Capítulo 32 - 3 de novembro de 2015

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3 de novembro de 2015.

Eu terminei de colocar os ovos mexidos em um prato e peguei a bandeja com o café-da-manhã cuidadosamente preparado por mim, seguindo logo depois, em direção ao quarto e fazendo um esforço enorme para não deixar tudo aquilo cair.

―Deixa eu adivinhar, hoje é ovo mexido com torradas? – Cheryl provocou com um sorriso esperto no rosto, se sentando com as costas no encosto da cama.

―E suco de laranja porque o café eu deixei cair no chão. – Eu disse enquanto colocava a bandeja na cama e me sentava ao lado dela.

—Minha noiva é realmente uma ótima chef de cozinha. – Ela brincou soltando uma risada.

Ela estava brincando assim comigo porque desde que ela voltou do hospital e estava de repouso, eu que estava fazendo seu café-da-manhã... O único problema é que eu era péssima na cozinha e não sabia fazer muitas coisas.

―Eu estou tentando fazer meu melhor, ok? – Eu falei revirando os olhos e ela riu novamente.

—Eu sei que sim, cariño... estou brincando com você. – Ela disse roubando um breve beijo dos meus lábios.

―Acho que nunca vou aprender a cozinhar direito. – Eu comentei coçando minha cabeça.

—Eu já tentei te ensinar várias vezes algumas receitas, mas você presta mais atenção na minha bunda do que no que eu estou explicando. – Ela rebateu comendo uma torrada.

—A culpa não é minha se você nasceu agraciada nesse quesito, é difícil não olhar. – Eu argumentei naturalmente, antes de tomar um pouco de suco.

―Você está parecendo uma adolescente tarada falando assim. – Ela disse negando com a cabeça.

—Não sou tarada, sou romântica. – Eu brinquei arqueando a sobrancelha e ela riu.

―Muito romântica... – Ela concordou num tom descontraído. – Agora será que hoje você vai me libertar? Estou me sentindo uma prisioneira aqui desde que voltei do hospital. – Ela perguntou com um bico.

—Amor, o médico disse que você tinha que ficar de repouso por alguns dias, não me culpe. – Eu me defendi continuando a comer.

―Eu sei, Tee... mas eu já estou entediada e estou me sentindo ótima... eu preciso ver como está o hotel depois de tudo o que aconteceu. – Ela argumentou praticamente bufando.

―Você não precisa se preocupar com o hotel, eu e as garotas já vimos uma empresa para concertar o estrago. – Eu continuava a tentar manter minha pose firme.

—Tee, por favor... – Ela insistia me olhando com aquele olhar chantagista. – Eu estou me sentindo tão bem que podemos aproveitar um pouco mais tarde... – Ela adicionou com a voz carregada de segundas intenções, entre leves beijos em meu pescoço.

—Cher... – Eu vacilei fechando rapidamente meus olhos.

―Eu sei que você quer, mi amor... – Ela murmurou em meu ouvido e eu me arrepiei no mesmo segundo.

—Droga... ok, tudo bem! Você venceu, mas nada de se esforçar muito, combinado? – Eu acabei cedendo e ela praticamente pulou no meu colo, soltando um gritinho animado.

―Combinado, Topaz. – Ela concordou e eu soltei uma risada, enquanto a puxava para um beijo.

Nós terminamos de tomar o café-da-manhã, trocando alguns beijos despretensiosos e risadas animadas, antes de mudarmos de roupa e seguirmos para o hotel.

Desde o acidente eu, junto com as garotas e o Troy, estávamos cuidando do hotel, nos dividindo entre todas as tarefas, mas eu especialmente ainda estava interessada em descobrir como aquela viga foi cair daquela maneira. Provavelmente foi alguma parte que acabou ressecando e quebrou com o tempo, o que tinha sido um tremendo azar... por sorte, mais ninguém se machucou com isso.

Me Ojos MarrónOnde histórias criam vida. Descubra agora