Bem Vinda

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Valentina.

Acordei com o som do meu telefone e com o travesseiro sobre os olhos, procurei meu telefone aleatoriamente na minha mesa de cabeceira agarrando-o. Joguei o travesseiro para longe e vi que Juliana estava ligando.

-Oi. _falei sonolenta.

-Bom dia, Valentina. Eu te acordei?

Olhei para o meu relógio e marcava nove da manhã.

-Não, eu estava acordada.

-Pois parece que te acordei.

-Não, não. Já estou acordada há um tempo.

Eu não queria que ela soubesse que eu estava dormindo até aquela hora, eu tinha certeza de que ela era uma dessas pessoas que o dia começava entre as quatro ou cinco da manhã.

-Vou mandar meu motorista, Scott, à sua casa para buscá-la. Gostaria de contar a Sophie que você será a babá dela e gostaria de te mostrar o lugar para que possa conhecer. Você pode começar a trazer suas coisas amanhã.

-Amanhã? _eu engoli em seco.

-Sim. Amanhã é domingo e você oficialmente começará a trabalhar para mim na segunda-feira. Isso é um problema, senhorita Carvajal?

-Não. Não há problema nenhum, Sra. Valdes. Eu posso fazer isso.

-Que bom. Por favor, me envie seu endereço para que eu possa dá-lo ao Scott. Eu o farei chegar aí em cerca de uma hora. Soa bem?

-Sim. Uma hora está bem.

-Até então.

Joguei as cobertas e saí da cama. Eu gostaria que ela tivesse ficado na Sala Vermelha na noite passada e tivesse me falado sobre isso, em vez de dizer no último minuto. Suspirei quando entrei no chuveiro. Quando eu estava secando meu cabelo, Jenny entrou e sentou-se no vaso sanitário.

-Aonde você está indo tão cedo?

Juliana está mandando seu motorista me buscar para que possamos contar a Sophie que eu serei sua babá e ela quer me mostrar tudo. Aparentemente, ela quer que eu me mude amanhã porque oficialmente começo a trabalhar na segunda-feira.

-Amanhã? Nossa, Valentina, isso é muito rápido.

-Eu sei. Como vou empacotar tudo tão rápido?

-Basta embalar algumas coisas e deixar o resto aqui. Você voltará para me visitar, então pode ir levando devagar.

Apontei para ela com a escova e sorri.

-Boa idéia. Eu não tinha pensado nisso.

Ela se levantou, passou o braço em volta do meu pescoço e me deu um leve abraço.

-Tenha um bom dia e nos vemos mais tarde. Tente manter sua calcinha seca enquanto estiver com a Srta. Valdes. _ela piscou.

-Muito engraçado.

Eu ia sentir falta de ver Jenny todos os dias. Ela era minha melhor amiga desde que tínhamos sete anos, quando sua família comprou a casa ao lado da minha. Nós saíamos todos os dias e fazíamos tudo juntas até que sua mãe faleceu e seu pai decidiu se mudar para Nova York e abrir um mercado de frutas quando ela tinha dezesseis anos. À distância não nos afetou, conversávamos todos os dias, às vezes a noite toda. Ela conheceu Stephen há cerca de dois anos, quando ele derrubou a bancada de maçãs do mercado. Ela disse que foi amor à primeira vista e que eles estavam juntos desde então.

Saí do apartamento e desci as escadas. Um carro preto estava estacionado na calçada com um homem parado com a porta aberta.

-Senhorita Carvajal? _ele sorriu.

Chegaste Para Ficar G!POnde histórias criam vida. Descubra agora