Acordei no outro dia bem cedo, decidida que ir à entrevista não faria nenhum mal. Depois de receber todas as informações da empresa, percebi que eles eram bem renomados e que a empresa era real, algo a ver com o governo de um país qualquer, e que era normal para eles pesquisarem bem sobre os seus possíveis funcionários, assim como a mulher no telefone havia falado. Algo que ainda me deixava muito confusa era que o tipo de trabalho que eu iria fazer, pois não havia sido colocado no e-mail, mas acabei por não dar muita importância para isso, sabendo que seria informada disso na entrevista. A entrevista foi marcadas para as 10 da manhã e eu estava no ponto de ônibus pacientemente esperando pelo transporte para me levar ao centro da cidade para a entrevista, tentando conter minha animação.
Assim que o ônibus chegou na porta do grande prédio, eu sorri, um sentimento que não conseguia descrever tomou conta do meu corpo, um sentimento muito bom, como se algo maravilhoso fosse acontecer naquela entrevista, e isso me deu ainda mais forças para seguir até aquela a tal e fazer meu melhor. Entrando no prédio, pude ver várias pessoas com roupas sociais andar pelo grande saguão. Andei até a mesa de recepção e a moça sentada atrás da mesa sorriu para mim
—Alice Abreu?
—Sim
—Senhorita Beatrice estará com você logo, fique à vontade para se sentar e aguardar—Ela apontou para as cadeiras logo atrás de mim, e eu me virei, indo até uma das poltronas e me sentando. Minhas mãos tremiam levemente pelo nervosismo mas um leve sorriso tomava conta do meu rosto por sentir que essa entrevista era a melhor oportunidade que tinha naquele momento
—Bom dia senhorita Alice—Eu me levantei pelo leve susto que tomei, me virando para a mulher que sorria animadamente para mim, um copo de café em uma de suas mãos, e uma pasta de documentos sendo levada na outra— Aqui está seu capuccino, do jeito que me disse que gostava, Senhora Jodi está te esperando em sua sala, me siga por favor—Ela me passou o copo fumegante de café e começou a andar até o elevador a alguns passos de nós. Pude ver várias pessoas se voltarem para nós enquanto passávamos, sorrindo levemente e eu engoli em seco, agora muito mais nervosa do que estava antes. As postas do elevador se abriram e eu segui Beatrice dentro, agora sabendo que não havia mais como sair dessa
—E... então.... —Eu comecei, querendo descobrir um pouco mais sobre o que iria acontecer ali—Se eu for contratada, qual seria exatamente o serviço que eu faria? Fiquei meio confusa quando recebi o e-mail ontem e isso não foi mencionado
—Isso é algo que vai ser conversado entre você e senhora Jodi, eu não tenho permissão de falar com você sobre o trabalho—Ela sorriu abertamente e se virou para as portas do elevador, que se abriram. Eu engoli em seco, ainda mais desconfiada. Ela saiu do elevador e eu a segui, dando passos lentos, eu olhei ao redor da grande sala de escritórios. Olhando cada detalhe do moderno lugar. Uma grande mesa de madeira escura logo a frente da janela de vidro que tomava a parede inteira, dando vista a bela cidade. Um sofá de couro branco logo ao lado, e um grande vaso de planta posicionado perto do braço do sofá. Uma cadeira de escritório preta estava virada de costas para nós e logo que as portas do elevador se fecharam, a pessoas sentada nela se virou. Uma mulher que parecia estar na casa dos 30, nos observava, um leve sorriso em seu rosto bem maquiado. Seus cabelos loiros batiam em seus ombros e eu podia ver a leve ondulação natural dos fios
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Contrato de amizade (Livro 1)
RomanceAlice, um garota brasileira decide morar em Nova York, mas tem sua vida virada de cabeça para baixo ao perder seu emprego no café e se vê tendo que tomar uma decisão difícil, aceitar a proposta estranha de ser a melhor amiga por contrato uma mulher...