei a mesma de cima a baixo.
- e talvez para você...- ela umedece os lábios e revida o olhar.
- talvez, mas sei administra o que tenho para te satisfazer e não pode negar isso.- me afastei da porta e me aproximei da mesma.- sem contar claro com a incrível tensão sexual entre nós.
- eu sabia que isso não daria certo... mas não imaginava que fosse ser tão já.- ela se apoia na parede atrás de si, assim ficando sem saída.
- não nego, posso ser um pouco possessivo... mas isso foi um caso a parte, ele me afrontou quando foi falar com você. Isso me deixou furioso.- prendi a mesma contra a parede e deslizei minha língua sobre seu pescoço.
- coloca uma coisa na sua cabeça Connor.- Heather diz entre gemidos breves.- eu não sou sua... nem de ninguém, não haja como se eu fosse sua propriedade.- ela apoia suas mãos em meu peito.
- tem razão, estou aprendendo a lidar com isso. Mas me refresque a memória... hoje você é minha!- prendi minha mão em sua cintura a fazendo bater contra meu corpo.
- hoje é uma exceção.- ela suspira.- mas me deixou profundamente estressada... então não sei se está merecendo o que procura.
- a questão não é merecer. Eu quero e você vai me dar! até porque seu corpo está implorando por mim...- sorri e deslizei minha mão por de baixo da sua saia.
- pode até ser...- sua mão pousa em meu peito.- mas não será aqui e nem agora.- ela me afasta e com dificuldade passa por mim chegando até a porta.
- você está brincando com o perigo minha querida.- encarei a mesma que se encontrava de costas para mim, podia ouvir uma breve risada escapar por entre seus lábios.
- isso não me assusta, muito menos intimida.- ela diz sem me olhar e se retira da sala, me deixando ali sozinho, com milhares de pensamentos e muito excitado.
    Contrariado e sem muitas opções saio da sala e caminho pelo corredor, cruzo o caminho com o rapaz que havia discutido mais cedo e não contive meu sorriso. Ele por outro lado permaneceu sério e mais confiante do que quando me enfrentou em frente a sala da Heather, acredito que seja por que esteja acompanhado dos amigos dele. Isso deixa qualquer imbecil mais confiante e corajoso.
- supera amigão.- disse em tom alto sem encara-lo e apenas seguindo meu persecurso.
- o que disse?- sinto que ele parou e estava nesse momento me encarando com seus cachorrinhos do lado.
- apenas para...- estava dizendo quando Jenny surgiu na minha frente.
- vai mesmo acabar com a graça Jenny?- suspirei chateado.
- para você de arrumar brecha para brigar, pensei que tivesse superado essa fase.- ela diz de braços cruzados e me encarando de cima a baixo.
- superada, mas eu...
- sem "mas" Connor, vamos!- ela aponta para o sentido contrário.
- que obediente.- o rapaz zomba e começa a rir sendo seguido dos amigos.
- só um soco...- pedi cerrando os punhos.
- para Connor, quer mesmo levar suspensão na primeira semana de aula? por um babaca que só quer te irritar?
- não seria má ideia.- suspirei e continuei caminhando na direção contrária, não sei de onde tirei tanto alto controle. Por que a vontade que tinha era de deixar a cara daquele imbecil desfigurada. Mas sou um novo homem... desde que não me provoque ou que esteja sozinho.
Fui escoltado até minha sala pela Jenny que só me deixou sozinho quando adentrei minha sala, ela sempre foi preocupada comigo. Ela é uma das poucas garotas que construí uma relação que não se baseia em sexo, já ficamos uma ou duas vezes, isso quando estávamos no colégio... mas como ela mesma diz ela me vê como um irmão mais novo que precisa cuidar para não fazer merda, e esse sentimento é mútuo.
Jenny sempre foi atenciosa e cuidadosa comigo, me ajudou quando eu mais precisei. Foi uma das poucas pessoas que permaneceram comigo quando todos me viraram as costas, eu tenho muita sorte em tê-la ao meu lado. Quando descobri que o namorado dela havia a traído eu fui pessoalmente tirar satisfação, não foi uma conversa civilizada. Eu bati tanto nele que no dia seguinte ao hospital por que acordei com uma dor insuportável nas mãos, e tinha luxado o meu pulso. Porém faria tudo novamente.
Eu posso aparentar ser o cara mais babaca, mas não suporto que mexa com as minhas amigas. Eu perco a cabeça quando vejo algum cara com a mínima intenção de se aproveitar de alguma delas quando estão dançando na balada ou bar, já me envolvi em milhares brigar por conta disso. Isso não se encaixa somente a garotas que eu conheça, já livrei algumas de situações desconfortáveis em baladas, com caras inconvenientes.
São coisas, detalhes, que eu julgo o mínimo. E que na minha posição como homem é o que está no meu alcance, não ser um babaca e ajudar quando necessário. Talvez seja o fato de eu ter uma irmã dois anos mais nova ou apenas ter caráter e o mínimo de noção.

\\quebra de tempo//

- Ashley, peça que a Srta.Griffin venha até minha sala o mais rápido possível... por favor.- pedi com um sorriso gentil, minha secretária retribui o sorriso e se retira.
Após alguns segundos Heather aparece em minha sala, sua postura perfeitamente reta e seus olhos deslizavam sobre mim me julgando em silêncio.
- muito obrigada Ashley.- disse e ela se retira fechando a porta atrás de si.- fique a vontade querida...
Me levantei e segui em direção a porta, tranquei a mesma e parei onde estava para observar a Heather, que ainda me encarava confusa.
- você não trabalha?- ela suspira e se dirige até minha mesa.
- trabalho... por que?- sorri e mantive meus olhos atentos em seus movimentos.
- por que sempre encontra uma desculpa, várias vezes ao dia, para me ver...- ela se senta sobre a mesa, de costas para mim, ela cruza as pernas e me encara acima dos ombros.
- gosto de te admirar, além de gostar da sua companhia também...- caminhei em passos curtos em sua direção.
- fico lisonjeada querido.- ela sorri e desliza o olhar sobre meu corpo, agora que me encontrava em sua frente.- mas tenho coisas a fazer, não posso simplesmente largar minhas coisas e vir aqui para que me admire.
- quem disse que é só isso que quero?- me sentei em minha cadeira, de frente para ela, deslizei meus dedos sobre suas pernas nuas e fixei meu olhar no seu.
- então me diga por que me chamou aqui.- ela umedece os lábios, mantendo o contato visual.
- não seja ingênua... você sabe muito bem ao que me refiro.- passeio com minhas mãos sobre suas coxas seguindo em direção ao meio de suas pernas, ainda cruzadas.
- é claro que eu sei... só queria te ouvir dizer.- ela descruza as pernas, mantendo as próximas. Suas mãos apoiam atrás de si na mesa.
- então é o que quer?- deslizo meus dedos sobre sua virilha, próximo a sua lingerie.
- sim.- ela diz sem hesitar e com os olhos semi cerrados.
- pois bem...- sorri e arrastei meu corpo, ainda acima da cadeira, parando em sua frente.
    Com minhas mãos deslizo sobre suas pernas nuas e aproximo meu rosto do local, deposito beijos em toda a extensão de sua perna. Invado o meio de suas pernas com meus dedos e deslizo o mesmo sobre o local, sua lingerie estava levemente umedecida o que só me deixava ainda mais excitado e deixava tudo ainda mais convidativo e agradável.
     Estava com meu rosto a centímetros de sua calcinha quando ouço batidas na porta, Heather se assusta e fecha às pernas de imediato. O que consequentemente machuca meu rosto, suspirei e me afastei com as mãos em minhas bochechas. Encarei a mesma que se recompunha ainda em cima da minha mesa.
- esse tipo de perigo que deixa tudo mais gostoso... não concorda?- disse em tom baixo e voltando a deslizar meus dedos sobre sua vagina ainda coberta pela lingerie
- claro que concordo.- ela sorri e segura minha mão fazendo movimentos circulares, me fazendo assim masturbar a mesma
- Sr. Harris... O Sr. Williams está lhe aguardando na sala de reunião, não só a você mas a Srta. Griffin também.- minha secretária diz através da porta.
- por que não usou o telefone Ashley?- indaguei sem cessar meus movimentos.
- ele está com problema novamente e...- ela começa.
- tudo bem, mande alguém arrumar com urgência. E diga ao Sr.Williams que já estou indo e que da próxima vez ele comunique com antecedência suas reuniões.- disse e invadi dois dedos em Heather que tombou sua cabeça para trás e suspirou pesado.
- claro.- Ashley diz e ouço seus passos se distanciarem da porta.
- sinto muito ter que parar no meio... justo quando estava ficando bom.- disse e logo em seguida cessei os movimentos de vai e vem.
- não sinta... terá tempo de me compensar.- ela sorri e ajeita sua roupa.
- com prazer.

Eu não pertenço a vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora