Arrependimento - II

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A notícia do acidente envolvendo a herdeira do falecido magnata de petróleo se expandiu dentre os veículos de comunicação.

Thaís e Caroline se soltaram do abraço.

_. Acho melhor você ir, eu fico com a Emma! - resmungou a mais nova. Braz chamou um Uber para a amiga, temendo o pior.

Caroline pegou a sua bolsinha e adentrou no Uber com destino ao hospital que fora comunicado na reportagem.

Ela conversou com a recepcionista, a mesma lhe mandou esperar na sala de estar, pois, a senhorita Freire estava no centro cirúrgico. 

"Você vai sair dessa, meu amor" - resmungou para si. 

Caroline se manteve firme e confiante! Ela não queria atrair pensamentos negativos, nesse momento tão delicado

Algumas horas se passaram desde o acidente. Juliette foi levada para a terapia intensiva, decorrente dos ferimentos. 

_. Eu posso entrar? - perguntou a loira. 

×× - Seja breve, por favor! - pediu a enfermeira.

 Caroline vestiu uma roupa apropriada para poder entrar na sala de terapia intensiva. Ela se contraiu, por conta do frio que fazia no local. 

Juliette continua sedada.

"Eu tô aqui, meu amor!" -- disse ao se aproximar do leito. -- "Ju, pq você complica tanto as coisas? Eu sempre deixei claro dos meus sentimentos por você! -- resmungou - - Você preferiu acreditar nos seus amigos do que em mim! Eu poderia não ter vindo, sabe?" -- A morena acordou assim que a esposa finalizou a frase. 

Juliette abriu um sorriso lindo, ao perceber a presença da esposa.

_. Eu juro que não foi minha culpa. - murmurou ainda grogue. - Me perdoa por tudo, eu tô tentando mudar, Carol... - ela começou a chorar. 

A enfermeira tirou Caroline da sala, ela injetou um calmante na Juliette para que ela voltasse a dormir. 

_. Perdão, mas ela não pode se alterar. - disse a jovem mulher. 

Caroline compreendeu o pedido da mulher. Ela se aproximou do grande espelho, admirando de longe, o sono forçado da esposa. 

Pov - Sarah Caroline 

Eu sei que a Juliette me fez as piores coisas do mundo. Me agrediu, tanto fisicamente, quanto emocionalmente. - suspirei ao lembrar. - Ela não merecia isso, estar sob uma cama, toda cheia de escoriações. 

_. Moça, a que horas posso entrar novamente? - perguntei um tanto ansiosa. Não quero passar um minuto sequer longe dela. 

×× - Daqui a pouco, meu anjo. - frisou a mulher. 

Suspirei, encostando os lábios no espelho gelado. Eu a amava, aquela desgraçada era o amor da minha vida. Eu sim, a amo! Cadê as vagabundas  dela neste momento? Ah! Sumiram, né?! - sorri negando com a cabeça, socando de maneira leve, o espelho. 

Liguei para Thaís, querendo saber da minha filha.

_. Ela está dormindo, Sarah! - disse Thaís, se ajeitando no sofá. - Ela está bem? Ok! Eu posso ser insuportável, posso até não gostar dela, mas não quero que aquele capeta morra, mas se morrer tbm, tanto faz! - frisou dando os ombros. 

_. Não fala assim dela, por favor. - pedi. - Ela foi sedada... - engoli seco. - Ela está tão machucada e cheia de fraturas. - resmunguei segurando o choro. - 

_. Sarah, você a ama, se ela te ama, isso eu já não sei! Mas temo pela sua saúde mental, caso esse embuste venha a falecer. - murmurou a mais nova. - Eu te amo, tenho medo que se machuque, mais do que já está! - comentou a Braz. - Peraí - pediu.

Thaís foi até o quarto da afilhada e a pegou no colo. A menina havia acordado. 

_. Cadê a mamãe, tia? - perguntou com uma voz grogue e sonolenta. 

Caroline resmungou, fazendo a menina encarar a tela do celular da tia, a mesma sorriu ao perceber que era a sua mãe. 

_. Mamãeee - disse a pequena, toda empolgada. - Onde a senhora tá? - ela levou a mão na boca, ao bocejar. 

Carol trocou um olhar com a amiga. 

_. Tô no hospital, cuidando da sua mamãe, meu anjo. - falou calmamente. - Não se preocupe, ela está bem! - frisou, querendo acalmar a filha. - Assim que ela acordar, eu aviso que você mandou um beijão pra ela, tá bom? - 

Emma sorriu, pulando no colo da dinda. A menina não parava de bocejar, de tão sonolenta. 

Caroline foi chamada por uma das médicas. Ela encerrou a ligação e foi dar atenção para a jovem doutora. 

_. A paciente sofreu inúmeras fraturas, o que é normal em casos de acidentes. Ela perdeu os movimentos da cintura pra baixo, mas é temporário... - frisou a doutora. - ela precisa fazer acompanhamento com fisioterapia e hidroterapia, todos os dias. - completou.

Caroline ouvia tudo atentamente, ela sabia que seria um caminho longo, ainda mais se referindo a Juliette que era um poço de indelicadeza.


The Contract - Sariette (G!P) ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora