Sensações...

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Tatah finalizou o jantar e pediu para empacotarem o pedido da afilhada, pois a menina continuava a dormir. Braz ajeitou a menina em seu colo, enquanto caminhava de volta para o veículo. Ela continuava com aquela sensação de estar sendo não somente observada, mas também seguida por alguém. A mesma apressou os passos, entrando de vez no veículo com a menina no colo. O movimento brusco fez com que a pequena garotinha acordasse assustada. 

— Desculpa, meu amor. — pediu Tatah. 

A pequena sorriu para a tia. Ela esfregou os olhinhos, enquanto bocejava. A garotinha voltou a dormir nos braços da dinda. Tatah se assustou com as batidas sobre o vidro do carro, na parte do motorista. A morena largou o jantar no banco ao lado, optando em dirigir com a menina deitada contra o seu corpo, coisa que ela não faria em dias 'normais'. 

A morena não sabia quem estava do outro lado, e nem quis arriscar. Poderia ser qualquer pessoa, ou até mesmo um ladrão. E se ele estiver armado? Eram tantas perguntas e ela não tinha tempo para as respostas. Tatah deu partida no carro, seguindo rumo ao hospital onde Juliette e Sarah estavam. Ela foi na contramão, pois queria chegar logo no local. 

A sensação de perigo, atormentou-a durante o trajeto. Era como se a vida da afilhada estivesse em risco ou até mesmo a dela, então ela faria de tudo para que nada de ruim acontecesse com elas. 

Tatah saiu do carro com as pernas trêmulas, ela ajeitou a afilhada contra o seu peitoral e seguiu para dentro do Hospital. 

— Ei, você poderia pegar uma bolsinha rosa dentro do meu carro, por favor. — ela pediu para a moça da recepção. 

— Ah, claro. — disse a jovem mulher sorrindo. Ela pegou a chave com tatah e seguiu em direção ao carro da mesma. 

Tatah voltou para o quarto de Juliette! Emma acordou, ao sentir o ventinho gelado sobre o seu corpinho descoberto. A menina se encolheu nos braços da tia, mas não se opôs em acordar. 

— Eita, que hoje ela tá preguicinha. — comentou Caroline erguendo os braços. — Vem, trás ela pra cá. — pediu a loira. 

— Não, você não pode pegar peso. — respondeu Tatah. 

Caroline fez menção de choro. Ela era muito apegada a Emma. 

— Poxa, eu tô deitada e ela tá dormindo. Por favor, deixa… — suplicou Caroline. 

Tatah foi cautelosa ao deitar Emma sobre o peitoral da mãe. A menina abriu os olhinhos e ergueu a cabecinha, sorriu e logo voltou a dormir. Caroline fez o mesmo, pois estava cansada. 

Juliette percebeu que a amiga estava desconfortável, era como se algo a incomodasse. Freire a convidou para tomar um café, antes de saírem, Tatah pediu para que uma das suas amigas enfermeiras ficasse dentro do quarto, enquanto as meninas dormiam. 

— Ué, mas pra que isso? — sussurrou Juliette. 

Tatah não respondeu e continuou a andar. Juliette voltou a insistir, segurando-a pelo braço. 

— Fala, Thais! — indagou a morena impaciente. 

Tatah soltou a mão de Juliette do seu braço, a mesma ergueu uma sobrancelha como se a repreende-se pelo ato. 

— Desculpas. — pediu Juliette sem jeito. 

— Juliette, já deixei claro que odeio quando você me puxa pelo braço. Eu hein, não sou as tuas… — ela não finalizou a frase. 

— Ah, já me desculpei. — insistiu Juliette. — Agora me conta, o que está acontecendo? Porque você está tão estranha? Se bem que vindo de você, isso é normal. — ela deu um sorriso amarelo. 

— A minha vontade de quebrar a sua cara ainda persiste, ok? — exclamou Tatah se sentando na cadeira. — Mas enfim, vamos direto para o assunto. 

Tatah contou para Juliette sobre o ocorrido no restaurante, e também sobre alguém ter tentado invadir o seu carro no regresso para o hospital. 

— Deve ter sido um bêbado, talvez? 

— comentou Juliette. — Olha, não precisa ter medo, mas se você se sente segura, eu chamarei os meus seguranças para que eles façam a nossa escolta durante esses dias aqui no hospital. — finalizou. 

— Boa idéia! Faz isso por favor, eu tô com uma sensação ruim, sabe? — confessou. 

— Eu tô aqui para proteger vocês. — confessou Juliette. A morena descansou as mãos sobre as da amiga. 

— Ai, credo! Vamos manter a nossa pose de inimigas, por favor. — disse Tatah num tom brincalhão. 

— Hahaha, tô morrendo de rir. — exclamou a morena revirando os olhos. 

Tatah pulou da cadeira, quando alguém tocou-a no ombro. Ela acabou derramando café sobre a sua roupa. 

— Calma, menina. — pediu Juliette. 

Quem tocou no ombro de Tatah foi a recepcionista. Ela estava procurando Tatah pelo hospital, pois havia pegado a bolsa que a mesma pediu minutos atrás. 

— Perdão, não queria assustá-la. — disse a jovem mulher. Ela entregou a bolsa para Tatah e ajudou-a se limpar. 

A recepcionista foi embora, deixando as duas a sós. Juliette mandou mensagem para o chefe da sua segurança. 

...

Boa noite à todos. ❤

The Contract - Sariette (G!P) ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora