Sortudo

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Aviso breve, porque é sempre válido. Fiquem atentos (as/es) as fontes da escrita, porque meu hábito é introduzir alguns flashbacks sem avisos. Aliás, a fanfic pode conter alguns gatilhos, e eu espero que possa ser alguém que não pregue o que está sendo escrito. Em qualquer caso, podem me chamar que eu estarei aberto para uma conversa de apoio e cuidado. Com todo o carinho, boa leitura!
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Neste próximo fim de semana, Wilhelm estaria mais um vez enfrentando a monarquia. Agora os seus finais dos dias se baseavam-se em aproveitar cada minuto com Simon, e com o pessoal, porque além de passar o final de semana inteiro distante deles, em menos de 5 meses não os veria assim tão frequentemente. Eles todos mal os veriam uns aos outros. Talvez nem se viriam mais.

- Então ela falou "Buscar a si mesmo é uma jornada para toda a vida. A vida é o que acontece no meio." e eu precisei tirar uns dez minutos da minha vida, só para refletir aquilo. - Willie o encarava contar sobre a série, pensava em quão sortudo era por olhar para aquele garoto e poder chamá-lo de seu. De saber que com 7 bilhões de pessoas no mundos, seus lábios pertenciam somente à ele.

Poderiam chamá-lo de convencido, claro que podiam, mas ele faria questão de admirar o sorriso de Simon sempre que a mostra, e dizer o quão sortudo era por ter aquele sorriso inteiramente para você.
Simon tinha tantas qualidades como defeitos, e imperfeições. Mas ele era assim, seria para sempre assim, e isso não era nenhum problema, porque vocês achariam mesmo que Wilhelm poderia escolher outra versão do seu cacheado favorito, que não fosse aquela? Que não tivesse aquelas imperfeições somente dele, e aquele sorriso propriamente dele, aquela alma limpa somente dele? Wilhelm tinha toda a razão para ser convencido, mas mais do que convencido, ele era sortudo. Então, ele o beija. O beija mesmo que sorrindo, porque era melhor assim, e sempre seria. Sempre seria melhor desse jeito, eles próximos o bastante para sentir o calor do outro, e precisaram ocupar um espaço que não existia, apenas para que estivessem em atrito, em sincronia. As mãos macias de Simon em sua bochecha, enquanto que as sua pousavam na cintura do seu baixinho, o puxando para perto a todo segundo, e o desejando cada vez mais.

Seu cachos que passam a ficara bagunçados conforme eles aumentam a intensidade do beijo, e tudo começa a não importar outra vez. A maneira como Simon perdi o folêgo rápido, então cessava os beijos com selares lentos, e aproveitava o curto tempo entre um beijo e outro para tomar ar e beijar Wilhelm outra vez, atacando seus lábios levemente rosados, e fazendo uma linha de beijos até o pescoço do loiro, que ia a loucura.

- Sou inteiramente seu, hoje. - Wilhelm fala, então Simon o encara com superioridade. - E sempre que você sentir a necessidade de que eu seja inteiramente seu. - Ele sorri, agora seus lábios não mais rosados, e sim avermelhados. Molhados, Simon os toma de volta.

Esses pequenos memoráveis detalhes, posses. Eles eram melhores assim.

- Eu não quero! - Wilhelm que antes estava deitado, agora se senta.

- Como não? Essa é uma oportunidade...

- "Oportunidade perfeita"? - Ele a corta. - Não significa que porque isso contribui para a senhora, que seja bom para mim.

- Wilhelm, você...

- Sim, eu... E blá blá blá, você poderia me perguntar. Uma ÚNICA vez! - Ele extrapola.

- Isso não é uma coisa discutível, você deve seguir o legado! - Ela fala, no mesmo tom de fala que esteve desde o início da conversa.

- E se eu não quero seguir o legado?

- Você sabe que deve seguir.

- Você vai estar morta, eu poderia mudar o rumo do legado, e faria alguma diferença para você? - Ele suspira, não suportava a ideia de que seria obrigado a conhecer e casar com uma garota alemã que ele viu uma vez na vida, e sequer criou um laço íntimo com ela.

- Querido, por favor. Eu quero apenas que você compreenda. - Ela tenta, outra vez.

- Te vejo no almoço. Se eu não perder a fome. - Ele coloca os seus fones de ouvido e deita virado para a parede. Seus olhos fechados demonstravam o quanto aquela insistência egoísta o fazia mal. Se ele não cometesse um suicídio, ou fosse morto por aluguel, seria esse maldito legado que o levaria a sete palmos do chão.

Mas ele era sortudo.

- Vocês parecem bem! - Hailey diz, quando Simon se aproxima juntamente de Wilhelm.

Agora eles se encontravam naquela parte do campo onde estiveram nos últimos dias antes da aula começar, todas as manhãs, e alguns finais de tarde. Era como o lugar "deles", gostavam daquela área, então por que não?

- Muito bem! - Kris fala, o ruivo estava sentado ao lado de Hailey. A negra estava apoiada em seu ombro, e Kali deitada na perna da mesma. Ela desvia o olhar do celular para olhar quem quer que tinha chego e cumprimentá-los.

Simon sorri, estava de mãos dadas com o loiro, que parecia apenas analisar cada detalhe seu. Wilhelm nunca se cansaria disso, e analisaria cada mínimo detalhe que fosse visível.
Dessa vez, Felice e Sara não estavam ali. Faziam poucos dias em que pareciam se evitar e evitar ao grupo também, principalmente agora que todos pareciam estar se dando bem, apesar de terem gostos incrivelmente diferentes. Eles realmente estavam indo muito bem.
Eles decidem ir de volta para a entrada, em passos curtos e sem muita pressa, teria tempo o suficiente até o café da manhã antes da aula começar. Então se separaram, indo cada um para seu devido caminho, divididos pelo patriarcado.

- Tenho algo para falar. Mais tarde pode passar no meu dormitório? - Wilhelm cochicha, próximo aos ouvidos de Simon. Um arrepio percorre sua espinha, e ele concorda, sabendo que era algo realmente sério. Eles mal se falavam em "convites" ou "chamados", eles apenas se entendiam quando havia a necessidade de um ir ao dormitório do outro. Exceto por ocasiões como essa.

Então ele foi, e ele torcia para que não estivesse havendo um "porém" no meio do que eles acabaram de estabilizar um com o outro.

- Eu quero que você vá no palácio, no Natal. Costumamos fazer um almoço, então você está convidado. - Ele fala tranquilo, segurando as mãos do moreno a sua frente e encarando firmemente seus olhos escuros.

- Certo, eu... - Ele desvia o olhar, pensativo, e retorna. - A rainha...?

- Eu sou o herdeiro do trono. Bem, se por você estiver tudo bem, voltamos depois da festa da Hailey. - Ele completa, e pela primeira vez sentiu o poder em suas palavras.

Parando para pensar, isso era uma responsabilidade enorme. Significava que Wilhelm havia enfim se entendido com a rainha? A rainha havia aprovado o que eles estavam reconstruindo juntos? Não sabiam, mas agora seria assim, juntos.

𝐖𝐨𝐮𝐥𝐝𝐧'𝐭 𝐜𝐨𝐦𝐞 𝐛𝐚𝐜𝐤|Onde histórias criam vida. Descubra agora