SEGUNDA PARTE DE RADIOCTIVE
||A sensação de estar segura era rara desde que me mandaram junto com mais 99 adolescentes delinquentes...na verdade 100. Éramos jovens que não sabiam como sobreviver em um planeta que poderia ou não ser habitável...
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— — 𝑨𝒏𝒏𝒂𝒃𝒆𝒕𝒉 𝑲𝒂𝒏𝒆 — —
Entro no quarto de Bellamy e o encontro de costas pra porta sem camisa, enquanto ele mexe em em suas coisas. Sorrio e respiro fundo antes de entrar no quarto. Passo meu braço bom por sua cintura, colando meu peito em sua costas nua e encosto minha bochecha em seu ombro.
— Não fica irritado. - começo com calma. - Você sabe que não temos escolha.
— Queria que tivéssemos. - ele coloca sua mão sobre a minha, e eu soube que ele não estava bravo comigo. - Passamos por muita coisa e quando acho que vamos ter paz...voltamos para o mesmo lugar. - Bellamy se vira para mim com um olhar cansado. - Não quero continuar andando em círculos.
— Podemos fazer diferente agora. - passo a mão em seu rosto. - Nós vamos fazer diferente.
— Nós vamos fazer diferente. - ele repete, balançando a cabeça para cima e para baixo, como se quisesse se convencer.
Nem eu mesma sabia se acreditava naquilo, mas precisava me prender em alguma coisa.
— Lembra de quando você esbarrou em mim na Arca? - pergunto depois de alguns segundos em silêncio, lembrando do sonho que eu tive depois do míssil, onde falei com ele e Finn.
— Eu lembro que uma menina muito mal educada esbarrou em mim, não ao contrário. - ele fala divertido e ri da minha da minha cara de indignação.
— Eu fui mal educada? Você foi grosso. - coloco o dedo em seu peito.
— Mas você me ama do mesmo jeito. - ele dá de ombros, despreocupado com um sorriso no rosto.
— É, eu amo. - mordo o canto da boca antes de esbarrar meus lábios nos dele. - Amo mais do que você pode imaginar. - sussurro e junto nossas bocas.
O plano em Monte Weather durou semanas, mas eu estava tão no automático que só percebi que precisava sentir o beijo dele de novo quando nossos lábios se tocaram. Seus dedos agarram minha cintura de leve, em uma tentativa de me trazer pra mais perto de seu corpo, o que me fez beijá-lo com mais intensidade. Nesse momento tudo o que eu queria era ele, e só ele.
Desço minha mão, que estava em sua nuca, até o cinto de sua calça, fazendo ele morder meu lábio inferior. Eu sorrio quando ele me solta andando até a porta para fechá-la, a trancando. Enquanto ele fazia isso eu peguei o gravador e os exames em meu bolso e os coloquei em baixo da cama. Não posso deixar que ninguém os veja.
— Parece que você não quer ser incomodado. - levanto a sobrancelha, o olhando nos olhos.
— Fiquei muito tempo longe de você. Nem que o acampamento estivesse pegando fogo eu iria sair desse quarto. - ele responde andando na minha direção.
