Amo Você

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Valentina

Mateo voltou ontem de manhã para Chicago para iniciar seu estágio.

Eu passei o dia ao lado da cama de Santy, conversando com ele e tocando meu violão. Seus colegas de quarto e Addison passaram para vê-lo e a tristeza encheu o quarto. Havia uma sala de espera cheia de estudantes universitários mostrando seu apoio. Fiquei comovida, mas não surpresa. Santy sempre foi um garoto popular e todos o amavam.

Agora já era o terceiro dia. Entrei em seu quarto e abri as cortinas para deixar o sol entrar.

—Hoje é um lindo dia Santy. Eu realmente gostaria que você visse.

Fui até ele e ajustei seu travesseiro.

—Mateo inicia o estágio hoje e está muito animado com isso, mas ele está se sentindo muito mal por ter que voltar. Eu disse a ele para não se preocupar com isso porque eu estou aqui para cuidar de você como quando você era pequeno. Andrea ligou ontem à noite e seu vôo foi cancelado devido a uma tempestade tropical que se aproxima na Flórida, ela estará aqui assim que puder. Você deveria ver a sala de espera, está cheio de todos os seus amigos da faculdade. Eles estão sendo muito compreensivos e querem que você melhore logo. Falei com a polícia ontem e eles estão fazendo de tudo para localizar a pessoa que te atropelou.

Eu me levantei e passei minha mão sobre sua bochecha inchada.

—Você vai se recuperar disso. Você não vai desistir porque eu não vou permitir.

Peguei meu violão e sentei na cadeira ao lado de sua cama.

—Fiquei acordada ontem à noite e aprendi a tocar sua música favorita. Me diz o que acha.

Comecei a dedilhar e cantar.

Te seguiré en la oscuridad...

Juliana.

Parei na porta do quarto de Santiago e vi o amor da minha vida cantando para o seu irmão. A sensação que me atingiu era eufórica. Eu tinha sentido falta dela e vê-la novamente era como vê-la pela primeira vez. Sua voz, seu coração e sua alma gentil irradiavam luz por todo o quarto. Minhas entranhas se retorceram com o pensamento de que ela ficaria com raiva por eu estar aqui. Eu não liguei e nem enviei mensagens de texto para avisá-la. Eu apareci porque ela precisava de mim, acreditasse nisso ou não. Ela disse que me amava e eu sabia que ela ainda me amava, ou pelo menos esperava que ela o fizesse. Não se tratava mais apenas de atração. Era sobre amor, algo que eu desejava profundamente. Ela terminou sua música e então se levantou e beijou seu irmão na bochecha. Ela olhou para a porta e uma expressão de surpresa apareceu em seu rosto.

Valentina

—Juliana. O que você está fazendo aqui? _eu perguntei em estado de choque, me perguntando se isso era um sonho.

Ela entrou no quarto, caminhou em minha direção e então parou alguns centímetros e me olhou nos olhos.

—Estou aqui porque você não deveria enfrentar isso sozinha.

Ela passou o polegar pela minha bochecha e imediatamente comecei a chorar. Cobri meu rosto com as mãos envergonhada, porque quando a vi, tudo o que estava segurando desabou. Ela passou os braços em volta de mim enquanto eu chorava incontrolavelmente.

—Está tudo bem, pode chorar. Você não precisa mais fazer isso sozinha. Eu estou aqui e não vou a lugar nenhum. _ela disse pressionando seus lábios na minha testa

As lágrimas continuaram escorrendo e eu não consegui impedi-las. Era tão bom ser abraçada por ela. Sentia-me segura e amada. Não conseguia mais pensar nas coisas que ela havia dito. Discutiríamos isso mais tarde, depois que minha crise passasse. Assim que meus soluços começaram a diminuir, pedi desculpas.

Chegaste Para Ficar G!POnde histórias criam vida. Descubra agora