Reputation - Capítulo 2

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A loira se retirou da sala do Hokage com um caminho certo, não passou na floricultura pegar qualquer flor que fosse, também não se importou com o crepúsculo, caminhou em passos lentos até o cemitério e parou defronte a lápide do falecido marido. Acariciou o nome gravado ali por um momento e sentiu lágrimas quererem inundar os olhos azuis, porém, mesmo estando naquele momento de fragilidade, conseguiu sentir a marca de chakra inconfundível que se aproximava.

— Imaginei que estaria aqui, mama. — A voz despretensiosa atingiu os ouvidos da kunoichi fazendo com que ela sorrisse minimamente. Era tão grata por Sai ter deixado um pouquinho dele no pequeno loiro.

Inojin se colocou ao lado dela e observou por um momento a face afetada da mãe. Algo tinha acontecido para que ela não estivesse na floricultura e tivesse vindo até o túmulo do falecido pai. Mirou a lápide do progenitor de maneira terna, havia prometido que cuidaria da mãe, que iria zelar por ela, mas Ino não se ajudava... Ele não podia forçar uma melhora em quem não queria melhorar e isso vinha o afligindo há semanas. Desde o completar do primeiro ano de morte do pai, ela não havia saído do luto e, muito menos, demonstrava querer sair dele. Estava reclusa entre a casa e a floricultura, nem mesmo ia aos jantares que a tia Temari preparava para unir Ino-Shika-Chou e tirar um pouco a loira da solidão iminente.

— O que aconteceu? — ele questionou a mais velha após um tempo.

— Fui requisitada para uma missão em Suna... — ela respondeu sem rodeios voltando o olhar para o pequeno loiro. — Mas já disse não, apesar de Naruto e Kankuro insistirem que eu pense sobre o assunto e dê a resposta final amanhã — acrescentou fazendo uma careta.

— O conselheiro do Kazekage? Tio do Shikadai? — o mais novo a questionou surpreso.

— Sim, querido. — A mais velha voltou o olhar para o filho. Sorriu ternamente antes de afirmar, calma: — O Kazekage me solicitou e eu disse não.

Mama, para o próprio Kazekage te solicitar deve ser algo realmente importante, você devia aceitar — Inojin falou apertando a mão da loira. — Eu vou ficar bem, qualquer coisa corro para a casa do Shikadai — ele garantiu, ganhando um sorriso triste de volta.

— Não posso te deixar sozinho, eles falaram que eu podia levá-lo, mas pode ser perigoso... — Retribuindo o aperto, a loira terminou de falar: — É uma missão de inquisição e captura, não sei quanto tempo pode demorar e não quero ficar longe de você, mas também não quero te levar...

Antes que a Yamanaka puxasse o filho para fazer o caminho para o centro da vila, os dois permaneceram alguns segundos parados apreciando o contato íntimo de mãe e filho.

— Se você veio até aqui, até o túmulo do papa, é porque quer ir, não é mesmo? No fundo quer, está internamente feliz em se sentir requisitada — o loiro revidou acompanhando o ritmo lento dela. Conhecia-a bem para saber que aquilo estava a afetando, pois ela só buscava auxílio de Sai quando precisava tomar uma decisão que, ao mesmo tempo, queria tomar e era significativa. — É uma missão importante, eu ficaria orgulhoso de contar para os meus amigos que minha mãe foi em uma missão para o Kazekage e que ele mesmo a escolheu — gabou-se piscando para a mais velha que riu.

Andaram pelas ruas de Konoha em silêncio, a noite ganhando cor em meio às barracas de comida que começavam a ter mais movimento por ser quase hora do jantar. Ino arrastou o pequeno para o seu restaurante favorito, Yakiniku Q, onde passou diversos momentos bons junto de seus amigos. Sentaram-se e fizeram os costumeiros pedidos, eram clientes regulares dali e, por mais que as visitas tivessem diminuído naquele último ano, sempre iam lá quando não dava tempo de preparar uma refeição.

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