Me sentia completamente a vontade na casa de Thales, e como definitivamente não tinha nada para fazer e como uma curiosa de carteirinha que sou, decido fazer uma tour pelo interior. Juro que a estética e o formato da casa era de apartamento, um extenso corredor que ligava a cozinha, a sala e o escritório. No andar de cima tinha o quarto dele com a suíte, enquanto no debaixo existia dois quartos que eram amontado de coisas, skate, long, vara de pesca, e a cozinha logo em frente o banheiro, e a lavanderia. Ok, nada mal. Nada mal mesmo. Um cara solteiro viver tranquilamente, mas existia o pequeno e grande "porém. O lugar era uma desordem total. Mas precisamente um desastre global que precisava de reparos, urgentemente. E com minha mania de limpeza generalizada fiz o que tinha vontade no momento. Eu comecei a limpar e organizar. Em seguida tratei de procurar algo pra comer e fazer, sei que ele deve chegar cansado e vai querer degustar algo.
Enquanto isso, Thales ia com Bactéria, para o morro do concorvado.
— Eu não tô nem aí. Eu que faço o canal pra boa chegar da califa, e ele anda tirando onda com a minha cara?! Tá me devendo pra caralho, quero a porra do meu dinheiro! — Thales gritava com a pistola na mão, e bactéria dirigia pra um galpão, que existiam uns plantios de skunk, haxixe, lá estava João, com dois seguranças.
— E aí, cadê meu dinheiro? Aponta arma pra João, que entrega um pacote.
— Cara, foi mal a demora, eu vim negociar contigo. — começou de desculpando. — Sei que ando te devendo mais do que eu te paguei, se quiser vendo pra você de skunk lá na faculdade e vou quitando as dívidas com você aos poucos.
Thales inclina a cabeça, analisando o sujeito, ponderando a negociação.
— A tua sorte é que eu estou num bom dia hoje. Desenrola com meu parceiro lá dentro e pode avisar que eu mandei, eu vou ir olhar as minhas ervas.
Bactéria conversava com um dos seguranças e nisso logo em seguida Thales observava as plantas, e o quanto elas se desenvolviam bem. Entrava no escritório e analisava junto de Théo, seu contador, a contabilidade do faturamento e como estavam indo as bocas que existiam comandada por eles nas principais favelas que tinha.
A tarde passava, Bactéria e Thales retornavam ao morro do alemão e enquanto ia conversando, Bactéria relembrava o que aconteceu no passado.— Nem acredito que você conseguiu colocar tudo em ordem Chefe. — ele soava aliviado e orgulhoso até.
— O que uma mente atordoada não faz, não é?
— Sim, mas eu só tenho medo do outro lá, que você sabe, sair da cadeia e cumprir a ameaça que ele fez.
Thales solta um suspiro.
— A gente vive cercado de ameaças, nem por isso a gente se esconde por aí.
— Eu sei Chefe. Mas mesmo assim... — Bactéria não queria dizer as palavras que rondava sua mente. O pior que poderia acontecer. E se... a ameça viesse à tona?
— Eu coloquei gente pra vigiar ele pra mim Bac. Ele não vai tentar nada de mal. Fica tranquilo! — dá tapinhas amigáveis no ombro do seu amigo, um conforto do qual ele precisava.
— Pô, minha mina tá grávida e eu queria te convidar pra ser o padrinho.
Thales sorri.
— Cara, que massa! Eu ia adorar.
— Então, o chá revelação do sexo é domingo agora, brota lá em casa.
— Beleza, vou levar uma mina.
— A que tu tá ficando, né? Pô, eu conheço ela pela internet, minha mina segue ela, ela faz tutoriais de maquiagem e essas paradas.
Thales exibe um olhar surpresa. Por essa ele não esperava.
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INTENSA COMO A VIDA
Historia CortaAlice está prestes a fazer 18 anos, por conta de seus pais terem que viajar á trabalho para outros país, ela se vê obrigada a passar uns tempos na casa de sua avó, que é na favela mais conhecida de todo rio de janeiro, Alemão, lá ela conhece Thales...