Muito tempo se passou desde aquele dia certo? Fazem o que? Duas semanas, não, deve ser bem menos do que isso. Enfim, o tempo não é muito importante agora, afinal hoje eu vou ir visitar o meu irmão no hospital psiquiátrico mais seguro de Seul. Sim, tivemos que nós mudar, pois na nossa cidade antiga não haviam lugares especializados em pessoas desse tipo.
Eu estou sendo tratado por um médico particular que o Hyung-sik pagou por mim, esse Jung Hoseok é bem legal comigo — tirando quando ele quer me dar injeções, eu detesto injeções!
Voltando ao assunto, o Park Hyung-sik se transferiu de delegacia para cuidar de mim — ele não desgrudou de mim desde aquele dia, o mais velho praticamente me adotou depois daquilo e eu tenho que agradecê-lo por isso. Agora estamos aqui, na porta da clínica psiquiátrica — confesso estar um tanto apavorado com os gritos de alguns pacientes, que davam para escutar da calçada.
— Vamos indo Tae? Eles já tiraram o seu irmão do quarto dele — meu hyung fala me fazendo concordar com um sorrisinho, eu estava mais ansioso do que realmente queria estar.
— Vamos, mal posso esperar p'ra ver ele — começo a andar com o maior até a porta da clínica psiquiátrica.
Passamos pela porta já sendo revistados pelos seguranças, depois fomos até a recepção para o processo de triagem — faltava só um pouco para entrarmos na ala perigosa do hospital. Normalmente esse setor têm pessoas com síndromes e distúrbios mais perigosos, ou são pessoas que cometeram homicídios e outros crimes.
Bom, sei que o Jeon cometeu vários crimes — claro que eu não passo pano para nenhum, mas mesmo assim eu entendo o lado dele. O garoto tem uma série completa de problemas mentais, claro que ele teria feito tudo isso. Não foi extremamente culpa dele, foi apenas culpa das suas doenças.
— TETE! VOCÊ VÉIO! — Vejo o moreno gritando alegremente nos fundos do refeitório, ele estava com algemas nos pés e pulsos, também tinha dois seguranças um de cada lado dele.
Ele acenava p'ra mim como uma criança, tipo quando você está numa apresentação infantil e seus pais estão sorrindo na platéia. Seu sorriso não era forçado como em todas as vezes que ele moldou seus lábios, dessa vez era de verdade.
Aceno de volta indo até ele enquanto sou protegido por mais um guarda e um policial — no caso o hyung-Sik. Tinham câmeras de segurança, vários guardas cuidando de mais alguns pacientes no refeitório, grades na janela, alarmes, polícias nas portas e médicos prontos para injetar dopantes nós pacientes. P'ra que tanta segurança? Bom é óbvio, esse lugar é uma bomba relógio que pode explodir a qualquer momento.
— Olá Jungkook — me sentei na frente do garoto dando um sorriso pequeno.
— Nem acredito que você realmente véio, pensei que me abandonaria com esses moços malvados! Aquele alí até bateu em mim quando eu tentei fugir p'ra te visitar no hospital — ele aponta para o guarda da direita que apenas suspirou cansado em resposta.
— Não tive escolha, você é perigoso garoto — O guarda fala, fazendo o segurança da esquerda concordar minimamente. — Podia ter machucado alguém inocente na sua fuga.
— Ah, tinha em esquecido disso — o moreno fala brincando com os próprios dedos. — Bom, tenho que te pedir desculpas Tete! Sobre seus irmãos, eu fui obrigado a fazer aquilo pois...
— O papai mandou, certo? — Ergo a sobrancelha após completar sua frase.
— Como você sabe disso? Você é algum tipo de mago? — Ele arregala os olhos me fazendo rir levemente, meu irmão parece uma criança pequena. — Por favor, se for um bruxo ou feiticeiro, eu quero voltar no tempo!
— Voltar no tempo? — Franzi o cenho enquanto eu revirava minha bolsa.
— Eu queria voltar no tempo para ter feito tudo diferente, quem sabe estaríamos mais felizes agora?! Eu sou um péssimo irmão, então queria mudar muita coisa — ele dá de ombros observando uma formiguinha andando pela mesa. — Eu sei que te fiz sofrer, ficar triste, te machuquei. Eu não mereço você como irmão, então se quiser me abandonar tudo bem! Eu vou entender sua escolha, de verdade... Sei que sou apenas um fardo, uma lembrança não esquecida do seu passado....
— Olha Jungkook, me responda uma coisa — paro o que eu estava fazendo para encarar o garoto. — Você está melhor agora do que quando morava na fábrica sozinho, certo?
— Sim, estou — kook faz um a carinha do tipo: “ Aonde você quer chegar com isso? ”
— É isso que importa agora, a graça da vida é que não podemos voltar no tempo! A vida só se vive uma vez, então vamos aprender com nossos erros e amadurecer — seguro sua mão, que estava em cima da mesa. — Eu vou te proteger desse mundo maldito, sei que você também sofreu muito... Provavelmente mais do que eu, então se acalme! Seu hyung está aqui agora, não vou sumir, não vou te abandonar, esse é meu dever! Prometo te dar todo amor é carinho que você nunca teve, vou fazer o máximo possível para te curar e viver uma vida saudável é feliz com você!
— Mas...
— Mas nada, eu te amo garotinho — dou um peteleco na testa do garoto.
— V-você me ama? — Quase que automaticamente o mais novo enche os olhos de lágrimas começando a chorar feito uma criança, vendo a situação eu peço permissão aos guardas para chegar mais perto dele. Assim que eles permitem, eu me levanto indo até o garoto e me sento do seu lado, logo o abraçando com força. — Eu t-também te a-amo — ele fala entre soluços enquanto me abraça de volta.
— Sei disso — afago seus cabelos com cuidado tendo uma idéia. — Quando você parar de chorar que tal jogarmos cartas? Eu trouxe um baralho, andei treinando no hospital com outros pacientes. Você nunca vai vencer de mim!
— Eu vou vencer sim! — Guuck fala se animando, porém sua voz saí abafada por ele estar com o rosto enfiado no meu pescoço. — Eu treino desde criancinha Tete!
— Só tem um jeito de descobrir, vamos jogar!
— Sim, sim!
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𝐋𝐮𝐱𝐮𝐫𝐲 → ᴛᴀᴇᴋᴏᴏᴋ '
Fanfiction𝐋𝐮𝐱𝐮𝐫𝐲 → ᴛᴀᴇᴋᴏᴏᴋ ' Após receber a correspondência do novo vizinho por engano, Kim Taehyung decide ir entregar pessoalmente as cartas e talvez fazer amizade com o novo vizinho. Pobre garoto, não imaginava que esse simples ato ser...