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Marina

Quanto mais você ignora um sentimento, mais rápido ele desaparece. O problema, é quando, tudo que você ignorou resolve explodir!

O carnaval chegou e com ele a minha imensa vontade de cair na farra e ficar doidona até eu esquecer meu próprio nome.

Hoje está tendo uma festona no asfalto, fecharam a praia toda com trios elétricos e caixas de som. E é claro que todos nós descemos e nos espalhamos cada um para um canto.

Encontrei um grupinho e comecei a beber como se não ouvesse amanhã, logo depois fumei e cheirei.

Livia- Você deveria ir com calma gata- Disse tirando o copo da minha mão.

Marina- Estou indo, com muita calma-Falo arrastado e puxo o recipiente dela.

Maia- Todo mundo já sabe porque você está assim, não precisa ir parar no hospital- Cruzou os braços

Marina- Assim como? Tá doidona também?- Revirei os olhos

Laura- Saíram os boatos que você ficou com o Henrique...

Livia- E ele te deu um pé na bunda!- Murmurou

Marina- Primeiro, fiquei com ele uma vez e segundo; Eu não levei um pé na bunda até porque não tinha nada- Falo simples- E se olhem bem, Maia, você está aí fingindo que nada aconteceu mas toda noite chora pelo Eduardo...e Lívia, eu nem preciso dizer nada né? Você vive atrás do Diego feito uma cachorrinha e ele só te maltrata. Então não venham me apontar o dedo antes de se olharem no espelho

Coloco o copo com força sobre a mesa e saio andando, acendi um tabaco e comecei a fumar. O som alto da música estava fazendo minha cabeça doer já, meu rosto pegava fogo pelo nervoso.

Cheguei na beira da praia e me apoiei no muro começando a vomitar, sentia meus órgãos saindo pela minha boca enquanto minha cabeça latejava.

Marina- Porra!!- Bufei limpando minha boca e fui andando devagar até o barzinho comprar uma água

Eu simplesmente odeio minha vida às vezes!

Me encostei na parede e fui dando pequenos goles no líquido enquanto olhava a movimentação, uns dançando, outros se beijando, outros gritando feito loucos...viva o carnaval!

Suspirei fundo e não sei se foi coisa da minha cabeça ou não, mas do outro lado estava Henrique encostado em um muro beijando duas garotas enquanto sua mão passava pelos corpos delas.

Ver aquilo me deu ainda mais enjôo e voltei a vomitar alí mesmo, sentindo a acidez corroer minha garganta e meu nariz.

Liz- Oi, eu estava te procurando...- Se aproximou- Minha nossa, você está bem?

Marina- Eu pareço bem, porra?- Joguei água em minha mão e limpei minha boca.

Liz- Você precisa de ajuda?- Segurou meu braço me ajudando a se endireitar.

Marina- Eu to legal, só preciso ir pra casa- Suspirei fundo afastando a mesma-Diga para as meninas que eu subi.

Liz- Eu acompanho você- Me encarou preocupada.

Marina- Não quero!- Falo séria- Agora tchau!

Joguei a garrafa no lixo e sai andando meio bamba ainda, com certeza eu não estava legal. Passei por Henrique e suas vadias fingindo que eles nem estavam ali

Henrique- Ei, ei.- Afastou elas e puxou meu braço

Marina- Qual é porra?- O empurrei- Não toca em mim não caralho

Crias do AlemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora