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Gabriel

Diego abriu a porta e foi entrando na frente, fui atrás dando cobertura pela casa mas não vi nada. Logo escutei o som de algo se quebrando e corri atrás dele.

Como sempre impaciente, ele achou o cara que estávamos procurando e o jogou contra a mesa que se despedaçou no chão.

Diego- Eu quero nomes- Disse apontando a arma para o homem

- Eu não sei de nada, eu juro-Levou as mãos querendo se render- Quem trouxe vocês aqui estava enganado, eu sou pai de família.

Diego- Eu disse que eu quero nomes- Pressionou a arma contra a testa dele-Eu vou contar até três, um...dois...

- Tudo bem, tudo bem! Eu falo-Gritou desesperado- Mas tem que me prometer que não vai me matar.

Gabriel- Não vamos. Agora diz logo a porra dos nomes- Abaixei minha arma

- Está bem!- Ele suspirou e começou a falar. Quando terminou nos olhou- Já disse tudo que eu sei.

Diego- Ótimo, era tudo que precisavamos- Se levantou ainda com a arma apontada

-Qual é cara, você prometeu....

Diego- Quem prometeu foi ele, não eu- Disse frio e deu apenas um tiro no meio da testa do cara

Gabriel- Não precisa disso- O olhei

Diego- Ele ia abrir a boca pra outro- Guardou a arma e pegou o celular- Precisamos de uma limpeza...

Balançei e a cabeça e sai andando para fora dali.

Henrique- Escutei daqui o tiro- Cruzou os braços- Ele deu os nomes?

Gabriel- Sim- Murmurei me encostando ao seu lado no carro

Diego- Vamos, temos mais gente para visitar hoje- Trocou a munição vazia pela cheia

Gabriel- Quantas pessoas mais pretende matar hoje?- O encarei.

Diego- O tanto necessária, eles não são inocentes. E estou apenas fazendo o que me pediram, se for ficar todo sentimental é melhor ir embora então- Disse ríspido e entrou no carro.

Revirei os olhos e fiz o mesmo. Não adianta debater com ele, que só faz você passar mais nervoso ainda.

....

Eloá- Como foi hoje?- Perguntou se encostando na pia

Gabriel- Uma merda-Suspirei- Não sei como eles conseguem fazer isso a sangue frio.

Melinda- É fácil, depois que se puxa o gatilho pela primeira vez as outras se tornam mais fáceis e menos relevantes, são traficantes também, pessoas ruins. Não são diferente da gente, se merecemos morrer eles também merecem.

Gabriel- Não acho que seja assim, eles tinham uma família.

Melinda- As pessoas que eles mataram também, e além de terem uma família eram inocentes. Eles pagaram o preço por isso.

Eloá- Não vamos entrar nessa discussão, podemos almoçar tranquilos?- Se sentou à minha frente

Melinda- Escuta filho, quando você está dentro não tem como sair mais. Eu nunca te obriguei a fazer parte disso, e a partir do momento que entrou sabia que teria que lidar com isso. Só não se esqueça que as pessoas que levam uma bala no peito, é porque merecem, são pessoas ruins que não vai exitar em nos matar.

Gabriel- Não precisa repetir duas vezes. Eu entendi- Digo ríspido e minha mãe Eloá me olha feio- Desculpa!

Melinda- Se não quiser mais fazer parte disso, tudo bem. Você pega o seu dinheiro e vai estudar ou viajar, faz o que quiser.

Crias do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora