Reputation - Capítulo 5

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Caos.

A visão inicial que Gaara e Kankuro tiveram ao adentrar no barracão foi de total caos.

As pessoas lutavam entre si: uma luta quase mortal. Contudo, não ousaram se aproximar para separarem quem quer que fosse, procuravam apenas por Ino e se surpreenderam com a visão que tiveram.

A kunoichi se encontrava em cima do ex-conselheiro, imobilizando-o totalmente por estar sentada em cima do torso dele, o velho estava largado no chão. A mão direita estava posta na testa dele e a esquerda segurava o tubo de ensaio com o parasita. O que surpreendeu os dois foi a expressão endurecida em pleno ódio enquanto lágrimas cristalinas escorriam pelos olhos azuis.

Ino não estava mais com as vestes de nômade do deserto, os cabelos estavam soltos e o uniforme ninja mostrava claramente quem ela era junto de sua bandana da Folha.

As imagens que ela transmitiu para Kankuro e Gaara fizeram com que eles entendessem tudo que estava acontecendo. Sai fora assassinado pelo grupo, eles eram culpados pela morte do ninja da Folha; foram eles quem contaminaram a água do shinobi e observaram os efeitos que o parasita causava. Na varredura que ela fazia na mente do ex-conselheiro de Suna, conseguiu chegar até o líder do grupo, o qual ainda tinha mais daqueles parasitas mortais. Ela sugara tudo, fizera uma lavagem cerebral no velho sem se importar se um dia ele recuperaria a consciência.

O marionetista observava a cena paralisado enquanto os ninjas da Areia se aproximavam para apartar as brigas; prendendo quem quer que fosse naquele lugar. Gaara fora quem teve a coragem de se aproximar da loira.

Ela ainda tinha uma das mãos na testa do ex-conselheiro, que já se encontrava desfalecido, por isso não percebeu de imediato a aproximação do Kage. Notou-o apenas quando uma mão fora posta em seu ombro, fazendo com que quebrasse o contato visual que tinha sobre o velho e erguesse o olhar.

— Yamanaka — o ruivo a chamou com receio, porém ela ainda tinha o olhar distante, não focalizando nele realmente. — Ino — chamou-a novamente, usando pela primeira vez o nome dela e não o sobrenome, tratando-a com informalidade. E fora efetivo, isso pareceu acordar a kunoichi, que o encarou alarmada.

Ela olhou ao redor, vendo o caos que causara e encarou o mar esverdeado de Gaara que demonstrava preocupação latente. O Kage a puxou para cima, fazendo com que kunoichi da Folha se levantasse, e pegou com delicadeza o tubo de ensaio que ela ainda tinha em mãos, guardando cuidadosamente dentro de seu sobretudo bordô.

Então as imagens tomaram conta de sua visão novamente. A loira entrava em colapso mais uma vez, não conseguindo controlar toda a informação e emoção que tinha em sua mente, ela desmaiou nos braços do governador de Suna.

Shinki percebeu que Ino acordava quando viu lágrimas escorrendo pelo rosto bonito da kunoichi. Ele a olhou sem saber o que fazer, em dúvida se devia chamar o pai e o tio ou ficar ao lado daquela que conquistara seu pequeno coração... Decidiu-se pela segunda opção; ficar com ela era melhor do que trazer mais gente para o quarto dela naquele momento.

Sentou-se delicadamente do lado vazio da cama e afagou os cabelos loiros com delicadeza, enquanto ela encharcava o travesseiro. Não souberam ao certo quanto tempo passou, mas em certo momento a loira se virou e deu um sorriso triste para o pequeno ninja da Areia.

— Obrigada — agradeceu com sinceridade, a voz rouca por conta do choro.

— Vai ficar tudo bem, Ino — Shinki garantiu para ela, que apenas fez um gesto afirmativo.

Ele se afastou, dando uma última olhada para a Yamanaka, antes de sair do quarto para avisar os outros que ela havia acordado.

Ino se sentou sem muita vontade, limpou os olhos e repassou o que aconteceu em sua mente; tudo o que descobrira, tudo o que a levara até aquilo... Tinha que ser o destino, a lei do retorno, ela poderia ter sua vingança já que descobrira que a morte do marido não fora natural... Respirou fundo tentando acalmar a mente, não podia estar fora de si, eles podiam afastá-la de toda a missão se percebessem que estava comprometida, tinha que se manter forte e chegar até o final, a memória de Sai dependia daquilo.

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