Especial Beronica- Parte 2

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POV Veronica

Quando já era de noite, todas nós já estávamos no jardim da casa da Cheryl, sentadas em cadeiras em volta de uma fogueira, enquanto comíamos alguns petiscos, junto com bebidas e conversávamos descontraidamente.

Ficamos conversando sobre Toni pequena e as fotos. Betty obviamente estava fazendo seus cínicos comentários e para amenizar a situação, contei da revista que publicou a matéria das pessoas mais influentes, onde a Toni estava na lista. Eu pude ouvir Betty dizendo que os americanos tinham um péssimo gosto, mas antes que nós começássemos a discutir, eu preferi deixar pra lá. Nada de se irritar nessa noite, Vee!

Nós continuamos a conversar, entre provocações e brincadeiras, quando Cheryl avisou que iria à cozinha pegar mais latas de refrigerante e a Toni foi junto, como uma boa ajudante atrás dela... Eu conhecia a Toni muito bem para saber que aquelas latinhas de refrigerante iriam demorar a chegar.

―Gente, eu vou ao banheiro, volto já. – Eu avisei simples e no caminho, pude ouvir a Betty falando que ia procurar sinal para seu celular... Era verdade que as operadoras eram ruins aqui, mas será que até a delas era ruim tão assim?

Na hora que fui fechar a porta do banheiro, alguém colocou o pé na frecha da porta e não me deixou a fechar..., mas o que é isso? Quando a pessoa forçou para abrir a porta pude ver Betty e sua carranca típica. Ela entrou correndo no banheiro e fechou a porta.

—O que você está fazendo aqui sua louca? – Eu perguntei já com um acumulo de irritação dentro de mim desde aquele beijo.

—Isso. – Ela disse simples e do nada, me puxou contra a parede do banheiro e me beijou.

De primeira eu fiquei assustada, não esperava aquilo dela de jeito nenhum, mas depois, os lábios dela começaram a se mover contra os meus e seu corpo começou a se apertar junto ao meu, sua mão em minha nuca e a outra na minha cintura.

Eu me deixei levar... comecei a responder ao seu beijo pedindo passagem para a minha língua encontrar na sua e ela cedeu... nessa hora eu já não estava com a cabeça no lugar e minhas mãos foram para o seu cabelo, fazendo uma leve massagem, enquanto ela me beijava. Eu conseguia ouvir leves gemidos vindo da Betty e sei que eu não estava muito atrás... Puta merda de pegada.

Ela se apertou mais contra o meu corpo e uma de suas pernas ficou no meio das minhas, fazendo uma pressão maravilhosa contra meu centro. Céus, eu não me lembro a última vez que alguém me deixou assim com um beijo... ela começou a beijar meu pescoço, como se estivesse faminta por mim e eu só conseguia gemer. Meu corpo começou a se mexer contra o corpo dela, meu centro na sua perna e eu sabia que a gente estava fazendo barulho demais, mas nada parecia importar, eu estava me sentindo tão bem ali.

―Mas que porra é essa? – Nós escutamos alguém praticamente gritar, enquanto escancarava a porta do banheiro.

Puta que pariu... Era a Toni.

Em menos de um segundo Betty e eu nos separamos, mas era impossível esconder a cor dos nossos lábios ou a cara de quem odiou ser interrompida. Nós parecíamos duas adolescentes que foram pegas pelos pais no meio de uma amasso.

Depois de Toni ameaçar mil vezes a Betty, Cheryl conseguiu conter a confusão e nos levou lá para fora. O clima estava engraçado... Betty e eu nos olhávamos toda hora, acho que ela também pensa que precisamos conversar sobre isso e, por outro lado, Toni nos olhava como se quisesse falar que sabia o que estávamos aprontando.

Quando estávamos indo embora de volta para o hotel, Betty apareceu do meu lado e me pediu para que a seguisse. Fomos até o muro onde nos beijamos aquela manhã e ela ficou me encarando, como se não conseguisse ou não soubesse o que falar.

Me Ojos MarrónOnde histórias criam vida. Descubra agora