Connor Harris

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Connor Harris

- uma coincidência e tanto eu diria.- sorri de canto para ela e caminhei em direção a minha mesa.
- terei de concordar.- ela retribui o sorriso e me estende a mão.
- quanta formalidade. Isso é mesmo necessário? afinal tivemos uma noite um tanto quanto agitada...- começo porém sou interrompido rapidamente pela garota.
- em primeiro lugar... modos, sou sua sócia nesse momento. Não sua parceira sexual. Segundo, o que aconteceu não tem como voltar atrás... portanto deixaremos isso no passado e agiremos como adultos.- ela aperta minha mão.
- gostaria que não tivesse rolado?- me aproximo delicadamente dela, deslizando minha mão sobre seu rosto.
- que tal conversarmos sobre o que interessa agora? deixar assuntos íntimos para fora do horário de trabalho?- ela segura minha mão, impossibilitando meu toque em sua pele.
- como quiser.- dei de ombros e segui até minha cadeira, após me acomodar encaro a mesma. Vendo agora, em um local mais claro. Ela conseguia ser ainda mais atraente do que quando a vi naquela balada. Sua pele macia, as bochechas levemente avermelhadas... seus lábios rosados e tentadores. Sua postura ereta e delicada.
- está me analisando Sr.Harris?- ela se ajeita em sua cadeira e me fita fixamente. Ela não pareceu nem um pouco intimidada com a minha atitude.
- talvez... mas como disse noite passada é difícil decifrar o que você está pensando.- solto meu peso para trás, inclinando a cadeira. Passeio com meus dedos sobre meu cabelo, sem tirar os olhos da mesma.
- tenho a plena certeza de que vim aqui para conversarmos sobre meu cargo e me apresentar aos demais funcionários. Não para você me decifrar...- ela sorri delicada e se inclina na minha direção.
- você tem tantas respostas... e isso me irrita em um grau absurdo, além de me deixar bastante excitado.- notei seu olhar de repreensão e sorri brevemente.- essa foi a última...
- agradeço.- ela suspira e se ajeita na cadeira.- bom... tenho quase certeza que minha vinda para cá é uma incógnita para você.
- não só para mim, todos estão curiosos para conhecê-la.
- serei breve, até por que não tem motivos para enrolar esse assunto. Meu pai, Charles Griffin foi o outro fundador dessa empresa junto com você. Além dessa ele tem algumas outras sedes em diversos países, por eu desde cedo me interessar pelos negócios da família me envolvi nisso bem cedo. Após completar meus dezoito anos fiz minhas malas e vim para cá, assumir o lugar do meu pai, ao seu lado.
- você trabalha nisso a quanto tempo?- pergunto curioso.
- desde os meus dezesseis, cresci na empresa como qualquer outro. E agora legalmente maior de idade tenho a oportunidade de dar seguimento aqui no lugar dele.
- isso é surpreendente...- fixo meu olhar sobre a mesma.
- pelo fato de eu ser uma filhinha de papai que nasceu em família rica?- ela indaga e eu assenti com a cabeça lentamente.- nunca gostei de depender dos outros para ter minhas coisas. Foi uma das coisas que aprendi desde muito nova.
- isso me alivia...- suspirei e larguei meu pescoço para trás.
- uma coisa posso te garantir, não serei um fardo. Pelo contrário, irá me agradecer por estar aqui.- ela me fita de cima a baixo e sorri.
- sua auto-confiança me deixa entusiasmado.- disse.- além de despertar outras coisas em mim, mas deixaremos isso para fora do horário do expediente. Certo Srta. Griffin?
- que bom que compreendeu rápido.- ela abre um breve sorriso.
- com licença.- Bruce, um dos meus sócios adentra a minha sala.- vejo que já conheceu a Srta.Griffin...
- pode ter certeza.- sorri sem tirar meus olhos dela.- por favor, acomode todos na sala principal de reunião para que possa apresentar nossa mais nova sócia.
- é para já.- ele diz e logo se retira da sala.
- conhece ele?- pergunto me direcionando a Heather.
- vi algumas vezes na empresa do meu pai, ele é um ótimo funcionários pelo que ouvi.- ela disse se levantando.- seu escritório é muito bonito, grande... com uma vista exepcional da cidade.- ela para em frente a vidraça.
- não se preocupe, o seu será igual... arrisco dizer que melhor.- sorri a observando de longe.- e o melhor de tudo... próximo ao meu.
- e por que isso seria o melhor?- ela se vira em minha direção me encarando com a expressão curiosa.
- palpite... algo me diz que será útil.- sorri.
- está bem.- ela suspira com os olhos semicerrados e caminha de um lado para o outro. Logo se posiciona em frente a minha mesa e com as mãos apoiadas na mesma inclinada em minha direção ela diz:
- iremos sair hoje. Me busque às oito horas, em ponto. Não suporto atrasos.
- poderia saber o motivo? ou ao menos questionar esse pedido?- ela me lança um olhar firme, dei de ombros levemente e assenti com a cabeça.- está bem, estarei em sua casa às oito em ponto. Mas terá de me passar seu endereço.
- não tem problema.- ela se inclina pegando um bloquinho de notas em cima da minha mesa e anotando seu endereço.
- sabia que existe uma ferramenta muito utilizada hoje em dia, chamada celular.
- preciso saber se vale a pena lhe dar meu celular pessoal. Afinal é pessoal.- ela sorri e me entrega o papel.- vamos, acho que estão nos esperando.
A maneira como essa garota mexe comigo desde o momento que ela pisou nessa sala é enlouquecedora. Só nesse instante já imaginei diversas coisas com ela somente nessa sala, podem me chamar de maluco, mas ela tem um poder de sedução fora do normal. Ela andando, falando, imóvel... consegue ser atraente. E eu não posso deixar de forma alguma essa atração me atrapalhar de alguma forma.

Eu não pertenço a vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora