Capítulo 02 - Marrentinha

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Crescer é difícil pra caralho, desde de a morte de Lucas, minha vida mudou completamente, é estresse atrás de estresse, confesso que sou bem sucedido nos negócios, mas minha vida amorosa, não tenho, me tornei um cara frio e agitado, nunca fui de me apaixonar, eu gosto de ser liberto, e libertinagem é o meu dilema, ainda não encontrei a garota da qual cativasse assim bastante o meu coração, já me envolvi com várias, mas nenhuma foi suficiente e completa pra mim, só depósito de porra mesma, muitas dizem que eu as usos, mas eu não vou chegar sendo grosso e estupido, eu sei tratar bem uma mulher, mulher gosta da forma que é tratada, mas eu deixo bem claro, sem sentimento, se apaixonam por que quer, e eu sei que a maioria não se apaixona, só querem me sugar!!!

- Qual foi, tu tá ligado na novinha que tá ficando aqui? Otávio, amiga do teu irmão.
- Ih, quem? qual nome
- Alice po, linda pra caralho
- KKKKKKKKKKKKKKKK, é furada, vai cair nessa não
- Ih, qual foi porra, furada de que?
Em seguida o Telefone de Thales toca, é Bento um dos seguranças, dizendo que mais uma vez, Dona Olga e Cassia estavam brigando, é hora de Thales exercer sua função
Descendo as escadas do morro até chegar na porta da mesma, uma multidão se aproximava e Thales já ia apartando a discussão
- Qual foi tia, toda hora uma dessas que vocês duas dão, o que eu vou ter que fazer pra vocês pararem de tumultuar, quero dar um tiro não
- Ah Branquinho, ela vive colocando veneno pro meu cachorro comer

É gente, vocês acham que ser bandido é fácil né, só traficar e ganhar dinheiro, tem que ficar também e separando briga de vizinhas chatas pra um caralho, a mais fofoqueira daqui da favela. Bom, eu só não faço nada com a Cássia por que eu fico com a Bruna a filha dela, é maneira, dá pra mim a hora que eu quero, então não tem como eu vacilar, se não eu fico sem.

- Eu espero não ter mais nenhuma reclamação da duas tá ligado? Por que eu to cansado disso, próxima vez eu vou vir dando tiro porra!!!!!!
Logo a rua vai se esvaziando, e eu ia descendo até a sorveteria que tinha na entrada, o dono dali me conhecia, ajudei bastante ele quando se endividou com o Maldito do Victor.
E logo sentada de costas, não tem como não reconhecer, ela, que logo logo será mais uma princesinha que vai ser domada pelo vagabundo aqui, Alice.

- E aí Caio, tava com teu irmão agora lá no barraco.
- Ele me disse que ia lá, vocês ainda estão vendendo Skunk?
- Estamos, por que? tu tá fumando agora muleque, nem fez 18 pra tá fazendo merda.
- E você tem quantos anos pra dar lição de moral ein Thales? Fui interrompido por ela, marrenta né
Rindo, olho e digo. — 24, pode parecer que não né por que pareço um novinho mas tenho.
- Mas é muito convencido né, arqueava as sobrancelhas, e debochando de mim.
- Vai me dizer que você fuma também marrenta?
- Não fumava, mas me deu uma vontade.
- Faz isso não, é a pior coisa que você vai fazer na sua vida, pro teu bem. Eu fumo e sei bem como é.
- Não tem nada melhor do que ficar chapada. Dizia ela com firmeza na voz.
- Você que saber, só depois não vai se arrepender marrentinha. Nisso eu ia indo pro caixa pagar o pedido que tinha feito, e saia, indo pra casa.

A diaba não saia da minha cabeça, toda tímida na casa da vó dela, na frente do Caio se cresceu de marrentinha, o desgraçada de linda.

- Oi sumido..
- — Eu sei de quem é essa voz, Vanessinha.
- — E aí docinho, tá perdida?
- Eu to nada, vim comprar 🍬, e resolvi te visitar..
- — Bora lá pra casa, mando Otávio ralar pra ficar sossegado.

Ai vocês já sabem o que aconteceu né, mas querem saber de uma coisa, não fiquei satisfeito, Vanessa é gamada na minha mas é piranha, já deu pra boca toda, se não sentasse tão bem, jamais olharia na cara, mas eu sinto falta de outras coisas, talvez por ela ter sido e é fácil demais, perdeu a graça sabe? assim como as outras, acho que é carência mas eu sinto falta de uma mina firmeza, por que diabos eu acho que essa vai ser a Alice, mal conheci essa princesinha e já to vidrado..

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